Recorde as incidências da partida
A tarde já trazia um cheiro a festa em Barcelona. O título está tão perto que já o sentimos, podemos quase tocá-lo com os dedos. O rival do Barcelona, um Osasuna habitualmente aguerrido, entrou com nove suplentes, pensando mais na histórica final da Taça no sábado do que nesta 33.ª jornada. Tudo normal. Ou assim parecia, no papel, na teoria. Xavi Hernández, por outro lado, optou pelo seu onze habitual, para garantir a vitória o mais depressa possível.
O plano de jogo era claro. Os blaugranas, com, bola, a incomodar o adversário, a procurar Raphinha e Balde em diagonal para abrir o campo. No entanto, era Pedri, quando recebia entre linhas, que acelerava o ritmo do jogo. Era dele a melhor oportunidade para furar a defesa dos encarnados, mas o canário, após um cruzamento preciso de Balde, colocou mal o interior do pé direito e enviou a bola para fora, quando Aitor já se via a recolher a bola da sua baliza.
Um minuto depois, aos 26 minutos, o estreante Jorge Herrando agarrou Pedri como último jogador. Um cartão vermelho claro. A sua estreia na elite será inesquecível mas... não como ele sonhava. Tudo estava a correr a favor dos catalães, excepto quando Gavi, com uma lesão no adutor, teve de ser substituído por Ansu Fati.
Em superioridade, mas sem ideias
O Barça não conseguia encontrar espaço em frente à baliza navarra, mesmo com um homem a mais. De facto, foi para o intervalo sem um remate à baliza. Aitor só teve de intervir num lance desesperado fora da sua área contra Raphinha.
Os Rojillos, por sua vez, desistiram do ataque desde o início, deixando tudo para as corridas de Chimy e Iker Benito. Só chegaram perto de Ter Stegen com um remate desviado de Torró à entrada da área após um contra-ataque .
Aitor Fernández, o serralheiro de Pamplona
Os remates que tinham faltado à equipa da casa na primeira parte apareceram todos na segunda, especialmente desde a entrada de Dembélé. O mosquito, incrivelmente e sozinho em frente à baliza, falhou o desvio num excelente cruzamento de Ansu Fati. Este último, muito activo, foi recebido por um magnífico Aitor Fernández, tal como De Jong, que rematou ao poste já dentro da área.
O Osasuna defendia o melhor que podia, embora tivesse tido a oportunidade de tentar a sua sorte no ataque, como num remate de 30 metros de Iker Muñoz que foi bem desviado por Ter Stegen. Zamora, frio como um icebergue, respondeu como sempre.
Apesar do susto, o Barça continuava a entrar no campo do adversário. Mas nem mesmo no ressalto conseguiu marcar. Lewandowski ainda marcou, mas a ação foi anulada devido a um fora de jogo anterior de Ferran Torres. Os blaugranas estavam a ficar impacientes. De Jong deu a bola a Jordi Alba e o capitão, quase com o tornozelo, meteu a bola no poste para desencadear a euforia do Camp Nou, aos 85 minutos.
Sem tempo nem forças para reagir, o Osasuna não teve outra alternativa senão dar uma joelhada naquele que, mais cedo ou mais tarde, será o campeão da La Liga.
