Recorde aqui as incidências do encontro
Bruno Fernandes foi o único português que começou o encontro, ao passo que João Félix começou no banco de suplentes do Chelsea, tal como Diogo Dalot no do United, ao lado do melhor marcador da equipa Rashford.
A um ponto de garantir a qualificação para a Liga dos Campeões, os Red Devils quase eram surpreendidos logo aos quatro minutos por um contra-ataque rápido dos Blues - que já não podem acabar na metade superior da tabela -, mas Mudryk falhou de forma clamorosa após um passe do jovem lateral Lewis Hall.
Na resposta, de um livre direto cobrado por Bruno Fernandes, o teatro dos sonhos entrou em ebulição depois de Casemiro ter correspondido da melhor forma ao excelente cruzamento do português. O brasileiro saltou sozinho entre os dois defesas e cabeceou para o golo diante de um indefeso Kepa.
Estavam melhor os anfitriões, que somavam meias oportunidades e só a desinspiração de Martial impedia um resultado mais avultado, numa altura em que o Chelsea demonstrava dificuldade em controlar o jogo. Rashford não jogou de início, mas foi lançado aos 29 minutos, devido à lesão de Anthony que saiu de maca e muito queixoso.
A pausa para a substituição fez bem aos londrinos que demonstraram mais capacidade ofensiva e nos últimos cinco minutos antes do intervalo montaram um autêntico cerco à área do United. Mas, mesmo depois de mais um cruzamento perfeito de Lewis Hall, agora foi Havertz que cabeceou para fora. Pouco depois, um grande de Enzo Fernández levou ao remate cruzado de Gallagher que ainda tirou tinta ao poste.
Balanceados na frente, os Blues perderam a concentração na retaguarda e Casemiro, tantas vezes no papel de destruidor colocou a cartola de mágico e fez um passe fantástico - a olhar para um lado e a colocar a bola no outro - que deixou Sancho na cara do golo, o inglês assistiu Martial que só teve de encostar para fazer as pazes com o golo, em cima do intervalo.
O regresso dos descansos podia ter trazido o terceiro golo para o United, mas Bruno Fernandes não aproveitou o bom trabalho de Lindelof e o serviço impecável de Sancho. O português tinha tempo e espaço só que preferiu armar uma bomba que rebentou na trave de Kepa.
A turma de Ten Hag não desarmava e ameaçava o encontro com contornos de goleada: numa jogada de insistência, Wan-Bissaka desperdiçou a hipótese de rematar, depois o desvio nada ortodoxo de Eriksen foi travado por uma grande defesa de Kepa e, finalmente, Casemiro disparou para fora.
Apesar do desacerto, Bruno Fernandes estava endiabrado e acabaria mesmo por fazer o gosto ao pé, não sem antes fazer uma maldade tremenda. Aos 73 minutos, fez um toque subtil por entre as pernas de Fofana, o defesa não gostou e derrubou-o... dentro de área. Chamado a converter, o português não tremeu e enganou Kepa, acendendo um rastilho para umas trocas de palavras menos agradáveis de Enzo Fernandez.
Ao mesmo tempo que o United abria o livro, o Chelsea andava aos papéis. Cinco minutos depois, o péssimo passe de Fofana foi parar aos pés de Bruno Fernandes que passou logo para Rashford fazer o 30.º golo na temporada. O primeiro jogador a atingir essa meta desde os tempos de Alex Ferguson... há 10 anos.
Garnacho ainda acertou na trave antes de João Félix ter dado uma réstia de orgulho aos londrinos: o português conduziu um contra-ataque a desde o meio-campo até à entrada da área onde puxou a culatra atrás e com um remate rasteiro e colocado marcou o tento de honra.
Até ao apito final, Kepa evitou o descalabro total com defesas de grande calibre e beneficiando também de alguma descontração na finalização dos avançados. Com esta vitória, o United carimba o regresso à Liga dos Campeões e já se sonha nesta equipa comandada por Erik ten Hag.
Homem do jogo Flashscore: Casemiro (Manchester United).
