Líder da APAF não abdica da “independência da arbitragem”

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Líder da APAF não abdica da “independência da arbitragem”
Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol
Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol
FPF
O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), reagiu esta terça-feira com prudência à proposta da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em criar de uma entidade externa que possa gerir a arbitragem nas competições profissionais.

Tudo o que seja para defender os árbitros e para que possamos ter independência na arbitragem estaremos de acordo. Mas é importante perceber em que moldes é que funcionará essa alteração e o que está pensado”, disse Luciano Gonçalves, à margem da tomada de posse de Pedro Proença, para mais um mandato da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

O líder da associação de árbitros de futebol considerou positivo que a FPF “tenha dado o mote para lançar a discussão”, mas lembrou que é um tema que necessita de uma análise prolongada.

É impensável estar a lançar um projeto a curto prazo, pois, como tudo na vida, quando as coisas são feitas à pressa, os resultados podem não ser os melhores. Iremos sempre defender a independência da arbitragem", reforçou.

Luciano Gonçalves mostrou-se satisfeito por ser o Conselho de Arbitragem da FPF a liderar o grupo de trabalho que vai elaborar a proposta, confirmando que a APAF também foi chamada a envolver-se no debate.

Entendo como uma valorização do trabalho do Conselho de Arbitragem, e também me deixa satisfeito estarmos envolvidos no processo. Mas é, ainda, tudo muito embrionário. Temos de ver se pode ser igual ao modelo inglês ou alemão e perceber qual a moldura legislativa que o permita”, acrescentou.

Também José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) comentou o assunto, à margem da tomada de posse de Pedro Proença, embora revelando algum desagrado por ainda não ter sido ouvido pela FPF sobre o tema.

Ainda não analisei a proposta com a profundidade que merece, mas, neste momento, acho estranho que a FPF tenha tomado esta iniciativa sem consultar os seus sócios. Ainda não fomos ouvidos sobre isto”, confessou o dirigente.

José Pereira considerou que “a arbitragem é sempre um tema polémico” e mostrou algumas dúvidas sobre esta proposta da FPF para o setor.

Acho que não será por este caminho que resolveremos os nossos problemas. Resolver-se-á com muita competência dos seus profissionais e uma grande orientação por parte de quem os lidera”, completou o líder a ANTF.

A Federação Portuguesa de Futebol propôs hoje a criação de uma entidade externa que possa gerir a arbitragem nas competições desportivas profissionais, que obrigará a alterações nas normas que regulam a gestão da função de arbitragem em vigor.

O objetivo da proposta, pode ler-se em comunicado daquela entidade sediada em Oeiras, distrito de Lisboa, é criar “uma nova resposta” para esta tarefa, e aproximar esta entidade externa do modelo “que já sucede em outros países”.

Na opinião da FPF, isto permitirá “utilizar ferramentas e mecanismos legais que garantam a constituição e desenvolvimento do quadro de árbitros mais adequado”.

Para elaborar a proposta foi criado grupo de trabalho liderado pelo presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, fazendo ainda parte a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, que serão “convidados de imediato”, tendo a FPF informado a secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e os sócios federativos.