Ernest Nuamah não aproveitou muito bem a CAN, quando Gana foi eliminada na fase de grupos, e está a compensar isso no Olympique Lyon. Desde o seu regresso, o avançado tem feito boas exibições pelo clube.

Dois cruzamentos rendem seis pontos

Apesar de o jogo contra o Rennes já estar praticamente decidido no intervalo, a sua entrada em campo fez muito bem à equipa, limitando a desvantagem (derrota por 3-2 em casa). Contra o Marselha (1-0) e o Nice (1-0), o jogador ganês deu trabalho a Quentin Merlin e Melvin Bard, que tiveram de lidar com as acelerações do ex-jogador do RWD Molenbeek, que chegou ao Lyon por 25 milhões de euros no verão passado, o que causou polémica, já que os dois clubes são propriedade da Eagle, embora a FIFA não tenha encontrado nenhuma falha nos termos da transferência.

No Olympico, fez o cruzamento que permitiu a Alexandre Lacazette marcar o único golo do jogo. Contra o Nice, encontrou Orel Mangala, que marcou o único golo da partida. Estas ações são simbólicas do seu estilo caraterístico, que desgasta o lateral e o faz ceder, permitindo-lhe encontrar um companheiro solto.

Titular indiscutível na direita, Nuamah é um poço de energia. Ainda não é um produto inacabado, como mostra a sua irregularidade, mas isso é natural tendo em conta a idade (20 anos) e o facto de ser novo na Ligue 1. No entanto, as suas explosões repentinas de velocidade perturbam os adversários. A sua forma renovada não é alheia à série de três vitórias consecutivas que reanimou completamente o Lyon, numa altura em que as dúvidas relacionadas com a permanência ainda estavam bem vivas após a preocupante derrota frente ao Rennes.

Juntamente com Maxence Caqueret, Nuamah é provavelmente o melhor jogador do Lyon no momento. Num excelente momento, o ganês está a tornar-se uma certeza numa altura em que o Lyon recuperou a confiança, mas continua perto do 16.º lugar.