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O Lyon é de longe o clube mais bem-sucedido da história da competição, mas perdeu para o Chelsea nos penáltis e foi eliminado nos quartos-de-final na temporada passada.
"Há oito troféus da Liga dos Campeões que esta equipa ganhou e, para mim, quando chego a este clube, é como se esta fosse a marca, este é o padrão", disse Horan à Reuters a partir do hotel da equipa em Praga.
A jogadora de 29 anos, que é capitã da seleção dos Estados Unidos, conquistou um desses oito títulos com o clube e atribui o sucesso do Lyon à mentalidade vencedora que o clube fomentou ao longo dos 22 anos de história da competição.
"Tudo o que fazíamos em campo era do tipo: 'estamos a jogar umas pelas outras. Estou a tentar ganhar este jogo com os meus colegas de equipa'", afirmou Horan.
"Acho que são jogadoras como Wendie (Renard), jogadoras como Ada (Hegerberg) que incutiram isso e que estão aqui há tanto tempo, que agora é nossa responsabilidade continuar a carregar isso", prosseguiu.
Vencedora do Mundial em 2019, Horan diz que a mentalidade vencedora em Lyon é semelhante à da equipa nacional dos EUA.
"No sentido dos EUA, somos um pouco psicopatas nesse sentido - quero dizer, faremos qualquer coisa, qualquer coisa em nosso poder (para vencer)", explicou ela.
"Somos uma equipa incrível"
Horan orgulha-se das suas conquistas na Europa, mas não gosta da sugestão de que o Lyon foi alcançado e talvez ultrapassado nos últimos anos por equipas como o atual campeão Barcelona.
"Acho lamentável que as pessoas não pensem em nós no topo da lista, porque somos uma equipa incrível. Olhando para as jogadoras que fazem parte da nossa equipa, penso sempre que estamos no topo", afirmou.
"Queremos jogar contra a melhor versão do Barça, a melhor versão do Chelsea, a melhor versão de todas estas equipas, o que o torna muito maior, e obviamente maior para o espectador", sublinhou.
Tendo crescido no Colorado, Horan era obcecada pela Liga dos Campeões masculina e espera que a competição feminina atraia muito mais espectadores em todo o mundo nesta temporada.
"Irrita-me que não se fale mais dela (a competição feminina). Quando eu era mais nova, só via os jogos dos homens, não conseguia ver a Liga dos Campeões feminina - não a encontrava em lado nenhum", acrescentou.
Se tudo correr conforme o planeado, esta campanha na Liga dos Campeões terminará com a nona vitória do Lyon na final, em Bilbau, no próximo mês de maio, mas primeiro terão de ultrapassar o Slavia Praga, o Brann, da Noruega, e o St. Poelten, da Áustria, na fase de grupos.
"Acho que todas as equipas vão tentar dificultar ao máximo as coisas para nós, mas cabe-nos a nós elevar o nível e acho que vai ser muito emocionante", disse Horan.