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Privado de Otávio e Evanilson, Sérgio Conceição viu-se obrigado a mexer no onze base, com as entradas de Fábio Cardoso e Namaso, além de Jorge Sánchez que ocupou a lateral direita, habitualmente de João Mário. Por seu lado, Álvaro Pacheco voltou a dar a titularidade a Bruno Varela entre os postes, Manu e Afonso Freitas na defesa e Kaio César estreou-se como titular na frente.
Uma no cravo, outra na ferradura
O encontro começou com pedidos de grande penalidade de Galeno em duelo com Manu e Jorge Fernandes, num início algo conturbado para o avançado brasileiro. Isto porque, aos 12 minutos, desviou para a própria baliza um livre lateral levantado por Tomás Handel, sem hipóteses de defesa para o companheiro Diogo Costa.
Os dragões partiram de imediato na procura do empate, avançando linhas e aumentando a pressão, mas não houve grandes sobressaltos para a turma de Guimarães. Em vez disso, foram os conquistadores a dilatar a vantagem, aproveitando uma recuperação alta e um buraco na defesa portista: Tiago Silva, com um passe de régua e esquadro, lançou a desmarcação de Jota Silva, que aguentou a carga de Pepe e colocou a bola por entre as pernas de Diogo Costa.
Ameaça de Conceição com efeito imediato
O guardião portista foi decisivo ao evitar o terceiro golo dos alvinegros com uma defesa de grande nível a remate de Kaio César, que tinha furado na área e deixado Wendell para trás. Sérgio Conceição ameaçou mexer em três peças mesmo em cima do intervalo, soando os alarmes dentro das quatro linhas e com efeito imediato.
Numa bela jogada desenhada por Pepê, Namaso deu um toque subtil para a corrida desenfreada de Galeno para a área que, com um remate cruzado, desviou de Bruno Varela e relançou o encontro. O mote para a reviravolta estava dado, mas seria preciso muito mais de uma equipa que dependeu demasiado da irreverência de Francisco Conceição para dar a volta a um Vitória SC sólido na retaguarda.
Mangas curtas e um par de óculos
A segunda parte começou com Zé Pedro no lugar de Fábio Cardoso, enquanto Afonso Freitas e Tomás Handel deram lugar a Tomás Ribeiro e Ricardo Mangas que, no entanto, não aguentou 10 minutos em campo e foi substituído por lesão. Nos dragões, Francisco Conceição desperdiçou uma boa oportunidade para o empate, enquanto as muitas paragens e substituições impediram o jogo de entrar num ritmo interessante.
O dínamo da reação continuava a ser Francisco Conceição que trocou as voltas a Bruno Gaspar, na direita, e cruzou para um remate de Ivan Jaime defendido por Bruno Varela. Na sequência, Pepe viu o cartão vermelho direto por protestos - com o árbitro a fazer o gesto de óculos - e o Dragão entrou em ebulição quando, pouco depois, Fábio Veríssimo perdoou o segundo amarelo a João Mendes.
Nos últimos minutos, Namaso ficou perto de punir o excesso de confiança de Bruno Varela, intercetando o passe na pequena área perto da baliza, enquanto na outra área Nanu tentou surpreender Diogo Costa com um remate do meio-campo que ficou nas malhas superiores da baliza.
Houve muito coração e pouca cabeça por parte dos dragões, enquanto o Vitória SC manteve-se muito confortável no seu reduto e segurou três pontos importantes que permitem olhar além do quarto lugar e sonhar com o pódio.
Homem do jogo Flashscore: Jota Silva (Vitória SC).