"Quarta-feira vai ser um jogo completamente diferente do jogo contra o Wolves. Temos alguns dias para recuperar, preparar e voltar a jogar. Se o Chelsea está nos quartos da Liga dos Campeões, é por alguma razão", disse Lampard em conferência de imprensa no domingo, depois da derrota por 1-0 no regresso ao banco dos Blues.
Mudança de mentalidade
Não é segredo para ninguém: o Chelsea de 2022/23 é um dos piores em campo desde a época 2015/16. Na altura, os londrinos estavam sob o comando de José Mourinho e terminaram em 10.º lugar na Premier League. Tendo passado por três treinadores esta época, a equipa da capital está perto de fazer ainda pior, visto que atualmente ocupa o 11.º lugar.
Em espiral negativa apesar do enorme investimento do novo proprietário Todd Bohley (370 milhões de euros em transferências de jogadores só na janela de inverno), o emblema tem tido dificuldade para recuperar. Os fins de semana seguem-se uns atrás dos outros e encontram sempre a equipa em perdição.
Uma cascata de derrotas e empates inesperados intercalados com vitórias deixam um enorme ponto de interrogação sobre a capacidade do Chelsea em voltar ao bom caminho, especialmente depois da saída de Graham Potter e a chegada de Lampard. O antigo médio inglês levou o Everton ao declínio no início desta época. Uma nova oportunidade foi-lhe concedida agora no final do calendário. Mas será ele o homem certo para o cargo?
De qualquer forma, ele olha para o futuro como uma força motivacional para as suas tropas: "Se vocês estão inquietos, não o estejam. Se estás preocupado, não venhas. Os jogadores não vão estar. Todos os jogadores na equipa, quer seja Kovacic, que ganhou duas Ligas dos Campeões e jogou em duas meias-finais do Campeonato do Mundo, ou Mudryk, que acabou de chegar aqui, estão aqui por uma razão: por esta taça", disse o treinador aos repórteres no domingo.
Quais as táticas a considerar?
No sábado, o Chelsea evoluiu em 4-3.3. Sob comado interino de Bruno Saltor, na jornada anterior com o Liverpool (0-0), o sistema seguido foi um 3-5-2. Na semana anterior a essa, ainda com Potter ao leme contra o Aston Villa (derrota por 2-0), os Blues jogaram em 4-2-3-1. Noutras palavras, absolutamente zero consistência. Como resultado, é difícil prever qual o sistema a ser usado esta quarta-feira.
"Faltou-nos agressevidade hoje (sábado). Podemos não ter estado à altura da tarefa em algumas segundas bolas, alguns duelos e outras coisas do género. Mas vamos estar contra Madrid. Não tenho medo de o dizer: quarta-feira será um jogo completamente diferente", disse Lampard.
Muito limitado nas fases ofensivas e criatividade, o Chelsea não terá outra escolha a não ser elevar o seu pontecial ao nível europeu contra os espanhóis. Os londrinos conseguiram fazê-lo contra o Dortmund (2-0) no início de março. Há esperança, mas não vai ser fácil. "Não podemos esperar que tudo se encaixe na equipa. Vamos ficar juntos. É só uma questão de estarmos juntos". Para não explodir a meio do ar na casa do campeão europeu em título.