Bellingham: "Zidane era o jogador que eu queria ser"

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Bellingham: "Zidane era o jogador que eu queria ser"

Bellingham já leva 13 golos marcados pelo Real Madrid
Bellingham já leva 13 golos marcados pelo Real MadridAFP
O médio do Real Madrid, Jude Bellingham, fala ao jornal L' Équipe, depois de receber o Troféu Kopa em Paris. Zidane, Kroos e a sua adaptação ao Real Madrid foram os principais temas da entrevista.

Jude Bellingham (20 anos) é o jogador do momento na LaLiga. Aos 20 anos, o médio ajudou o Real Madrid a vencer em Montjuic o primeiro Clássico da época. O britânico é também o melhor marcador do Real Madrid (13 golos e 13 assistências) e está a entusiasmar os adeptos do clube de Chamartín com um arranque brilhante.

Depois de receber o troféu Kopa em Paris, Bellingham deu uma entrevista ao L'Équipe.

Pais: "A relação com a mãe e o pai é próxima e dá-me equilíbrio. Os meus pais deram-me coisas diferentes. Eles tiveram empregos toda a vida, antes de seguirem a minha carreira. Depois vi como lidavam com as situações, especialmente desde que me tornei profissional. Fazem um trabalho tão bom, sem qualquer experiência real, e pergunto-me sempre como é que o fazem. Admiro o facto de se encontrarem em qualquer ambiente e serem os melhores".

A segurança do seu ambiente: "Sim, é fundamental. Muitas pessoas interagem com agentes que estão mais interessados no dinheiro do que nos interesses do jogador. Nunca pensei nisso, porque sempre tive os meus pais com quem falar sobre o assunto. Eles preocupam-se com o meu bem-estar e sabem que os nossos sonhos estão alinhados. Quando se envolvem agentes, há os seus próprios incentivos, o seu desejo de ganhar dinheiro.... Para mim, nunca se trata disso. Só quero manter o ambiente familiar. Além disso, dá origem a ótimas conversas à mesa. Pode ser qualquer coisa, desde uma discussão sobre um filme ou algo que tenha acontecido até 'já agora, o Real Madrid está interessado'".

Sonho de infância: "Jogar pela Inglaterra. Sempre tive esse sonho. Na altura, se alguém me dissesse que ia passar três anos na Alemanha e depois ir para Espanha sem nunca ter jogado na Premier League, teria ficado chocado."

Ídolos: "Admirava os jogadores do Birmingham, a equipa que ganhou a Taça da Liga em Wembley (2-1 contra o Arsenal em 2011). Os meus heróis eram Seb Larsson, Craig Gardner e Lee Bowyer. À medida que me fui habituando ao futebol, o meu pai foi o mais importante. Depois, os meus primeiros modelos foram Wayne Rooney e Steven Gerrard, só porque jogavam pela Inglaterra. E depois, à medida que se vai crescendo, começa-se a ver futebol. O meu pai tinha uma camisola falsa do Zidane que tinha comprado na praia. Usava-a em todo o lado, muitas vezes em casa. Um dia perguntei-lhe: 'Quem é esse tipo, já agora?' Ele respondeu-me: 'Vai ao YouTube e dá uma olhadela'. Desde então, provavelmente, nunca mais parei. Zidane era o jogador que eu queria ser. Tive a sorte de o conhecer durante a final da Liga dos Campeões entre o Real Madrid e o Liverpool (1-0, em 2022). Eu era como uma criança, de olhos arregalados. Ele é tão humilde para alguém que alcançou tanto. Transmite uma grande presença. E, segundo os rapazes que jogaram aqui com ele, era um grande treinador. Isso é igualmente importante."

Companheiros de equipa no Real Madrid: "Era um pouco stressado. Nunca me impressionei com estrelas. Mas quando se chega aqui, com as coisas que eles conseguiram, é difícil não pensar: 'Uau, isto é o auge do futebol'. Nas primeiras semanas, quando estava a conhecê-los, comia ao lado do Toni (Kroos) e perguntava-me: 'Será que ele está a comer ouro?' Depois, apercebemo-nos de que são pessoas normais, que nos ajudam a sentir bem. Eles são muito humildes. É uma grande lição para mim. Não importa o sucesso que se tenha, não importa o que se tenha ganho, ainda se pode ser um grande ser humano como estes rapazes, que são inspiradores como jogadores e como homens."