Roberto Martínez quer pleno no apuramento para "criar um nível de exigência"

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Roberto Martínez quer pleno no apuramento para "criar um nível de exigência"

Roberto Martínez falou aos jornalistas
Roberto Martínez falou aos jornalistasFPF
KOKO selecionador nacional fez, este sábado, a antevisão do jogo com a Islândia, que marca o fim da participação de Portugal no apuramento para o Campeonato da Europa. Depois de nove vitórias, o selecionador quer fechar com a 10.ª, numa partida onde vai haver o regresso de Diogo Costa à baliza e Raphael Guerreiro está apto para somar minutos.

Depois do triunfo no Liechtenstein, Roberto Martínez foi questionado sobre a eventualidade de mais experiências diante da Islândia. Algo que o selecionador de Portugal recusou.

Acho que o primeiro objetivo importante é terminar com 10 vitórias. É histórico e depois acho que nos últimos cinco estágios sempre tentámos utilizar o talento individual para o que queremos fazer e em relação ao adversário. Jogar com o Liechtenstein foi uma oportunidade para ter disciplina tática com jogadores de ataque. É o mais difícil que já e pode haver jogos no Europeu em que vamos precisar disso em 10,15 minutos. Gostei da atitude dos jogadores. Amanhã (domingo) a Islândia vai ser uma equipa diferente, com jogadores novos que não nos defrontaram e que precisamos de outras valências o relvado e vamos tomar decisões depois do último treino para ter jogadores frescos", explicou.

Se conseguir novo triunfo, Martínez irá selar um apuramento perfeito pela primeira vez, depois de o ter feito com a Bélgica.

Significa que é importante criar uma cultura de competitividade e dar clareza. O que é importante é ter o compromisso invisual, jogadores de máximo nível nesse aspecto e jogarem numa estrutura coletiva. Foi o que fizemos nos últimos nove jogos e como treinador é isso. Criar um nível de exigência em que a equipa pode ser de forma consistente ganhadora. Não é fácil, porque jogas em diferentes alturas do ano, precisas de alternativas, existem lesões. Gostei muito do compromisso dos jogadores que mostraram isso e depois é fácil mostrar a qualidade individual”, explicou.

A partida será em Alvalade, onde João Mário foi assobiado no arranque da qualificação para o Euro-2024. Uma preocupação que não está na cabeça de Roberto Martínez.

“Acho que o último jogo teve um ambiente espetacular, de Seleção. A rivalidade dos clubes faz-nos melhores, mas quando a Seleção joga é a Seleção. Não acho que amanhã vamos ter problemas nesse sentido. Queremos dar uma boa exibição aos adeptos, gostava de um ambiente de festas, porque o nosso apuramento merece isso e os adeptos também”, atirou.

Acompanhe o relato no site ou na aplicação
Acompanhe o relato no site ou na aplicaçãofLASHSCORE

Raphael Guerreiro, Diogo Costa e Ronaldo

Lesionado, Raphael Guerreiro não somou minutos diante do Liechtenstein. Único lateral canhoto, o jogador do Bayern irá somar minutos diante dos nórdicos.

Acho que a estrutura no futebol moderno é quantos atacam e quantos defendem Precisamos de defender com 11 jogadores, não é termos quatro defesas. Contra o Liechtenstein foi o João Félix e o Bruma a jogar por fora, o Guerreiro e o Nuno Mendes podem fazer isso. Não temos de ter um canhoto na ala esquerda, mas sim boa ligação e boa estrutura defensiva para atacar. O Raphael Guerreio não está apto para jogar 90 minutos, a decisão é entre utilizar no início ou para fechar”, explicou.

Já na baliza, a decisão está tomada.

“É muito importante ter guarda-redes que treinam no máximo nível, que tem boa relação e que se respeitam. Temos 3 guardiões de alto nível. Achava importante o José Sá estar no relvado, mostrar que está preparado para estar aqui e mostrou isso, teve uma situação e foi fantástico. É um apuramento histórico, precisávamos de ter Diogo Costa, Rui Patrício e José Sá no relvado. O Rui esteve a bom nível nos dois primeiros jogos, o Diogo Costa voltará a baliza e depois é importante continuar a competitividade com o nível dos guarda-redes”, atirou.

A questão de Cristiano Ronaldo ser o melhor marcador da fase de apuramento não será uma prioridade.

“O futebol é um desporto coletivo. As conquistas pessoais chegam como consequência de um bom jogo de equipa. Nunca podes tentar uma conquista pessoal porque não é a forma que ajuda a ganhar jogos. Nós queremos ganhar o jogo, ser bem estruturados sem bola e ter clareza de ideias com bola. Gostaríamos de ver um nosso jogador no topo da lista de melhores marcadores, mas não é o objetivo. Queremos jogar bem, marcar golos, não sofrer e como consequência esperamos que tenham recompensas”, atirou.

O futuro

Com a seleção já apurada para o Euro-2024, começa a pensar-se no próximo passo. Questionado sobre a possibilidade de defrontar equipas mais fortes nos empréstimos, Martínez defendeu outra ideia.

“Os jogos particulares não são partidas que dão uma leitura real do adversário ou do que podemos fazer. Os jogos de março são para preparar a equipa para o Europeu. O sorteio vai ser importante para poder preparar o jogo de uma forma correta. Não acho que em março jogar com equipas de renome vai ajudar a crescer. É um estágio importante porque os jogadores estão em situações complicadas com os clubes, utilizámos mais de 30 e precisamos de dar uma lista de 23 e em março é importante dar clareza de quem vai estar na lista final”, frisou.

E quanto à ideia de Portugal ser campeão europeu, Roberto Martínez jogou à defesa.

“Eu digo que no futebol internacional há o torneio e depois temos o período de estágios e apuramentos que a equipa precisa de ter consistência, de ser uma equipa ganhadora. Fizemos isso. No torneio é mostrar tudo o que nós temos para jogar com as melhores seleções do mundo. Temos a qualidade individual como qualquer outra, mas precisamos de continuar a crescer e no futebol é importante celebrar, os adeptos merecem ter um jogo para criar uma boa memória”, concluiu.