Recorde as incidências da partida
Onze anos depois, o regresso do SC Braga à fase de grupos da Liga dos Campeões e, para a estreia, nada melhor que um Municipal de Braga engalanado para receber o Nápoles, equipa que, 33 anos depois, sagrou-se campeão italiano.
Para o duelo inédito com o Nápoles - o SC Braga, em 11 jogos com equipas italianas, tinha até agora três vitórias, dois empates e seis derrotas -, Artur Jorge mudou três jogadores em relação ao onze que perdeu com o Farense, por 1-3: Niakaté, Vítor Carvalho e Abel Ruiz entraram de início, nos lugares de Paulo Oliveira, João Moutinho e Banza, respetivamente.
O SC Braga até entrou melhor, com uma recuperação de bola aos quatro minutos que Álvaro Djaló tentou de entregar a Ricardo Horta que, à meia volta, rematou ao lado da baliza do Nápoles.
Olá Matheus
Não demorou, porém, a resposta do Nápoles: aos 6 minutos, num erro de José Fonte, Osimhen isolou-se mas Matheus conseguiu fazer a mancha. Quatro minutos depois, o guarda-redes brasileiro voltou a brilhar, defendendo junto ao poste os cabeceamentos de Osimhen e Di Lorenzo.
Aos 13 minutos surgiria a primeira contrariedade para Rudi Garcia, com o central Rrahmani a sair lesionado, obrigando à entrada de Østigård.
Em cima dos 20 minutos Anguissa comprometeu, Ricardo Horta fugiu e foi travado pelo médio do Nápoles, que viu amarelo. Na conversão do livre, Álvaro Djaló rematou em força, ao lado da barreira mas também desviada da baliza italiana. Dois minutos depois foi novamente Osimhen, uma vez mais de cabeça, e de novo ao lado da baliza de Matheus.
Depois de Matheus, o ferro
Aos 27 minutos uma vez mais Osimhen, desta feita de pé direito e de meia distância, com uma bomba à barra da baliza de Matheus. A resposta do SC Braga não demorou, no mesmo minuto Abel Ruiz cabeceou ao lado e, aos 32', Al Musrati isolou Ricardo Horta, Ostigard conseguiu o corte crucial mas a bola saiu a rasar o poste, naquele que foi, quase, quase, um auto-golo que colocaria o SC Braga na frente do marcador.
Como se fosse um golo nas bancadas
Aos 34 minutos, após grande confusão na área do SC Braga, Serdar Gözübüyük, árbitro da partida, marcou penálti de Niakaté sobre Osimhen. Porém, após rever as imagens no VAR, reverteu a decisão, para gáudio dos adeptos do SC Braga nas bancadas, que entusiasmaram-se ainda mais depois do susto.
Chegou na pior altura
No primeiro dos quatro minutos de compensação, surgiu mesmo o golo do Nápoles: canto da esquerda, corte da defensiva bracarense, recarga de Osimhen e, à terceira, Di Lorenzo, capitão dos italianos, a aproveitar o ressalto para inaugurar o marcador.
Vítor Carvalho, em cima do apito para intervalo, ainda ganhou espaço, em zona prometedora, à entrada da área, mas o remate de primeira saiu muito por cima da baliza do Nápoles.
Menos ritmo, mais SC Braga
Sem alterações ao intervalo, a segunda parte começou com menos voltagem mas, uma vez mais, com Matheus em evidência, logo aos 49 minutos, a travar o cabeceamento de Anguissa, que aos 56' voltou a ganhar sobre Niakaté, rematando para defesa do guarda-redes brasileiro do SC Braga.
Aos 57' foi Osimhen, de longe, a rematar ao lado, antes da equipa bracarense tentar sacudir a pressão e, sobretudo, o domínio napolitano. Primeiro foi Djaló, aos 61', a ganhar canto após remate de Juan Jesus. Depois José Fonte, aos 62', de cabeça mas contra Vítor Carvalho e aos 63' Ricardo Horta, com tiro ao lado.
Dança dos bancos
Aos 67 minutos Rudi Garcia mexeu pela segunda vez, já depois de ter sido forçado a trocar de central na primeira parte, lançando Raspadori e Elmas nos lugares de Politano e Kvaratskhelia. Respondeu Artur Jorge, com risco, retirando Vítor Carvalho para lança Zalazar.
A verdade é que foi o Nápoles, uma vez mais, a estar perto do golo, com Zielinski, ao segundo poste, a rematar de primeira, de baliza aberta, e ao lado.
Da felicidade ao azar
Aos 77 minutos Artur Jorge juntou Banza a Abel Ruiz, prescindindo de Álvaro Djaló. O treinador arriscava, a equipa entendia a mensagem e, aos 84 minutos, Al Musrati recuperou, serviu Zalazar e o uruguaio que saiu do banco, à entrada da área, cruzou para Bruma surgir de cabeça e fazer o 1-1, levando ao rubro as bancadas do Municipal de Braga.
Perante o resultado positivo, Artur Jorge tirou Abel Ruiz e lançou Pizzi, tentando equilibrar novamente a equipa. Saiu o tiro... pela culatra. E de que maneira. Aos 88 minutos, cruzamento de Zielinski, da esquerda, e Niakaté, na tentativa de cortar a bola, a fazer um auto-golo de todo evitável - estava sozinho, com espaço, e o gesto teve de tudo menos de técnica.
Novamente em vantagem, Rudi Garcia colocou Natan e Simeone, tirando Zielinski e Osimhen, alargando a defesa a três centrais, já depois de Ricardo Horta ter lançado novo aviso, sobre a baliza dos italianos.
Aos 90+6' o SC Braga podia ter voltado a ser feliz mas o remate de Pizzi, forte e colocado, embateu no poste da baliza do Nápoles. Faltou a estrelinha.
Homem do jogo Flashscore: Al Musrati (SC Braga)