De volta à realidade: o objetivo europeu para o Mónaco
Após a deceção do último fim de semana contra o Lille,o AS Monaco procura retomar o caminho que traçou no início da temporada, aquele que deve levá-lo às vagas europeias. "Acho que fizemos um começo de temporada positivo", admitiu Adi Hutter ao Canal+ esta semana. "A derrota contra o Lille não estava nos nossos planos, porque queríamos ficar invictos. Mas, depois de dez jogos, a nossa posição é boa".
De facto, os monegascos, em terceiro lugar, com 20 pontos, continuam a seguir de perto o OGC Nice (1.º, 22 pontos) e o Paris Saint-Germain (2.º, 21 pontos). Atrás deles, o Lille (4.º) está de volta à luta, com 18 pontos. Num início de campeonato em que todas as equipas estão a perder pontos e nenhuma parece estar acima das outras,o Monaco aguarda o jogo contra o Brest, no Stade Louis II, para continuar a somar pontos.
"Estamos no caminho certo. O PSG ainda é o favorito no campeonato. Marselha, Nice, Lens e Lille também são boas equipas. Portanto, há muita competição para se apurar para a Liga dos Campeões".
Diante de um Brest que ainda não venceu desde o regresso da pausa internacional, o melhor ataque do campeonato (empatado com o PSG) quer aproveitar a má fase do adversário e, por que não, empurrá-lo um pouco mais para trás. De facto, com 23 golos desde agosto, o ataque monegasco é o principal ponto positivo da equipa de Adi Hütter. Por outro lado, o aspeto defensivo: com 14 golos sofridos, o Monaco é a 12.ª melhor defesa da Ligue 1.
"Na frente, marcamos golos. A defesa, por outro lado, é um dos nossos pontos de melhoria. Mas não é apenas a nossa defesa em si que precisamos de melhorar, porque todo o sistema defensivo começa com os nossos jogadores de ataque. Eles precisam entender que temos de ser compactos para ter estabilidade", acrescentou o técnico alemão.
Manter o espírito e o esforço
Apesar das derrotas para Lille (1-0) e PSG (2-3), o espírito do Brest continua o mesmo do início da temporada. Os jogadores de Eric Roy continuam a fazer o mesmo esforço, a lutar por cada bola e a colocar o mesmo ritmo e vontade em cada ação.
"É difícil para os jogadores que jogaram o jogo que queríamos jogar", disse o técnico do Brest após a amarga derrota para o clube da capital. "Decidimos aproveitar ao máximo as nossas chances, às vezes até mesmo no mano a mano na defesa. Em alguns momentos, pagamos caro por isso. Ao mesmo tempo, tínhamos vontade de fazer coisas, de dar um abanão a esta equipa e foi isso que conseguimos fazer. É pena que não tenhamos aproveitado os bons momentos. (...) Vou recordar sempre a coragem, a abnegação, a solidariedade e a qualidade da minha equipa".
O desfecho do jogo contra o PSG poderia ter sido bem diferente, dada a forma como as coisas se desenharam a partir do minuto 89. Apesar de tudo, o ponto positivo foi a reação da equipa. Foi capaz de encontrar os recursos e as armas para voltar a estar a perder por 2-0 ao fim de apenas 28 minutos de jogo. Contra uma equipa com qualidades individuais muito superiores. Contra os monegascos, será a mesma coisa, mas o Brest ainda pode acreditar nas suas chances.
Para os bretões, se estão em 6.º no campeonato, com 15 pontos, é graças a este estado de espírito forte que os caracteriza desde o início do ano. A falta de sucesso de Del Castillo, que pesa menos na finalização, tem inevitavelmente desempenhado um papel nos últimos resultados - ele não criava uma jogada de golo antes do PSG desde o jogo contra o Reims em 17 de setembro. Apesar de tudo, todos continuam a trabalhar na mesma direção, e isso sente-se em campo, pelo que não há dúvida de que o sucesso chegará em algum momento. Por que não contra o Monaco?