Conceição: "Começo a perder a alegria e a paixão, mas vão ter que contar connosco até ao final"

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Conceição: "Começo a perder a alegria e a paixão, mas vão ter que contar connosco até ao final"
Atualizado
Conceição com queixas sobre possível penálti sobre Galeno
Conceição com queixas sobre possível penálti sobre GalenoLUSA
Leia abaixo as declarações do treinador do FC Porto depois da derrota por 1-2 contra o Vitória SC no Estádio do Dragão, na 28.ª jornada da Liga Portugal.

Recorde aqui as incidências do encontro

Duas derrotas seguidas no campeonato: "O que falhou? Isto era uma conversa longa... Olhámos para o que não conseguimos fazer, último remate, último terço, situações que trabalhamos constantemente, mas o jogo é mais do que isso. Chegou-se a um momento, dou um exemplo, no início os jogadores sentem-se muito prejudicados. Isso cria nervosismo, hoje foi reflexo disto, o ambiente dentro e fora é muito difícil. Há um empurrão ao Galeno (na área) que não é marcado e depois um exatamente igual que é marcado e dá no golo do Vitória SC. Não percebo porque é dentro de área não se marca e fora marca-se. Estas situações começam a enervar os jogadores - não devia, mas acontece. Não digo que é só culpa disso, podemos e devemos fazer mais e melhor. Somos uma equipa que provoca muito o adversário, hoje sofremos 23 faltas, fizemos 6, temos um vermelho e dois amarelos. O Pepe foi expulso e saímos todos prejudicados. Temos de olhar internamente para a tranquilidade que queremos ter para sermos uma equipa à nossa imagem e não de reações, nervosismo e situações que não nos levam a algo positivo".

Sofrer dois golos deixa mais intranquilidade: "Sim, mas isto é o reflexo de tudo o que se tem passado. Não é fácil num grupo de jovem jogadores. Na antevisão deste jogo olhei para o dérbi e vi uma equipa a perder, havia possibilidade de nos aproximarmos e lutar pelo segundo lugar, mas fica difícil com tudo o que se passou hoje. É tudo o que tenho a dizer". 

Leia aqui a crónica do encontro

Na conferência de imprensa, o treinador dos dragões criticou a dualidade de critérios da arbitragem, quando questionado se conseguiu perceber a expulsão de Pepe. Depois de um longo desabafo, abandonou o auditório no Estádio do Dragão.

"Consegui perceber que há, aos cinco minutos, um penálti claro sobre o Galeno, mais um. Não sei o que é preciso os meus jogadores fazerem para se assinalar um penálti. E os que são assinalados, são revertidos, como aconteceu contra o Rio Ave, no Estoril, e aqueles que são claros, em Arouca, no Bessa... está difícil. Sei que os jogadores sentem muito isso. Por aquilo que foi o passado recente, o que se falou nestas duas semanas, das reações dos jogadores... olha-se muito para as reações e amanhã vão falar mais da situação do Pepe do que do penálti claro sobre o Galeno e da falta que dá origem ao primeiro golo do Vitória. Fora da área assinala-se falta, dentro da área não se assinala. Fica difícil. Os jogadores perdem essa frescura a nível emocional, mas não devem, porque saímos prejudicados". 

"O Vitória SC veio fazer o jogo que eu pensava que eles vinham fazer, com um bloco um pouco mais baixo. O primeiro golo surge de uma situação que foi menos grave do que a que se passou na área com o Galeno. Não sei qual seria o resultado, mas o jogo seria outro de certeza. Tenho que o dizer, é o que sinto. Há uma equipa que faz 23 faltas, tem 5 ou 6 amarelos, alguns até por discussão. Nós temos seis faltas, um vermelho e dois amarelos. A sensação que tenho é que se começa a perder a alegria e a paixão pelo futebol. Há muita coisa negativa. A começar pelo que não fizemos e devíamos ter feito. Mas depois tem sido uma constante, sempre que nos queremos aproximar da frente... Vi uma equipa a perder no dérbi e nós podíamos aproximar do segundo lugar. Mas desta forma está muito difícil. Mas vão ter de levar connosco até ao final, a lutar como podemos lutar. Dentro destas ausências, que parece que vai ser usual nós termos. Há coragem para expulsar o Pepe, há coragem e provavelmente foi bem expulso. Não há coragem para expulsar um jogador do Benfica, o Di María ou para expulsar o Hjulmand. Para uns há coragem, para outros não há. É isto o futebol português."