Estrelinha da subida: Estrela da Amadora vence Marítimo nos penáltis e regressa à Liga

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Estrelinha da subida: Estrela da Amadora vence Marítimo nos penáltis e regressa à Liga

A festa dos jogadores do Estrela da Amadora
A festa dos jogadores do Estrela da AmadoraLUSA
O Estrela da Amadora está de regresso ao principal escalão do futebol português, onde tinha estado pela última vez em 2008/2009. Percorreu o caminho das trevas, tendo sido extinto, refundado e, este domingo, renascido com uma decisão que foi até às grandes penalidades com o Marítimo. Depois da vitória (2-1) em casa, derrota (1-2) no Funchal e tudo decidido na lotaria. Houve... Estrelinha para, 14 anos depois, o Estrela da Amadora voltar a ser de primeira.

Recorde as incidências da partida

Notas finais dos jogadores
Notas finais dos jogadoresFlashscore

Caldeirão em efervescência, 9.338 espectadores, a maioria a puxar pelo Marítimo, que na primeira mão, na Reboleira, havia perdido por 1-2.

Sérgio Vieira, treinador do Estrela da Amadora, apostou precisamente no mesmo onze da primeira mão, enquanto José Gomes mudou apenas uma peça, lançando Val Soares no lugar de João Afonso.

O Estrela da Amadora entrou no Caldeirão como havia entrado no Estádio José Gomes, a pressionar alto, mesmo em vantagem no play-off. Foi, porém, o Marítimo a primeira equipa a criar perigo, aos 12 minutos, com André Vidigal a cruzar para Félix Correia atirar por cima.

O Marítimo foi a primeira a criar perigo e foi, também, a primeira a marcar: aos 18 minutos, após passe de Geny Catamo, uma autêntica bomba de Xadas, à entrada da área, a provocar a primeira explosão no Caldeirão. 1-0 para os insulares, eliminatória empatada.

Aos 25 minutos novamente o Marítimo, com André Vidigal a falhar o desvio na pequena área, após cruzmento, antes do Estrela da Amadora responder... com golo.

Minuto 26 e, na sequência de um pontapé de canto, Régis N'do cabeceou ao ferro, a defesa do Marítimo não conseguiu sacudir o perigo e Miguel Lopes, também com remate forte, fez o 1-1.

Ao 39 minutos seria novamente Régis N'do a criar perigo, trabalhando bem sobre Zainadine e rematando para excelente defesa de Marcelo Carné. Na sequência desse lance, em contra-ataque, Félix Correia lançou André Vidigal que, ao segundo poste, marcou: a bandeirola do auxiliar foi levantada, o Caldeirão festejou na mesma mas o VAR confirmaria, ao árbitro João Pinheiro, a indicação do seu fiscal.

Ainda antes do intervalo, André Vidigal, primeiro, e Val Soares, depois, testaram a pontaria, dando o mote para a segunda parte do Marítimo, sempre empurrado pelos seus adeptos, num ambiente... de primeira.

O (rei)início prometeu

Para a segunda parte José Gomes lançou Renê Santos para o lugar do lesionado Zainadine, o Marítimo entrou por cima e, depois de duas tentativas, esteve pertíssimo do golo aos 55 minutos, com Val Soares a lançar Geny Catamo e o extremo, emprestado pelo Sporting, a receber de peito e a rematar, de trivela, ao poste da baliza do Estrela da Amadora.

Era, então, altura para o jogo começar a ser jogado, também, pelos bancos de suplentes. Mexeu primeiro José Gomes, com Riascos e Cláudio Winck, nos lugares de Geny Catamo e Val Soares, aos 59 minutos, antes de Sérgio Vieira responder, com Kikas e Aloísio por N'do e Guzmán.

O Estrela fazia marcha-atrás, defendendo a cinco, o Marítimo alargava o leque e, sobretudo, refrescava o ataque, em busca do golo que empatasse novamente a eliminatória.

Estrela da Amadora lutou com tudo nos Barreiros
Estrela da Amadora lutou com tudo nos BarreirosLiga Portugal

Riascos durou 17 minutos

Aos 72 minutos, mais uma alteração na formação da Reboleira, com Hevertton no lugar de Ronald. Aos 76' foi José Gomes a mexer, mas por obrigação, com Riascos, que tinha entrado aos 59 minutos, a sair lesionado, para a entrada de Edgar Costa, que desde logo passou a envergar a braçadeira de capitão.

Também com queixas, Miguel Lopes saiu aos 78 minutos, além de Ronaldo Tavares, com Sérgio Vieira a apostar em Almeida e João Silva.

Ocasiões de golo, essas, é que nem vê-las, e o ritmo a baixar drasticamente com as sucessivas substituições.

Aos 84 minutos José Gomes esgotaria, também, as alterações, arriscando com Ramírez no lugar de Paulinho, juntando-se a André Vidigal na frente de ataque.

Aos 87 minutos um desentendimento entre os dois treinadores, troca azeda de palavras e João Pinheiro a expulsar Sérgio Vieira, técnico do Estrela da Amadora, que teve de ser agarrado e encaminhado para o túnel por outros elementos da equipa técnica.

Estávamos na reta final da partida, os nervos estavam à flor da pele e Ramírez, aos 89 minutos, esteve pertíssimo do 2-1 para o Marítimo, com um cabeceamento, a cruzamento de Edgar Costa, para bela intervenção de Bruno Brígido. Voltava a haver perigo em cima dos 90', acordava de novo o Caldeirão.

Um herói venezuelano

João Pinheiro concedeu nove minutos de compensação, o público acreditava e Ramírez, que já tinha estado perto de festejar, arriscou mesmo um lugar na história do Marítimo: 90+6 minutos, Cláudio Winck a ganhar a linha de fundo e a cruzar, com conta, peso e medida para Ramírez, de cabeça, fazer o 2-1. 

Explosão de alegria no Caldeirão, Ramírez a ver o amarelo por ter tirado a camisola e Tiago Lenho, diretor do Marítimo, que já tinha estado envolvido na troca de palavras com Sérgio Vieira, a seguir o mesmo caminho em direção ao túnel, expulso por excessos evitáveis.

Tempo a mais, pernas a menos

Ainda havia pernas, portanto, para mais meia hora de futebol. Xadas deu o mote, com remate por cima dos 92 minutos, repetindo a dose aos 101, com um tiro que sofreu desvio e acabou nas mãos de Bruno Brígido.

Aos 103 minutos, o mesmo filme, protagonizado por Ramírez, mas desta feita com um vilão, do ponto de vista dos madeirenses: cruzamento de Edgar Costa, cabeceamento do avançado venezuelano e enorme defesa de Bruno Brígido, a manter o Estrela da Amadora vivo na eliminatória e no sonho de voltar à Liga.

A finalizar a primeira parte do prolongamento, o Estrela da Amadora a criar calafrios através de um pontapé de canto, com a bola a sobrar para o segundo poste onde Aloísio, por duas vezes, tentou o remate, sempre travado pela defesa insular.

Na segunda parte do prolongamento foi o Estrela da Amadora a primeira equipa a criar perigo, com um livre de Vitó e Mansur, com espaço para marcar, a cabecear por cima da baliza insular.

Respondeu o Marítimo, aos 111 minutos, com Félix Correia a servir Vítor Costa e o lateral, da esquerda, a rematar rasteiro e à malha lateral da baliza do Estrela.

Castigo máximo, adeus insular

Após 120 minutos de futebol e emoções fortes, um último respirar fundo no Caldeirão. Tudo se decidiu mesmo nas grandes penalidades.

Cláudio Winck abriu as hostilidades, marcando para o Marítimo, antes de Jean Filipe fazer o 1-1 para o Estrela. No segundo pontapé, Diogo Mendes rematou muito por cima, falhando para os insulares. Mansur, do lado da equipa amadorense, não perdoou e colocou o Estrela em vantagem. André Vidigal fez o 2-2 e ficou no relvado, com cãibras.

Passo seguinte, o de Aloísio, que falhou para o Estrela, atirando à barra da baliza. Tudo igual, novamente, na lotaria. Era chamado Ramírez, autor do segundo golo do Marítimo e, da marca dos 11 metros, o venezuelano também falhou, permitindo a defesa de Bruno Brígido. Seguiu-se Vitó, que não perdoou, deixando novamente o Estrela na frente da decisão. Avançava Félix Correia para... falhar, atirando por cima, e antecipar a festa do Estrela da Amadora no Caldeirão.

O Estrela da Amadora está de regresso à Liga, de onde se tinha despedido em 2008/2009, e o principal escalão do futebol português, em 2023/2024, não terá qualquer representação insular, algo que não acontecia desde 1984/1985.

Estatística final da partida
Estatística final da partidaFlashscore

Homem do jogo Flashscore: Bruno Brígido (Estrela da Amadora)