À procura de ultrapassar, ainda que à condição, o FC Porto, aproximando-se assim do Benfica na luta pelo título, o SC Braga chegou ao Jamor numa série de quatro vitórias consecutivas e sem perder há sete jogos entre Liga portuguesa e Taça de Portugal. Por seu lado, o Casa Pia estava há três jogos sem vencer (duas derrotas e um empate), mas ciente de que um triunfo aproximaria a equipa dos lugares de acesso às competições europeias.
Sem alterações de parte a parte em relação aos últimos jogos de cada uma das equipas, foram os visitados que começaram melhor e que podiam mesmo ter inaugurado o marcador.
Recorde aqui as incidências do jogo.
Com 11 minutos jogados, Leonardo Lelo cobrou um livre lateral desde a esquerda, Zolotic amorteceu ao segundo poste e Godwin, em excelente posição, no centro da área e sem oposição, cabeceou por cima, perdendo uma grande oportunidade para inaugurar o marcador.
A resposta chegou aos 20, com um remate desviado de André Horta depois de um bom desenho ofensivo do conjunto bracarense, naquela que foi uma das exceções da primeira meia-hora de jogo no que respeita a perigo junto das balizas.
De irmão para irmão, foi de Ricardo Horta a oportunidade que se seguiu, já perto dos 35 minutos, altura em que o avançado, a passe de Borja, atirou ligeiramente ao lado.
O SC Braga mandava, mas tinha pela frente um Casa Pia compacto e em busca de espaço para a transição. E foi dessa forma que, perto do intervalo, Yuki Soma ganhou espaço pela direita e procurou Rafael Martins, que, já na pequena área, não conseguiu o desvio devido a ação providencial de Tormena.
Já dentro do minuto de compensação da primeira parte, foi Iuri Medeiros a tentar a sua sorte, com um remate à meia-volta, de pé esquerdo, que passou ligeiramente acima da baliza à guarda de Ricardo Batista.
A arte de bem aproveitar
O nulo imperava ao intervalo, mas a pausa terá feito bem ao SC Braga, que voltou dos balneários revigorado e em busca do golo. E a verdade é que não demorou a celebrar. Aos 53 minutos, Iuri Medeiros recuperou uma bola solta, colocou em Abel Ruíz e o espanhol, depois de ganhar em velocidade, tocou para trás, descobrindo Ricardo Horta, que, no coração da área, abriu a contagem.
Os minhotos aproveitaram com sucesso a primeira grande oportunidade de que dispuseram, mas, ainda assim, o Casa Pia não esmoreceu e na resposta Taira descobriu Godwin, com um passe em profundidade bem medido, mas o avançado acabou por perder a bola, perdendo uma boa chance para igualar.
Logo depois, foi Neto quem apontou à baliza guardada por Matheus, falhando-a por pouco, seguindo-se Ricardo Horta a testar a atenção de Ricardo Batista, para defesa segura do guarda-redes casapiano.
Contudo, era o SC Braga quem mandava nesta fase e, a um quarto de hora dos 90, Ricardo Horta voltou a estar em evidência. Na sequência de um canto defensivo e de uma rápida transição dos minhotos, o avançado surgiu em boa posição, mas atirou para intervenção de recurso de Ricardo Batista, que segurou a vantagem mínima.
A exigência era cada vez maior para o guardião dos locais, que voltou a ser chamado à ação minutos depois para, com uma excelente estirada, travar um remate de Al Musrati que levava selo de golo. E se essa foi uma boa intervenção, faltarão palavras para descrever a que se seguiu. Aos 85 minutos, e depois de mais uma bela transição dos minhotos, Ricardo Horta, superiormente servido por Pizzi, viveu novo capítulo de um muito pessoal duelo com Ricardo Batista, que voltou a negar-lhe o golo com uma defesa fantástica.
Até final, o marcador não mais mexeu e, dessa forma, o emblema bracarense ascende provisoriamente ao segundo lugar, colocando pressão no FC Porto e no Benfica nas contas pelo título da Liga portuguesa.
Homem do Jogo Flashscore: Ricardo Horta (SC Braga)