Espanha 6-0 Chipre
Os dois extremos não demoraram muito a entrar em ação. Não era o melhor dia para ser um extremo da equipa adversária. O jovem e o adolescente estavam sempre a transbordar pelos flancos, com velocidade e habilidade. Foi assim que surgiu o primeiro golo. Um cruzamento medido do jogador do Athletic foi recebido por Gavi, com o pé esquerdo, vindo da segunda linha. Um grande passe e uma finalização perfeita. Era o terceiro golo do sevilhano com a seleção nacional. O jogo estava aberto, aos 18 minutos.
O Chipre quase não saiu do seu próprio campo. Morata quase marcou o segundo golo. Gayá, um cirurgião disfarçado de futebolista, fez um dos seus cruzamentos certeiros da esquerda e o cabeceamento do capitão saiu ao lado. Não teve importância. O 2-0 veio um pouco depois. Nico acelerou de novo o ritmo e deixou a bola para Mikel Merino, que cabeceou para o fundo das redes, aos 33 minutos. Os dois defesas interiores tinham marcado graças a assistências do extremo esquerdo.
Nico quis fechar o marcador aos 28 minutos. O guarda-redes suíço de 32 anos, nascido em Chipre, Joel Mall, fez uma bela defesa. Dez minutos mais tarde, do outro lado, Lamine esteve perto de marcar um golo com um remate cruzado que embateu no poste. A recarga de Morata entrou mesmo, mas o avançado estava em fora de jogo.
A única mancha na primeira parte foi a lesão de Nico Williams, a terceira lesão de um extremo nestas duas eliminatórias. Contra a Geórgia, Olmo e Asensio saíram com problemas físicos. Yeremi Pino entrou no seu lugar.
A Espanha podia ter jogado sem guarda-redes. Desde o início, o jogo tornou-se um rondó interminável para os espanhóis. Chipre permaneceu fechado na sua caverna e a Espanha, vendo o caráter inofensivo do seu adversário, baixou a velocidade e jogou a meio gás. O terceiro golo foi cozinhado em família. Carvajal colocou a bola na cabeça do seu cunhado Joselu, que fez um golaço. Foi o quarto golo do galego em seis jogos pela seleção de Espanha.
Inspirado, Carvajal, numa grande jogada, com um controlo soberbo, deu uma assistência magnífica para o recém-incorporado Ferrán Torres, que continua o seu caso de amor com o golo neste início de época.
Quando tudo flui, as coisas difíceis parecem fáceis. Alex Baena, aos três minutos da sua estreia como sénior, marcou o quinto golo após um esplêndido toque de calcanhar de Joselu. A tarefa foi concluída por Ferrán, que deu uma lição de como aproveitar ao máximo os minutos de que dispõe. Foi uma lição de eficácia.
Noruega 2-1 Geórgia
Numa tentativa de se apurar para o Campeonato da Europa pela primeira vez desde 2000, e apenas pela segunda vez na sua história, a Noruega recuperou o seu desafio de qualificação graças aos golos de Erling Haaland e Martin Ødegaard na primeira parte, numa vitória por 2-1 no Ullevaal Stadion, onde Aursnes, médio do Benfica, também foi titular, cumprindo os 90 minutos.
Com uma Escócia rejuvenescida e arrasadora no Grupo A, a Noruega sabia que teria de conseguir uma série de resultados para chegar à Alemanha. Haaland voltou à equipa depois de ter ficado de fora do último jogo particular, contra a Jordânia. Como acontece com frequência, o seu jogo geral enganou, tocando na bola apenas três vezes nos 25 minutos que antecederam a sua estreia. Mas a sua moeda de troca são os golos, e ele marcou com uma cabeceamento certeiro, subindo para receber um cruzamento de Antonio Nusa da esquerda e marcar o primeiro golo, aos 25 minutos.
Seria uma crueldade se tanto ele quanto Ødegaard, outro astro da Premier League, perdessem a hioótese de levar a Noruega a um Campeonato Europeu. O jogador do Arsenal entrou em ação instantes depois, quando o habilidoso Nusa voltou a causar problemas pela esquerda e cortou a bola para Ødegaard, que chutou com o pé esquerdo para marcar o seu terceiro golo pela seleção, aos 33 minutos.
Willy Sagnol, treinador dos Crusaders, temia o pior depois da derrota por 1-7 na sexta-feira, frente à Espanha, mas a equipa consolidou-se bem, limitando-se a um remate de longa distância de Jørgen Strand Larsen, que picou as palmas das mãos de Giorgi Mamardashvili. Já nos descontos, a Geórgia conseguiu um golo de consolação, por intermédio de Budu Zivzivadze, mas acabou por ser em vão, uma vez que a equipa da casa conseguiu segurar o resultado. A Noruega gostaria de poder enfrentar a Geórgia todas as semanas, já que está invicta há cinco confrontos diretos.
