É agora. Neste domingo, o Paris Saint-Germain inicia o sprint final da temporada 2023/24 com uma primeira paragem na casa do maior rival: o Stade Velodrome. Um aperitivo digno do que espera os homens de Luis Enrique de agora até 1 de junho, caso disputem a final da Liga dos Campeões em Wembley. Com 12 pontos de vantagem sobre o segundo classificado Brest, o PSG espera manter a liderança, conquistando mais três pontos cruciais na busca pelo 12.º título da Ligue 1. De referir que, no campeonato, os parisienses não perdem no Velódrome desde 27 de novembro de 2011 (3-0) - embora a última derrota do PSG no terreno do Marselha tenha acontecido na época passada, nos oitavos de final da Taça de França (2-1).
Este Clássico de 31 de março será também - em princípio - a noite em que Kylian Mbappé se despede deste estádio, onde marcou quatro golos com a camisola do PSG durante a sua carreira. Assobiado pelos adeptos do Marselha na terça-feira, antes do jogo entre França e Chile, o capitão dos Bleus, que espera a mesma receção, chega mais motivado do que nunca para estes dois últimos meses de competição, que não eram tão emocionantes para o PSG desde a temporada 2020/21.
"Trabalhamos durante todo o ano para nos prepararmos para estes últimos jogos", explicou em conferência de imprensa com os Bleus na segunda-feira: Estes são os jogos com que sonhávamos quando éramos crianças. Temos esta oportunidade. O menino dentro de mim está muito feliz por disputar todas estas partidas. Agora temos de fazer com que isso aconteça, conquistando troféus. É isso que as pessoas esperam de nós e nós vamos tentar dar-lhes isso".
Sonho europeu
Para além do "sonho de criança" de estar entre as oito melhores equipas da Europa, Kylian Mbappé tem pela frente a última oportunidade de fazer história no clube da capital, conquistando o primeiro título da Liga dos Campeões e, dessa forma, sair da elite. O desafio é mais do que emocionante: o PSG, que provavelmente vencerá o campeonato, está a quatro jogos de disputar a segunda final de sua história na competição. Além disso, há ainda uma meia-final da Taça de França contra o Stade Rennais na quarta-feira, 3 de abril, antes de uma possível grande final no dia 25 de maio.
Embora a dupla jornada contra o Barcelona seja complicada para os parisienses, o facto de se encontrarem no "lado bom" da tabela acaba por ser uma vantagem para Paris. De acordo com as nossas indiscrições, antes do sorteio, dois clubes eram temidos por uma parte do balneário, incluindo Kylian Mbappé: Manchester City e Real. A visão desses dois favoritos ao título defrontarem-se nos quartos de final e, além disso, no lado oposto do sorteio para a final, inevitavelmente recebida de forma positiva pelos funcionários do clube.
O objetivo é claro: o PSG quer conquistar os três títulos, mas para isso precisa manter o ritmo positivo que teve antes da pausa internacional. A equipa de Partis não é favorita à conquista do troféu com as orelhas grandes, e sabe-o bem, mas está cheio de esperança. Uma vitória contra o Marselha aumentaria a sua confiança antes do Rennes. E um lugar na final da Taça de França dar-lhe-ia o melhor arranque possível para os quartos de final das competições europeias. O PSG está a jogar em três frentes, com cada um dos seus jogos ligado aos outros. É por isso que nenhum duelo do campeonato deve ser esquecido, apesar do número de pontos conquistados até agora.
"Estamos numa corrida final, estamos envolvidos em todas as competições", disse Mbappé antes da partida contra a Alemanha: "A ideia de marcar um hat-trick é mais importante do que o facto de eu ficar ou não. Esta é a nossa oportunidade de ter um ano especial. Todos no clube estão focados nisso. Não nos interessa o que se passa fora. Estou concentrado no próximo jogo. Vimos tudo o que aconteceu nas últimas semanas, mas mantive o meu objetivo de jogar bem, fi-lo nos jogos que contam, e esse continua a ser o meu objetivo."
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Barcelona, depois Atlético ou Dortmund, antes da final de Wembley. De facto, este percurso é muito mais acessível do que enfrentar os dois gigantes, Bayern e Arsenal. A última vez que o PSG foi confrontado com um sorteio tão favorável, chegou à final da competição. Isso aconteceu em agosto de 2020 e o contexto era muito diferente, pois tratava-se de uma Final a 8 com eliminatórias a uma mão, em Lisboa. Este ano, PSG e Mbappé podem ir até ao fim, vencendo num formato clássico da Liga dos Campeões.
É uma boa maneira de calar os críticos que sugerem que os parisienses não conseguem lidar com a pressão. Mas antes disso, o camisola 7 quer aproveitar ao máximo o seu último jogo no Velódromo e, por que não, marcar um quinto golo - ou mais - antes de partir para a Espanha?
