No Paris Saint-Germain assiste-se a um fracasso coletivo, individual e crónico

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No Paris Saint-Germain assiste-se a um fracasso coletivo, individual e crónico
Mbappé contra o Lorient
Mbappé contra o LorientAFP
Mais uma vez, os jogadores do PSG saíram do Parque dos Príncipes sob um coro de assobios. Com esta sexta derrota no campeonato, o clube parisiense voltou a mostrar um fracasso a todos os níveis de jogo e escureceu um pouco mais esta época falhada.

Raro nos meios de comunicação social, o conselheiro de futebol do Paris Saint-Germain, o português Luís Campos, falou aos microfones do Canal+ este domingo depois da derrota com o Lorient (1-3). Exigiu uma "reação" à equipa para manter o título de campeão de França e a não terminar a temporada de mãos a abanar.

Isto porque, depois deste terceiro desaire em três jogos no Parque dos Príncipes, a equipa da capital está apenas cinco pontos à frente do Marselha e nove sobre o Lens, que tem um jogo a menos. 

Classificação atual da Liga francesa
Classificação atual da Liga francesaFlashscore

Com mais cinco jornadas pela frente, o caminho para um potencial 11.º título da Liga - um recorde - parece interminável, mesmo que os obstáculos a serem superados (Troyes, Ajaccio, Auxerre, Estrasburgo e Clermont) estejam ao alcance das estrelas parisienses... pelo menos no papel. "Estamos em primeiro lugar desde a primeira jornada, temos cinco jogos para não perder a cabeça e continuar o nosso trabalho", disse Campos.

"É difícil quando se perde um jogo assim, espero uma reação de todos, jogadores, equipa técnica, todas as pessoas que trabalham no PSG", acrescentou.

Por seu lado, o treinador Christophe Galtier, estava também na mira de um caso extra-desportivo, depois das suspeições de ter feito declarações discriminatórias quando liderava o Nice, sublinhando que os seus jogadores, rapidamente reduzidos a 10, começaram mal o jogo. No domingo, o técnico optou por defesa e meio-campo a quatro, com o espanhol Carlos Soler na frente, titular pela quarta vez, mas novamente inexistente.

Antes do jogo, Galtier lamentou o trabalho da linha média em Angers, particulamente o baixo número de bolas que iam parar aos pés de Kylian Mbappé e Lionel Messi. Mas num sistema 4-4-2 em que os jogadores pareciam perdidos.

"Falta de concentração"

"Troquei para quatro atrás e juntei um médio, na esperança de ter mais relações técnicas dentro do jogo, mas esse não foi o caso", analisou o treinador, e "quando há tanto desperdício técnico no início de jogo, quando não há uma questão de frescura física neste momento, é porque houve falta de concentração de vários jogadores", continuou.

Desde o início do jogo, perderam duelos e foram sobrecarregados na defesa, especialmente nos dois primeiros golos do Lorient. "Quando se faz o início de jogo que fizemos, não se pode esperar muito mais do que o que tivemos", disse.

Um falhanço coletivo, mas também individual: "Precisamos de consciência coletiva e individual, há demasiados jogadores abaixo do seu nível", comentou Galtier. A maior parte dos jogadores não estava concentrada no jogo, à parte do guarda-redes Gigi Donnarumma e Danilo Pereira, que jogou no meio-campo e na defesa. Leo Messi e Kylian Mbappé jogaram de forma intermitente, como o costume, e os restantes não estavam lá.

Tal como Achraf Hakimi: o marroquino, a ser investigado por uma alegada violação, foi expulso muito cedo após o segundo cartão amarelo, aos 20 minutos.

Para além dos jogadores, Galtier está novamente na mira dos críticas. Questionado sobre a situação do treinador, com quem Campos chegou no último verão a Paris, o conselheiro assegurou que os jogadores ainda confiam nele.

"Estamos todos juntos nisto e é isso que quero dizer aos adeptos", vincou.