Depois da atribulada receção ao Estoril, marcada por confrontos entre adeptos transmontanos e jogadores da equipa estorilista, o Chaves defronta o Casa Pia, no sábado, num duelo “muito importante” para as contas da permanência no principal escalão do futebol português.
“É, realmente, um jogo muito importante. Sinto que a equipa tem feito resultados interessantes fora de casa, temos sido mais estáveis. O nosso problema está bem identificado, os jogos em que falhámos, em casa, contra adversários diretos, e este jogo é, novamente, contra um adversário que está melhor do que nós, mas também não está confortável”, vincou Moreno, na conferência de antevisão à partida.
O técnico garantiu que o emblema flaviense não pode “fugir” da responsabilidade e da pressão impostas pelo campeonato, mas antes “competir e perceber os detalhes” que lhe têm “tirado pontos” para conseguir vencer na visita a Rio Maior.
“Vamos com a responsabilidade que nos trouxe sempre até aqui e a querer ganhar o jogo. Que, amanhã (sábado), esses detalhes possam estar do nosso lado e que aos 23 pontos que já temos, possamos somar mais três para fazermos 26”, reiterou.
Moreno referia-se ao facto de a equipa não ter conseguido segurar a vantagem no marcador nos últimos jogos disputados no municipal de Chaves, como foram exemplo as receções ao Portimonense e ao Estoril, assegurando que a semana de trabalho passou por “fazer perceber” aos jogadores o porquê do desfecho dessas partidas.
“Aconteceu em muitos jogos sofrermos golos de bola parada (quando a equipa estava em vantagem) e aí a equipa fica, claramente, muito intranquila. São os tais detalhes que nos têm tirado muito do jogo e têm-nos tirado pontos. Além do trabalho de campo, também temos analisado vídeo, temos feito isso tudo, conversar, não desconfiar dos atletas para o jogo, mas fazê-los perceber que isto faz a diferença na conquista de três pontos, de um ponto ou na derrota, que é o que tem acontecido”, reiterou.
Para a visita ao Casa Pia, Moreno não poderá contar com os lesionados Júnior Pius, Guima e Cafú Phete.
Questionado sobre o impacto que os confrontos ocorridos na receção ao Estoril Praia tiveram no grupo de trabalho, o técnico não se alongou em comentários, afirmando, porém, que o plantel se manteve “equilibrado” ao longo da última semana.
“Senti a equipa muito equilibrada e repito aquilo que disse no final do jogo: não é bom para o Chaves, não é bom para o Estoril, não é bom para o futebol português, mas não vou ser eu a estar aqui a apontar dedos a dizer que este ou aquele é o responsável. Somos todos responsáveis por aquilo ter acontecido, mas quanto ao que eu consigo controlar, que é o grupo de trabalho, senti-os muito equilibrados”, comentou.
O Chaves, 17.º e penúltimo classificado, com 23 pontos, visita o Casa Pia, em nono, com 32, no sábado, às 15:30, no Estádio Municipal de Rio Maior, em jogo arbitrado por João Gonçalves, da Associação de Futebol do Porto.