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Desta vez, o palco será o imponente AT&T Stadium, casa dos Dallas Cowboys, que deverá receber até 80 mil adeptos quando o árbitro apitar para o jogo, às 22:00. O Real Madrid chega a este Clássico ansioso por celebrar a sua primeira vitória contra o seu arquirrival nos Estados Unidos, depois das derrotas em 2017 em Miami (3-2) e no ano passado em Las Vegas (1-0), com o brasileiro Raphinha a marcar o único golo do jogo.
Nesta fase inicial da pré-temporada, a equipa de Carlo Ancelotti deu ainda mais razões para parecer favorita, depois de vencer os dois primeiros particulares. A equipa venceu o AC Milan, por 3-2, em Los Angeles e, na quarta-feira, derrotou o Manchester United, por 2-0, em Houston, com dois golos espectaculares de Joselu Mato e Jude Bellingham.
Bellingham brilha mais
O jovem médio inglês, por quem o Real Madrid pagou mais de 100 milhões de euros ao Borussia Dortmund, está a deixar uma excelente impressão nos seus primeiros jogos com o uniforme branco.
Forçado a procurar variações ofensivas com a saída de Karim Benzema, Ancelotti até mudou a formação para um 4-4-2, colocando Bellingham no vértice do diamante do meio-campo, tudo para aumentar a presença do inglês na área.
Este esquema, que altera posições como a de Vinicius Junior, pode acabar por ser um teste de verão particularmente útil, especialmente se a crise de Kylian Mbappé com o Paris Saint-Germain terminar com a sua chegada nas próximas semanas à capital espanhola, onde assumiria o lugar do seu compatriota Benzema como nono homem.
Ancelotti foge diariamente às perguntas sobre Mbappé, insistindo na sua satisfação com os reforços que recebeu, dos quais apenas a pérola turca Arda Güler ainda não se estreou, e lembra a importância de cada confronto entre os gigantes do futebol espanhol.
"Um Clássico é um Clássico, não importa onde se jogue. Não há amigáveis num jogo como este", comentou o italiano. "Toda a gente sabe que são jogos espectaculares e sempre o foram porque existe uma grande rivalidade".
A pré-temporada blaugrana
Por sua vez, o Barça espera fazer uma boa apresentação no sábado e voltar ao caminho certo após uma pré-temporada que começou com uma série de contratempos. O primeiro deles foi o cancelamento do primeiro particular, no fim de semana passado, contra a Juventus, devido a um surto de gastroenterite no plantel liderado por Xavi Hernández.
A equipa perdeu um dos quatro testes nos Estados Unidos, bem como os benefícios financeiros esperados, e também teve de reduzir a sua carga de treino.
A falta de tempo de trabalho foi sentida na estreia da pré-temporada, na quarta-feira, contra o Arsenal (5-3)
Xavi, que reconheceu que o Arsenal foi superior em termos físicos e de intensidade, estreou a sua principal contratação, o alemão Ilkay Gündogan, e deu oportunidades a jovens que tentam conquistar um lugar no plantel, como o marroquino Ez Abde e o americano Sergiño Dest, cujas fracas exibições evidenciaram a necessidade de reforçar a posição de lateral-direito.
O Barcelona, que tem como objetivo defender o título nacional e competir com os melhores na Liga dos Campeões, continua a trabalhar em possíveis compras e vendas antes do início do campeonato, a 11 de agosto.
Clássicos fora de Espanha
O Real Madrid antecipou-se aos seus adversários e já realizou uma sessão de treino na quinta-feira no AT&T Stadium, onde se espera que as temperaturas estejam na casa dos 40º na altura do jogo.
No Clasico do ano passado, cerca de 65 mil adeptos encheram as bancadas do Allegiant Stadium, em Las Vegas, e em 2017 mais de 64 mil lotaram o Hard Rock Stadium, em Miami, para ver estrelas como Messi, Neymar e Benzema.
Messi, agora uma superestrela do futebol nos Estados Unidos com a sua transferência para o Inter de Miami, Rakitic e Piqué marcaram os golos catalães nesse dia, enquanto Kovacic e Asensio marcaram para os actuais campeões da Taça do Rei.
Para além dos confrontos nos Estados Unidos, o primeiro amigável entre as duas equipas teve lugar em Barquisimeto (Venezuela), em 1982, com vitória dos merengues, por 1-0.