A campanha da equipa comandada Luc Holtz, no cargo de selecionador há mais de uma década (entrou em 2010), até começou com um surpreendente empate na Eslováquia (0-0), prova do investimento e da aposta efetuada no futebol desse país, mas ainda curta, e cedo, para poder sonhar com uma fase final.
Antes de competir no Grupo J, em que está novamente incluído Portugal, a seleção luxemburguesa viveu uma das suas melhores fase de apuramento, neste caso para o Mundial-2022, quando arrecadou três vitórias, uma das quais com a República da Irlanda (1-0), em Dublin, somando nove pontos no total do agrupamento. Melhor, só mesmo na campanha para estar no Euro-1996, quando chegou aos 10 pontos.
Entre os resultados recentes, há um empate na Turquia (3-3), numa Liga C da Liga das Nações, em que sofreu apenas uma derrota, com os turcos, mas em casa (2-0). Antes do arranque do apuramento para o próximo Europeu, o empate (2-2) num particular com a Hungria também chama a atenção.
Mesmo assim, o Luxemburgo continua sem argumentos para competir com as seleções de topo, incluindo Portugal, mas, numa dia bom e num dia mau do adversário, poderá causar surpresa.
Holtz, antigo médio e atualmente com 53 anos, tem liderado este progresso, não só a comandar a equipa no relvado, mas igualmente na prospeção de novos jogadores que sejam elegíveis para poder representar o país.
É o caso do extremo Gerson Rodrigues, nascido em Almada e atualmente a grande figura da seleção do Luxemburgo, a par do guarda-redes Anthony Moris, que representa o surpreendente Saint-Gilloise, da Bélgica, e do avançado Danel Sinani, há vários anos no futebol inglês.
O médio Leandro Barreiro, de origem angolana, joga no Mainz, o dinamarquês Mathias Olesen também atua na Bundesliga (Colónia), e o lateral esquerdo Mica Pinto, que fez toda a formação no Sporting, atua nos Países Baixos.
Com este trabalho, em que junta jogadores praticamente todos profissionais, o Luxemburgo ganhou uma nova competitividade e até construiu um novo estádio, bem moderno, substituindo o velhinho Josy Barthel, utilizado desde 1931 e que está a caminho da demolição.
O último jogo na antiga casa do Luxemburgo foi em 27 de março de 2021, precisamente contra Portugal (1-3).