A Jesús Gil Manzano foi dada a oportunidade de dirigir um jogo desta envergadura. Foi-lhe confiada a tarefa de fazer justiça num duelo emocionante, não só pelo que estava em jogo, nem mais nem menos do que um bilhete para a final da principal competição europeia, mas também por ser o jogo de estrelas da região de Bérgamo. Foi um espetáculo desde os primeiros minutos, com o Inter a fazer uma excelente exibição e a dar um passo importante para garantir mesmo o seu lugar no jogo decisivo, que se disputará em Istambul.
O árbitro não teve a melhor das noites, sobretudo porque assinalou uma grande penalidade de Simon Kjaer sobre Lautaro Martinez que não existiu. O argentino foi ao chão quando tinha uma boa oportunidade para finalizar. Juan Martínez Munuera alertou-o através do VAR e o homem de Badajoz foi ao monitor para corrigir o erro e, de seguida, retirar a advertência ao defesa-central dinamarquês. O atual quarto classificado da Serie A já vencia por 2-0 e teve algumas oportunidades claras para fazer o 3-0.
O treinador do Milan, Stefano Pioli, criticou os "dois pesos e duas medidas" de Gil Manzano. Além disso, os dois principais jornais italianos também foram muito claros nos seus relatórios e análises. O Corriere dello Sport afirmou que Gil Manzano foi "demasiado permissivo" no "jogo mais importante da sua carreira". Este meio de comunicação também não menciona o facto de que, entre outros, Théo Hernández e Denzel Dumfries mereciam ver até dois cartões amarelos. Mas ficaram impunes.
A Gazzeta dello Sport, por sua vez, deu 5,5 pontos em 10, mas observou que algumas das suas avaliações eram "inconsistentes". Claro que se concentram no penálti mal assinalado e noutras ações menos importantes. Consideram também que o árbitro deveria ter mostrado mais alguns cartões. Foram precisos 46 minutos para mostrar o primeiro (a Krunic e Mkhitaryan praticamente ao mesmo tempo) e, no total, não mais do que três (Tomori viu o outro). Menos, certamente, do que seria de esperar.