Na quinta-feira, Vinicius Júnior instou a UEFA a tomar medidas contra alegados cânticos racistas dirigidos a ele por adeptos do Atlético de Madrid e do Barcelona.
O Real Madrid também apresentou uma queixa ao Ministério Público por crimes de ódio e discriminação, informou o clube de LaLiga na sexta-feira.
O internacional brasileiro foi alvo de abusos racistas em várias ocasiões, em Espanha, o que levou a uma série de campanhas locais e internacionais, incluindo a criação de um comité especial antirracismo da FIFA.
"O problema existe, acredito que sim. Não vou mudar a minha opinião sobre o racismo na LaLiga", disse Ancelotti aos jornalistas, na sexta-feira.
Vinicius também foi vítima de abusos raciais no ano passado, quando jogou diante do Valência. Vários adeptos foram detidos na sequência desse incidente e o Valência baniu quatro pessoas para o resto da vida.
"Penso que o Valência reagiu muito bem após o episódio (de racismo). São os outros que têm de atuar agora. Quando falamos de tolerância zero, é para nós e para todos", disse Ancelotti.
"Penso que é necessário atuar e erradicar estes problemas. São coisas muito feias que afetam toda a gente na nossa sociedade. Os criminosos (que perpetuam o racismo) não deveriam estar na rua, deveriam estar noutro lugar", acrescentou o treinador italiano.
O Brasil vai disputar um jogo amigável contra a Espanha no Bernabéu, a 26 de março, no âmbito de uma campanha antirracismo de apoio ao avançado do Real Madrid.