De la Fuente: "Estamos de rastos por Gavi, o balneário parecia um velório"

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De la Fuente: "Estamos de rastos por Gavi, o balneário parecia um velório"

De la Fuente, na conferência de imprensa após o jogo Espanha-Geórgia
De la Fuente, na conferência de imprensa após o jogo Espanha-GeórgiaRFEF
Com uma cara séria e destroçada. Foi assim que Luis de la Fuente se apresentou na conferência de imprensa após o jogo contra a Geórgia. A vitória não importava, nem a forma como foi conseguida, nem a confirmação da liderança do grupo. A única coisa que pairava no ar era a grave lesão no joelho de Gavi, ainda não confirmada por exames radiológicos.

Por isso, todas as perguntas dirigidas ao treinador espanhol eram sobre se este percalço podia ou não ter sido evitado, e qual era o estado de espírito no balneário e, claro, do mais afetado de todos, Gavi.

Vitória amarga, compreende as críticas por ter dado minutos a mais a Gavi? "Compreendo tudo, é um momento muito difícil e duro para o jogador, para o Barcelona, para a Federação e para todos os seus companheiros de equipa, e para mim. No balneário, parecia que tínhamos perdido, estamos de rastos. O futebol tem destas coisas, é uma atividade de risco, é a parte feia, e tenho muita pena do jogador".

Foi por causa de uma entrada? "Falámos com o jogador. Ele disse que foi um golpe simples e que quando deu um passo sentiu o joelho". 

Poderia ter sido evitado? "Se tivesse sido o Gavi, podia outro. Isto pode acontecer num jogo ou num treino. Foi um acidente, um infortúnio, mas o Gavi estava perfeitamente apto para jogar o jogo, tal como os colegas que foram titulares. Foi uma infelicidade".

Estado de espírito de Gavi: "Estava partido, destroçado, não compreendia que lhe podia ter acontecido a ele. A vida mostra-nos que somos muito frágeis. Estava triste, mas quando chegámos ao intervalo foi como um velório, estávamos todos destroçados".

O dia mais difícil: "Sim, é o momento mais difícil, o mais amargo, a impotência... sim, é o mais complicado".

Espanha perde Gavi para os Jogos Olímpicos e o Campeonato da Europa: "Quando se fala da saúde de um futebolista, não penso no Campeonato da Europa nem nos Jogos. Vamos ver amanhã se é menos do que parece e se é outro tipo de lesão, embora pareça pouco provável. É só isso que me preocupa, nada mais".

Porque é que não o poupou: "Se tivesse acontecido com outro, estaríamos a falar da mesma coisa. Ele vinha de não ter jogado no fim de semana por risco de suspensão. Protegemo-lo sempre, a ideia não era fazer os 90 minutos. Podia ter acontecido a qualquer outro".

Azar, um calendário pesado ou excesso de esforço: "Um jogo exige tensão, velocidade, ritmo elevado, cada vez mais. Não se pode jogar de outra forma. Os calendários são o que são, temos de jogar com eles. Sabemos desta pausa internacional há muito tempo. Novembro não é maio, quando já têm uma época em cima. São acidentes que acontecem e têm mais repercussão quando acontecem com jogadores mais importantes como Gavi, Vinicius ou Camavinga. O futebol é assim, é esse o risco que se corre quando se entra em campo".

O que é que disse aos jogadores ao intervalo? "Que devíamos continuar a trabalhar para vencer o jogo e em homenagem ao nosso companheiro. Pouco mais. A prioridade é recuperar um jogador emocionalmente. Até para mim foi difícil explicar-lhes o que se estava a passar".

O que diz aos adeptos do Barcelona? "Sentimos na alma, estamos destroçados e sentimo-lo tanto como eles".