A última vez que o jogador de 27 anos sentiu o sabor da derrota foi quando a Espanha perdeu uma partida de qualificação para o Euro-2024 contra a Escócia, a 28 de março de 2023.
Desde então, marcou o golo da vitória na final da Liga dos Campeões, ajudou o Manchester City a conquistar a Premier League, a Taça de Inglaterra, a Supertaça Europeia e o Campeonato do Mundo de Clubes, além de ter conduzido o seu país à glória na Liga das Nações.
Regularmente aclamado como o melhor médio-defensivo do mundo pelo técnico do City, Pep Guardiola, ele é o homem sem o qual nem mesmo uma equipa repleta de estrelas mundiais pode viver.
Os campeões ingleses têm enfrentado longas ausências por lesão nesta temporada de Erling Haaland e Kevin De Bruyne. No entanto, nas quatro derrotas do City em todas as competições desta temporada, Rodri esteve ausente por suspensão.
Da mesma forma, a única derrota da Espanha desde que enfrentou os escoceses no Hampden Park há um ano aconteceu em num particular contra a Colômbia no mês passado, quando ele ficou no banco durante os 90 minutos.
Rodri também tem boas lembranças recentes do Bernabéu, depois de marcar dois gols há duas semanas no empate em 3-3 da Espanha com o Brasil.
"Rodri é o melhor", disse Guardiola depois de o médio ter marcado o oitavo golo da época na semana passada contra o Aston Villa: "Na sua posição, ele é o melhor e pode fazer tudo. A qualidade, ele lê o jogo, a sua mentalidade, está sempre pronto. Ele é tão bom em muitas coisas... A presença, o físico, ele é completo."
O Real Madrid sente-se orgulhoso por ter conseguido atrair Jude Bellingham para o Santiago Bernabéu, em vez de regressar ao seu país no verão passado. Mas o City pode se sentir igualmente orgulhoso por ter tirado o madrilenho Rodri de debaixo do seu próprio nariz.
Depois de se destacar no Villarreal, ele passou apenas uma temporada no Atlético de Madrid antes de o City desembolsar 65 milhões de euros para acionar sua cláusula de rescisão em 2019. Quem vencer o frente a frente entre Bellingham e Rodri será um fator decisivo para o terceiro encontro entre os gigantes espanhol e inglês nas últimas três épocas.
Há dois anos, o City viu uma vantagem de dois golos escapar nos descontos no Bernabéu, quando o Real Madrid se lançou numa luta notável a caminho da 14.ª Taça dos Campeões Europeus. O conjunto de Guardiola se vingou 12 meses depois, noutra meia-final, quando goleou o Real Madrid por 4-0 em casa, sem dúvida o ponto alto dos oito anos do ex-técnico do Barcelona no comando do clube de Manchester.
Rodri acredita que a vantagem de jogar em casa na segunda mão, no Etihad, onde o City está invicto na Liga dos Campeões desde 2018, pode ser o fator decisivo na eliminatória.
"Conhecemo-nos muito bem. Vimos da experiência do ano passado, que foi muito boa para nós", disse Rodri após o sorteio: "Sabemos que será muito difícil nos classificarmos novamente, mas, sinceramente, acho que o sorteio foi favorável para nós no sentido de que o jogo de volta será em casa."
Essa confiança vem de um homem que não está habituado a perder e sem o qual o City não pode viver.