Presidente do Petro de Luanda acusa federação angolana de perseguir o clube

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Presidente do Petro de Luanda acusa federação angolana de perseguir o clube

Tomás Faria, presidente do Petro de Luanda
Tomás Faria, presidente do Petro de LuandaPetro de Luanda
O presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, acusou este sábado o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Angolana de Futebol (FAF) de perseguir os bicampeões, face à suspensão de toda a atividade desportiva por dois anos.

Em conferência de imprensa, Tomás Faria, que regressou hoje a Luanda, oriundo de Portugal, 24 horas após a divulgação do comunicado da FAF, negou que o clube que dirige se tenha recusado a colaborar com o CD neste caso.

Somos obrigados a questionar os critérios que foram usados pela FAF e se existe alguma intenção mascarada com o Petro de Luanda ou não. Desde que ganhámos na assembleia, que tínhamos que disputar o segundo jogo da Taça de Angola, na época passada, o cenário passou a ser este. A maneira como jogámos a Supertaça, a situação do jogo em Caculo, em que no dia do jogo ligaram-me a informar que não podíamos entrar em campo, por alegada dívida ao Avelino Lopes, o que no final não se provou, entre outras situações, levam-nos a sentir que há aqui perseguição”, referiu.

O dirigente desportivo disse que quem não colaborou para a verdade dos fatos foi o Conselho de Disciplina e não o Petro de Luanda, cuja equipa é orientada pelo treinador português Alexandre Santos.

Nós colaborámos com a federação, nós temos aqui as cartas e nenhuma das quatro correspondências ficou sem resposta. É falso que não tenhamos colaborado. Nós não recebemos oficialmente o áudio, nem a federação juntou qualquer instrumento digital contendo o áudio. O que dissemos ao Conselho de Disciplina foi que nós não nos conseguimos pronunciar, porque não temos, oficialmente, o áudio. Solicitámos que nos fosse enviado, mas a FAF não fez isso e dizia-nos para procurarmos nas redes sociais. Nós somos uma instituição, tal como a FAF, e não devemos procurar por áudios nas redes sociais, correndo o risco de, eventualmente, termos acesso a um áudio que não fosse o que a FAF alegava ser. A verdade é que a FAF não nos remeteu o áudio e, de repente, veio este comunicado” lamentou.

Tomás Faria negou que a equipa 17 vezes campeã angolana tenha sido suspensa por atos de corrupção, mas sim pela alegada falta de colaboração.

O Petro de Luanda não está indiciado por qualquer ato de corrupção, não foi indiciado, nem acusado de qualquer ato de corrupção e não foi julgado” disse.

O presidente do Petro prometeu ainda que o clube vai recorrer da decisão junto do Conselho Jurisdicional, no prazo de oito dias, e apelou à tranquilidade e serenidade de sócios e adeptos.

Em causa, está o áudio que foi difundido nas redes sociais em junho, em que o treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, em conversa com o jornalista da Rádio Nacional de Angola Adolfo Manuel, confessou ter recebido do Petro de Luanda três milhões de kwanzas, como incentivo para vencer o 1.º de Agosto na Taça de Angola, na época passada, além de celebrar compromissos com Bento Kangamba, para permitir que o Kabuscorp do Palanca vencesse partidas, em troca de avultadas somas em dinheiro.