As duas últimas jornadas de qualificação realizam-se durante a próxima semana e faltam 12 lugares para serem decididos antes do sorteio da fase final do torneio no próximo mês em Hamburgo, para além dos nove que já estão garantidos.
Espanha, França, Inglaterra, Bélgica e Portugal, juntamente com a anfitriã Alemanha, Turquia, Escócia e Áustria, já se qualificaram para o torneio de 24 países, que será disputado de 14 de junho a 14 de julho do ano que vem.
A Itália, que derrotou a Inglaterra nos penáltis em Wembley na final do último Campeonato da Europa de 2021, conquistando o título pela segunda vez, ainda tem trabalho a fazer para evitar perder mais uma grande competição.
Não tendo conseguido qualificar-se para nenhum dos dois últimos Campeonatos do Mundo, existe o perigo de a Azzurra não estar na Alemanha para defender o título, depois de uma campanha de qualificação durante a qual o treinador Roberto Mancini se demitiu após as derrotas em casa e fora com a Inglaterra.
Ucrânia quer derrotar a campeã
A equação é simples para a equipa agora treinada por Luciano Spalletti: aconteça o que acontecer quando defrontar a Macedónia do Norte em Roma na sexta-feira, caso ganhe contra a Ucrânia na Alemanha na próxima segunda-feira estará qualificada.
Um empate contra a Ucrânia será suficiente se a equipa vencer a Macedónia do Norte primeiro. Se, pelo contrário, perderem o último jogo, a Ucrânia passará à fase final, enquanto a Itália terá de recorrer ao play-off de março, que determinará os três últimos qualificados.
É um cenário que os italianos querem desesperadamente evitar, uma vez que não conseguiram qualificar-se para os Mundiais de 2018 e 2022, depois de terem perdido o play-off com a Suécia e a Macedónia do Norte, respetivamente.
"Precisamos de saber lidar com o medo. Vai estar ao nosso lado", disse Spalletti esta semana, quando questionado sobre os altos riscos que a sua equipa enfrenta na final do Grupo C.
Por sua vez, os Países Baixos parecem estar bem encaminhados para se juntarem à França e carimbar bilhete para a Alemanha no Grupo B.
Uma vitória em casa contra a República da Irlanda no sábado, em Amesterdão, será suficiente para a equipa de Ronald Koeman. Se não vencerem, terão uma nova oportunidade ao defrontar Gibraltar na terça-feira. Se os neerlandeses conseguirem a qualificação, a Grécia, vencedora do Euro-2004, terá de se contentar com um lugar no play-off, determinado pelo desempenho na última Liga das Nações.
Croácia ainda na corrida
O País de Gales recuperou de uma fase de adaptação à vida sem Gareth Bale e espera agora garantir um lugar no terceiro Euro consecutivo.
A equipa de Rob Page estava em maus lençóis no Grupo D, depois de ter sido derrotada pela Arménia e pela Turquia em junho, mas a vitória por 2-1 sobre a Croácia em Cardiff, no mês passado, com dois golos de Harry Wilson, deixou a qualificação nas suas próprias mãos.
Uma vitória na Arménia no sábado e outra em casa contra a Turquia, já qualificada, três dias depois, garantem a passagem.
"A mentalidade que temos é que podemos conseguir um bom resultado contra qualquer equipa. Já demonstrámos isso", afirmou o capitão do País de Gales, Ben Davies.
A Croácia está preparada para aproveitar qualquer deslize dos galeses, mas, caso contrário, os vice-campeões do mundo de 2018 e semi-finalistas de 2022 terão de tentar novamente no play-off.
Polónia vai ficar de fora?
A Dinamarca, a Hungria, a Sérvia, a Eslovénia e a Eslováquia são outros países que se podem qualificar, enquanto a Albânia procura disputar o segundo Euro em três edições.
Os albaneses precisam apenas de um empate com a Moldávia, na sexta-feira, para se qualificarem no Grupo E, no qual a Polónia de Robert Lewandowski tem já um pé e meio de fora, pelo menos da qualificação direta.
Tal como a Noruega de Erling Haaland, os polacos poderão, pelo menos, chegar ao play-off, à procura de evitar o mesmo destino que a Suécia, a maior nação já eliminada.