O Sevilha e Sergio Ramos chegaram a um acordo para voltar a unir os caminhos 19 anos depois.

Foi uma operação complexa, descartada durante todo o verão, e que só se tornou possível depois de um mau início de época do Sevilha, bem como pelo número de lesões na equipa.

Sergio Ramos deixou-se ser desejado desde que soube que não iria ficar em Paris. Recebeu várias propostas da Turquia, dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, mas foi recusando-as à espera de um telefonema que chegou quando já tinha tudo acertado para assinar por dois anos com o Al-Ittihad, onde voltaria a coincidir com Benzema.

Víctor Orta, diretor desportivo, e o presidente, José Castro, juntamente com o resto da direção, decidiram mudar o rumo do projeto e retificar a ideia original, baseada na aquisição de jovens jogadores que pudessem ser vendidos no futuro por mais dinheiro, para dar uma oportunidade ao veterano da academia.

A decisão de contratar Ramos também foi favorecida pelo ambiente em torno da equipa, que inicialmente estava relutante em trazê-lo de volta. Sem esquecer que, tendo crescido nas camadas jovens do Nervión, ocupará um lugar como jogador de formação no plantel da Liga dos Campeões .

Biografia

Nascido em Camas a 30 de março de 1986, Sergio chegou a Utrera com apenas sete anos e passou pelas camadas jovens até se estrear na equipa principal com apenas 16 anos, na temporada 2002/03.

No ano seguinte, já integrado no então Sevilha B, Joaquín Caparrós estreou-o na equipa principal num jogo em Riazor, a 1 de fevereiro de 2004, no qual substituiu Paco Gallardo a pouco menos de meia hora do fim. Completou essa temporada com um saldo de sete jogos na Liga, terminando a competição como titular.

Na temporada 2004/05, que iniciou com apenas 18 anos, foi titular do Caparrós, realizando 31 jogos na Liga espanhola e marcando dois golos. Também disputou quatro jogos na Taça do Rei e seis na Taça UEFA, marcando um dos golos da vitória em Nervión contra o Nacional da Madeira (!), no primeiro jogo da equipa na competição continental no século XXI.

Em 2005/06, jogou na jornada inagural contra o Racing, dois dias antes de partir para o Real Madrid no último dia da janela de transferências por 27 milhões de euros.

Tornou-se uma lenda no Real Madrid durante 16 temporadas, nas quais disputou 671 jogos oficiais e marcou 101 golos. Além disso, conquistou um total de 22 títulos.

Depois veio a aventura no PSG, onde fez 58 jogos, marcou seis golos e conquistou dois títulos de Ligue 1 e uma Supertaça.

O recordista de Espanha

Com 180 jogos pela seleção espanhola, Sergio Ramos é o jogador com mais internacionalizações. Marcou 23 golos e foi campeão do mundo em 2010 e campeão europeu em 2008 e 2012.