Recorde as incidências da partida
Foi uma grande noite no Bernabéu, daquelas que apaixonam os adeptos. Um jogo contra o City nos quartos de final da Liga dos Campeões com casa cheia é o que qualquer jogador que chega ao Real Madrid espera. E o pontapé de saída não desiludiu. Depois de um majestoso 360º tifo e de um ambiente digno do acontecimento, as coisas não podiam ter começado pior para os merengues.
Logo no primeiro minuto, Tchouaméni cometeu uma falta sobre Grealish, que lhe valeu um cartão amarelo e, consequentemente, a passagem à segunda mão. A falta foi cobrada pelo português Bernardo Silva, que surpreendeu Lunin à entrada da área para dar a vantagem aos Cityzens. 0-1.
Os ingleses entraram mais empenhados no jogo, com uma pressão alta que levou à primeira oportunidade de Haaland, bem defendida por Lunin. A defesa bloqueou depois o ressalto de Grealish.
Mas o Real Madrid não demorou muito a chegar ao golo. Era um dado adquirido que, na sua competição fetiche, não ia ser dominado por muito mais tempo. E foi Camavinga que surpreendeu aos 12 minutos, com um remate de longa distância que tocou em Rúben Días e surpreendeu Stefan Ortega, titular esta noite no lugar de Ederson.
E um minuto depois, Rodrygo apareceu, como na reviravolta de há dois anos. O brasileiro recebeu um passe em profundidade no contra-ataque do seu compatriota Vinicius, ganhou a Akanji e rematou rasteiro para bater Ortega.
A partir daí, o jogo mudou e o Real Madrid passou a jogar mais à frente, impulsionado por um público que estava a gostar particularmente do jogo. Valverde testou Ortega, e depois foi Rodrygo, que mostrou o seu idílio contra o City, fugindo dos seus marcadores e por duas vezes parecendo perigoso. As transições do Real Madrid eram rápidas e Vinicius esteve perto de fazer o terceiro após um passe de Rodrygo.
Madrid falha, Foden e Gvardiol não
Na segunda parte, o City entrou dominador e procurou o golo do empate cedo, por intermédio de Grealish. O Real Madrid procurava um erro dos ingleses e encontrou-o por intermédio de Bellingham, que se movimentou na área, batendo dois adversários, e rematou à frente de Ortega.
Mas o City voltou a controlar a partida e um livre de Grealish foi cabeceado por Rodri. O Real Madrid, no entanto, continuava a fazer o que lhe competia, recuperando e colocando ritmo no jogo. Rodrygo fez a ligação com Vinicius e o camisola 7 rematou por alto.
Depois foi Foden que rematou para as mãos de Lunin. Na tentativa seguinte, não cometeu qualquer erro. O internacional inglês recebeu um passe de Bernardo Silva a meio da área e colocou a bola no ângulo superior, bem fora do alcance de Lunin. 2-2.
Pouco depois, o verdadeiro golpe do Real Madrid. Grealish tentou a sua sorte no flanco esquerdo, mas o potente remate de Gvardiol passou ao lado do alvo. 2-3.
Valverde levantou o Bernabéu
Ancelotti mexeu no banco e substituiu Rodrygo e Kroos por Brahim e Modric. E quando o Real Madrid parecia estar em baixo de forma, entrou Pajarito. Vinicius mudou a direção do jogo e Fede Valverde apareceu à entrada da área para rematar de pé direito, sem hipóteses para Stefan Ortega.
Nos minutos finais, Carletto renovou o banco e fez entrar Joselu para o lugar de Vinicius. Guardiola esperou até aos 86 minutos para fazer a sua primeira alteração: Julián Álvarez para o lugar de Foden. O Real Madrid procurava o quarto golo e Carvajal esteve perto de o fazer, numa jogada que já tinha tido vários remates.
A única coisa que fica clara, do empate 3-3, é que haverá um grande espetáculo na próxima semana em Manchester, do qual sairão os grandes favoritos ao título. O ritmo do Real Madrid e o controlo do jogo por parte do City terminaram num empate no Bernabéu.