Exclusivo Flashscore: "Luís Freire no final da época vai dar um passo em frente"

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Exclusivo Flashscore: "Luís Freire no final da época vai dar um passo em frente"
Luís Freire, de 37 anos, pode deixar o Rio Ave ao cabo de três épocas de projeto
Luís Freire, de 37 anos, pode deixar o Rio Ave ao cabo de três épocas de projetoLUSA
Nuno de Almeida, diretor desportivo do Rio Ave, confirmou, na entrevista conceda ao Tribal Football, no âmbito de uma possível parceria dos vila-condenses com a app de scouting Nordensa, que o ciclo de Luís Freire, jovem treinador de 37 anos, pode mesmo terminar ao cabo de três épocas em Vila do Conde.

"Uma coisa que o António Silva Campos, o antigo presidente do Rio Ave, tinha, era a sua inteligência. Sempre lhe disse que devia estar sempre ao lado dele quando ele escolhesse treinadores, porque ele nunca falha", afirmou Nuno de Almeida, exemplificando com os casos mais recentes.

Os últimos jogos do Rio Ave
Os últimos jogos do Rio AveFlashscore

"Contratou Nuno Espírito Santo, que está agora no Nottingham Forest, o Pedro Martins, que passou pelo Olympiacos, o Luís Castro, agora no Al Nassr, o Carlos Carvalhal, cujo currículo fala por si...", lembrou o diretor desportivo do Rio Ave, antes de falar no atual técnico, que chegou em 2021/2022, oriundo do Nacional da Madeira.

"O Luís (Freire) chegou das divisões inferiores, é muito jovem, tem a mesma idade que eu, 37 anos. É alguém muito resiliente, chegou do nada e ninguém acreditava nele no início da carreira. Tem uma belíssima técnica, são todos amigos, todos da mesma cidade. Isso não é habitual no futebol, eles têm uma grande conexão, são uma família. O Luís é da nova geração de treinadores", explicou Nuno de Almeida, antes de confirmar, pela primeira vez, que o futuro do técnico pode não passar por Vila do Conde a partir de junho de 2024.

"A minha questão não é onde é que ele vai chegar, porque sei que ele no final desta época vai dar um passo em frente, de certeza. É claro para mim. Porque depois de três épocas com tantas dificuldades, onde ele lidou com tudo isto com paixão e enorme qualidade. Ele merece dar esse passo em frente. O que tenho em mente é quem será o próximo Luís Freire. Estes são os meus pensamentos e preocupações", assumiu o diretor desportivo dos vila-condenses.

A classificação do Rio Ave
A classificação do Rio AveFlashscore

"Não é fácil ter alguém que consegue ter esta metodologia, lidar com os jogadores, com o grupo, como ele faz. No nosso trabalho temos uma linha bem definida sobre o lado mental dos jogadores. Temos de saber muito sobre cada atleta. O lado técnico e tático, isso podemos ver e avaliar. Mas o lado mental, é isso que temos de perceber: como lida com a pressão, com o facto de não jogar, isso é muito importante quando se contrata", explica Nuno de Almeida, antes de falar de um dos segredos para o sucesso do Rio Ave.

"Não temos um único problema no plantel nem nunca tivemos nos últimos anos. O balneário é incrível e o antigo presidente tinha essa obrigatoridade, sempre nos disse que era preciso um capitão com mística, que fosse da cidade, que tivesse essa ligação. São eles, os capitães, que suportam este balneário e antecipam problemas para nós. Não permitem sequer que o problema chegue à direção, resolvem logo o problema lá dentro, entre eles. Esses jogadores dão o suporte aos jovens que estão agora a afirmar-se. São jogadores mas são também uma espécie de treinadores. São num momento em que sabem tudo sobre o jogo, entendem as exigências e dão esse suporte aos mais jovens. Quando se constrói um plantel, temos sempre de ter isso em mente", assume o diretor desportivo, antes de falar dos atuais capitães e, sobretudo, do exemplo dado por Samaris, que passou pelo Rio Ave este ano, antes de rumar ao Coritiba, do Brasil.

Os próximos jogos do Rio Ave
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"Temos como capitães o Vítor Gomes, o Ukra e o Aderllan. E tivemos um jogador que mudou muito a visão que tínhamos do futebol. O Samaris chegou de uma equipa de topo e tinha uma capacidade para, dentro do jogo, virar-se para um jogador da formação e dizer: 'Quando estiveres em dificuldades, olha para mim e passa a bola'. Eu perguntei-lhe o porquê dessa decisão. 'Se o jovem errar, é criticado por todos. Se eu falhar, consigo lidar bem com isso', disse ele. Este tipo de jogadores é difícil de encontrar. Sempre que consigo avalio essas capacidades, juntamente com um psicólogo desportivo que trabalha comigo. São informações que, em maus momentos, fazema diferença no futebol. É por isso que José Mourinho disse que é tão difícil trabalhar com esta nova geração, não têm o mesmo comprometimento, a capacidade de sofrer, de aguentar os impactos", explica Nuno de Almeida.