“Este não é o espaço para falar sobre isso, não sei do meu futuro, vamos ver nos próximos tempos. E mesmo que soubesse não seria o espaço para dizer. O mercado estar aberto comigo não mexe, eu estou nesta situação há quase três anos. Já estou bastante habituado. Estou muito focado, é muito importante é um orgulho imenso representar o meu pais, temos dois jogos importantes para nos qualificarmos para o Europeu e tentar dar amais uma alegria aos portugueses”, atirou, fechando a porta ao Benfica: “Vou dizer, porque sei que as pessoas falam. É irrealista. As pessoas sabem o que sinto em relação ao clube, mas é irrealista falar sobre isso neste momento, não vai acontecer".
Depois de conquistar Liga dos Campeões, Premier League e Taça de Inglaterra com o Manchester City, Bernardo Silva confessou que sonha em conquistar um Mundial ou Europeu com a equipa das quinas.
“Falhei o Europeu por lesão e sei que a importância não é a mesma que a Liga das Nações, que vencei. É um dos grandes sonhos, quero concretizar sabendo que não é fácil. É o que me falta e vou trabalhar para conseguir isso”, asseverou.
E terminada a época a nível de clubes, o cansaço acabou por ser tema inevitável.
“Pessoalmente nem foi das épocas mais duras para mim. Joguei muitos jogos, mas muitos deles foi a entrar do banco e no final da época conseguimos ter algum descanso. Mas para alguns jogadores pode ser difícil, o calendário esta cada vez mais sobrecarregado. Dou o exemplo do Bruno Fernandes jogou quase todos os jogos todos e calculo que esteja estafado. Quem joga 70 jogos por época, 90 minutos, acaba por não ser fácil. Mas é oque é, é um esforço final para conseguimos seis prontos para Portugal para uma qualificação importante. Uns mais cansados que outros vao fazer esse esforço para estar bem”, atirou.
Desilusão do Mundial ultrapassada
Concentrando-se mais na seleção, Bernardo Silva assumiu que se sente confortável com o novo esquema implementado por Roberto Martínez, pese embora tenha garantido que não é definidor.
“Eu gosto desta nova forma da seleção jogar. O primeiro estagio correu bem e quando se trabalha com equipas técnicas diferentes sabemos que vai sempre mudar uma ou outra coisa e não há uma correta, nem outra errada, porque há várias formas de ganhar. As coisas têm corrido bem e vamos dar o nosso melhor para que as coisas corram bem como novo selecionador e dar mais alegria aos portugueses. É o mais importante, o sistema é o menos relevante. Todos vamos dar o nosso melhor para ganhar o máximo numero de jogos possíveis.
Sobre a Bósnia, próximo adversário de Portugal, Bernardo Silva reconheceu dificuldades.
“Sobre a Islândia ainda não sei, estamos muito focados no primeiro jogo. Sobre a Bósnia sabemos que é muito física, que joga em 5x3x2 e não vai ser fácil entrar na organização defensiva deles, mas vamos seguir o plano do mister Martínez para que as coisas corram bem e ganhar três pontos importantes. É um adversário direto para nós e queremos roubar estes pontos”, atirou, falando da dinâmica do grupo: “Estamos habituados, neste espaço de seleção passamos uma ou duas semanas juntos e depois vamos para os clubes e voltamos. Já é habitual a esta mudança de chip. O mais difícil foi ultrapassar a desilusão do Mundial. No primeiro estágio o ambiente e as dinâmicas não se quebraram e isso é muito difícil, quando se ganha é tudo bonito, mas quando se perde é complicado. Voltamos a agrupar e reunir forças para um novo objetivo”.
Por último, o elogio a Toti Gomes, surpresa da convocatória de Roberto Martínez.
“É sempre bom receber jogadores novos e sabemos que esta geração tem jogadores espetaculares que quase todos jogam nos melhores campeonatos e nas melhores equipas. Mais um exemplo de um jogador que tem feito um trabalho muito bom em Inglaterra, que não é fácil, Se foi chamado é porque merece. Estamos muito felizes por ele e cá estamos para o ajudar”, concluiu.