Apontando que "acima de tudo, foi o golo" que definiu as diferenças no encontro, Filipe Martins mostrou-se ciente de que teria sido "importante sair na frente neste jogo".
"Se o SC Braga marcasse primeiro tínhamos de nos estender mais no campo e com a valia técnica que a equipa tem ficaríamos mais expostos, que foi o que veio a acontecer. Na primeira parte, estivemos muito bem estratégica e taticamente. Conseguimos ter bola, saímos em transição a causar perigo e tivemos situações de bola parada. O jogo estava equilibrado. Na segunda parte, ao não cortarmos a bola para onde devíamos, permitimos uma segunda bola ao SC Braga à entrada do último terço e depois há uma grande receção do Abel Ruíz que bate a nossa linha defensiva, o que tornou a situação difícil de controlar", explicou o treinador do Casa Pia.
Para Filipe Martins, "há mérito do SC Braga por marcar esse golo que desbloqueou um pouco o jogo", sendo que, a partir desse momento, a sua equipa tentou "ir atrás, correndo o risco de nos expormos dessa maneira".
"Os nossos jogadores tentaram de tudo para reagir, mas infelizmente não o conseguimos", sublinhou, confiante de que o emblema casapiano dispôs de "oportunidades suficientes para fazer golos".
Recorde aqui as incidências do jogo.
"Não fomos eficazes, o SC Braga foi mais eficaz que nós. No cômputo geral, o SC Braga é um justo vencedor, mas acho que tivemos oportunidades enquanto o jogo esteve 0-0 e mesmo agora no final. Se tivéssemos marcado, o jogo podia mudar animicamente. Não fomos eficazes, o SC Braga foi muito eficaz e pragmático naquilo que fez, especialmente quando se encontrou em vantagem. Há que lhes dar os parabéns, fizeram o trabalho deles e nós temos de continuar a fazer o nosso até final", esclareceu.
Em posição tranquila na Liga portuguesa, o Casa Pia vai abordar o que resta da prova "da mesma forma que vimos desde a primeira jornada, a disputar jogo a jogo".
"As expectativas fomos nós que as criámos e ainda bem que o fizemos, porque significa que construímos uma coisa que no início da época ninguém pensava, que era chegarmos ao início do mês de março “de cadeira” a ver o que se passa no campeonato. Não temos obrigação nenhuma de fazer algo mais, mas temos a ambição de lutar pelos três pontos até final do campeonato. Isso é seguro, contra qualquer adversário", assegurou o treinador.
"Numas vezes vamos ganhar, noutras vamos perder, mas isso tem a ver com as expectativas que criámos. Estamos a fazer um campeonato dentro do que seria expectável, mas a nossa filosofia não vai mudar. No próximo jogo, contra o Chaves, vamos lutar pelos três pontos como até agora. Hoje defrontámos uma equipa com um plantel muito bem apetrechado, que tem muitas soluções e que hoje teve o mérito de poder refrescar o jogo e meter-nos em sentido. Mas volto a dizer que não podemos apontar nada aos jogadores, que estiveram muito bem estrategicamente até ao golo. A partir daí tivemos de nos expor, alterando o sistema e tentando voltar ao jogo. Mas mérito também do SC Braga pela forma como defendeu", rematou.