Vindo de uma série de cinco jogos sem vencer, o Casa Pia procurava aqui apresentar uma candidatura tardia aos lugares europeus caso conseguisse regressar aos triunfos. Em relação à derrota com o Desportivo de Chaves (1-0), Vasco Fernandes e Rafael Martins regressaram ao onze de Filipe Martins.
Por outro lado, o Portimonense sofreu uma derrota pesada em Braga (4-1) depois de duas vitórias seguidas. O jovem defesa Alemão, de 20 ano, foi chamado ao eixo da defesa e Rui Gomes também foi novidade.
Começaram melhor os algarvios, com Wellinton Jr. a escapar à defesa numa bola parada e com um remate apertado deixou o primeiro aviso. O encontro acalmou, mas os ânimos estavam quentes no banco de suplentes e deram origem à expulsão de um elemento de cada equipa. As equipas atacavam à sua imagem: o Portimonense mais paciente, a chegar com mais controlo à frente e os gansos exploravam as transições.
Os lances de perigo regressaram só depois da meia hora, o Casa Pia começou a crescer na partida, apesar de não acertar na baliza. O pequeno Yuki Soma ficou perto de inaugurar o marcador com um cabeceamento em balão que saiu ao lado da baliza de Nakamura depois de um cruzamento longo de Leonardo Lelo. A melhor oportunidade pertenceu mesmo aos homens da casa (emprestada) e acabou por ser um dos falhanços da época.
Aos 42 minutos, Saviour Godwin teve o espaço que tanto gosta sobre o flanco esquerdo, fugiu até à linha de fundo e disparou um cruzamento rasteiro para a pequena área que saiu ligeiramente para trás e Rafael Martins em esforço conseguiu, a um metro da linha de golo, acertar na trave. A esta hora ainda deve estar a estremecer... a trave e o avançado.
A atitude mudou no regresso dos balneários e voltou a ser o mesmo algarvio a provocar o primeiro calafrio. Wellinton Jr. teve espaço à entrada da área para armar um remate rasteiro e colocado, travado com dificuldade por Ricardo Batista. A equipa de Paulo Sérgio começava a chegar com mais facilidade à área adversária e, pouco depois, foi Moufi a ficar perto do golo num remate cruzado.
Mas os gansos são uma equipa matreira, os recém-promovidos jogam com uma experiência de quem dá aulas no principal escalão português, mérito óbvio de Filipe Martins. A equipa não pensa duas vezes quando vê uma nesga para atacar a baliza adversário e foi assim que chegou ao golo inaugural, num lance que começa com uma recuperação de bola junto à bandeirola de canto no meio campo defensivo.
Leonardo Lelo teve espaço para galgar uns metros depois da linha do meio campo, viu a superioridade numérica a surgiu do outro flanco, lançou Lucas Soares que, já dentro de área, fletiu para o meio e de pé esquerdo lançou uma bomba que Nakamura ainda voou para tentar travar, mas não tinha qualquer hipótese porque a bola levava fogo e encaixou no ângulo superior.
No entanto, a turma de Paulo Sérgio não sabe baixar os braços e o técnico foi ao banco buscar reforços à procura do empate. Bryan Rochez ainda não tinha marcado desde que trocou a Madeira (Nacional) pelo Algarve e o Estádio Nacional é sempre o palco indicado para momentos únicos.
No penúltimo dos seis minutos de compensação, Rochez recebeu de um lançamento lateral, deu para Filipe Relvas e correu para a área, Ricardo Batista hesitou na saída do cruzamento, Ricardo Matos cabeceou à trave e a bola foi parar à cabeça do avançado hondurenho que só teve de encostar.
Homem do jogo Flashscore: Leonardo Lelo (Casa Pia).