Acompanhe as principais incidências da partida
Hervé Renard não tem muitas oportunidades de se preparar para um jogo sem pressão e de experimentar novos modelos. Classificadas para a final-four da Liga das Nações Feminina, as Bleues disputam uma última jornada que tem um significado especial para muitas das suas jogadoras, que se preparam para os Jogos Olímpicos. A lista é pouco comum: apenas 18 nomes.
Para esta partida contra Portugal, Kadidiatou Diani e Marie-Antoinette Katoto, ambas lesionadas na vitória por 3-0 sobre a Áustria, foram declaradas inaptas. Melvine Malard (Manchester United) foi convocada para reforçar o ataque.
Na defesa, Hillary Diaz (Bordéus) e Thiniba Samoura(PSG), que estiveram em estágio com a equipa de sub-23, arriscam a presença na equipa principal. Elisa de Almeida, Griegde Mbock e Wendie Renard também estão em risco, assim como Amandine Henry, Léa Le Garrec e Eugénie Le Sommer. Cinco delas estarão no banco de suplentes no pontapé de saída.
"Pudemos aplicar as regras da UEFA, que estipulam que as jogadoras ameaçadas com um segundo cartão amarelo na terça-feira não podem jogar a meia-final da Final Four. Quis multiplicar as minhas opções para evitar qualquer risco de suspensão, apesar de a nossa qualificação estar assegurada antes do jogo contra Portugal", explicou o treinador.
"O objetivo é ficar invicto durante toda a fase de grupos", acrescentou na conferência de imprensa que antecedeu o jogo. "Somos a equipa que somou mais pontos nos quatro grupos e queremos continuar assim. A invencibilidade é importante para o moral da equipa e é essa a nossa prioridade. (...) O conceito de grupo será reforçado, porque aqueles que jogarem terão o dever de manter essa invencibilidade", rematou.
Em busca de intensidade
A partida contra Portugal pode mudar algumas coisas na cabeça de Hervé Renard, mesmo que seja apenas no limite, pois o grupo já está bem constituído. O técnico busca, acima de tudo, uma coesão coletiva que deve durar 90 minutos, algo que faltou contra a Noruega (0x0) e durante boa parte do primeiro tempo contra a Áustria em Rennes.
"Não estávamos satisfeitos, mas quando se está a ganhar por 1-0 ao intervalo, é bom ter intensidade", afirmou após o jogo. "Vimos que a seleção austríaca tinha os princípios para ir ao fundo do poço muito rapidamente. Tivemos de nos aproximar e ser mais determinados. Quando levamos a bola para a frente, foi isso que a equipe fez bem no segundo tempo. Quando se chega mais depressa à frente do jogo, tudo se torna mais fácil", completou.
A equipa titular do treinador será um bom indicador da identidade daquelas que poderão apostar a sua participação no torneio olímpico nesta partida. Antes de encerrar 2023, marcado por mais uma deceção, Renard deve confirmar as suas certezas antes de avançar com um núcleo reduzido.
No final, há muito mais em jogo nesta partida contra Portugal do que parece.