Chelsea-Real Madrid: uma questão de orgulho para um e trabalho de casa para o outro

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Chelsea-Real Madrid: uma questão de orgulho para um e trabalho de casa para o outro

Equipas repetem encontro dos quartos de final da época passada
Equipas repetem encontro dos quartos de final da época passadaAFP
Chelsea e Real Madrid vão encontrar-se em Stamford Bridge esta terça-feira à noite, seis dias depois do jogo em Espanha. O Real Madrid leva vantagem no confronto (2-0 na primeira mão) e vai a Londres procurar carimbar o bilhete para as meias-finais. Mas atenção à onda de orgulho dos Blues no seu próprio relvado.

A diferença entre as duas equipas foi enorme na peimeira mão e é provável que assim se mantenha nesta segunda mão agendada para as 20:00 desta terça-feira. No fundo do abismo, o Chelsea vai receber um Real Madrid em grande forma desde a pausa internacional numa partida que, à primeira vista, não oferece grandes motivos para suster a respiração. Uma equipa terá de apostar tudo no seu orgulho, enquanto a outra só tem de garantir que não há um descalabro.

"Temos de jogar como uma equipa com vontade e habilidade para dar a volta às coisas", disse Frank Lampard em conferência de imprensa na segunda-feira. "Já estive demasiadas vezes no relvado numa noite de Liga dos Campeões e sei que o ambiente vai ser ótimo. Cabe-nos a nós envolver o público". Palavras de esperança em estado crítico. Agora resta saber se isso fará com que a sua equipa reaja.

Os Blues perdidos no mar

Porque nada é mais factual do que a linguagem corporal e as reações dos seus jogadores na semana passada em Madrid. Em agonia durante todo o encontro, o eixo defensivo, claramente desprovido de automatismo, passou a maior parte do tempo a falar uns com os outros para se reorientarem no final de cada um dos ataques adversários. O cartão vermelho a Chilwell e a raiva de Thiago Silva depois de ser substituído mostram como os blues reinam no balneário londrino.

Acompanhe aqui as incidências do encontro

"Não estamos onde queremos estar. Penso que a palavra "doente" para definir a equipa é um pouco forte. A posição na Liga (inglesa) é uma realidade e nós estamos a perder por 2-0 (neste encontro)". Depois da esperança, é tempo de realismo para Frank Lampard. 

Mais perto da zona de descida (12 pontos) do que do quarto lugar e sinónimo de Liga dos Campeões (17 pontos) na Premier League, os homens de Frank Lampard estão debaixo de água há meses. A 12.ª derrota desta época diante do Brighton no último fim de semana, o Chelsea chega a esta segunda mão sem grandes esperanças de seguir em frente, depois de ter perdido no Santiago Bernabéu por 2-0, na última quarta-feira.

Também é difícil perceber como esta equipa, em reconstrução desde que Boehly tomou posse em junho, pode trabalhar nas melhores condições possíveis. Com as saídas consecutivas de Tuchel e Potter ao longo do caminho, o grupo tem de lidar com a instabilidade interna, causando dificuldades na adaptação aos métodos de um novo treinador. Roma não foi construída num dia e não será o novo projeto dos londrinos, com mudanças no banco de suplentes de quatro em quatro meses, que será a exceção que comprova a regra.

O proprietário norte-americano teve de lidar com adeptos insatisfeitos nas bancadas no último sábado na Premier League. É um clima tudo menos saudável para uma equipa que só terá no orgulho a crença de uma possível vitória na terça-feira. Infelizmente, é difícil a preparação para um jogo destes quando o treinador não conheço bem o adversário. Na primeira mão, Lampard disse em conferência que "eles não sabiam que o Real Madrid era tão forte". Foi um erro bem profissional da sua parte.

Real Madrid, soberanos da Europa

E se o Real Madrid está a caminho, uma vez mais, para outro título na competição? Faltam apenas quatro jogos para os homens de Carlos Ancelotti alcançarem o terceiro back-to-back da sua história (1956/1957 e 2016/2017), um feito que nenhum outro clube europeu conseguiu. Mas, primeiro, terão de ultrapassar este Chelsea moribundo, antes de pensarem na meia-final.

"Sabemos muito bem o que temos de fazer, que não é ganhar de qualquer forma, mas lutar até ao fim com toda a energia que temos. Agora temos de avançar passo a passo. Se chegarmos às meias-finais, fizemos um bom trabalho durante mais um ano", explicou o treinador italiano em conferência de imprensa na segunda-feira.

Foi com uma equipa quase completa - Ferland Mendy ainda está lesionado - que o Real Madrid viajou para Inglaterra na segunda-feira de manhã. Os espanhóis vão chegar a Stamford Bridge com intenções claras: fazer bem o trabalho de casa, ou seja, vencer.

Depois de terem dominado o primeiro jogo, o Real não vai querer sofrer e tudo indica que vão tomar controlo do jogo desde o apito inicial até ao final dos 90 minutos. O objetivo passa por evitar erros do passado, particularmente os do ano passado, na mesma fase da competição e o mesmo adversário, quando os londrinos, depois de terem perdido por 1-3 na primeira mão, foram ao Bernabéu e ficaram perto de surpreender os merengues, estando a vencer por 0-3 até aos minutos finais.

Portanto, nenhum erro pode ser cometido pelos homens de Ancelotti, especialmente contra este adversário.