Semáforo da Liga: Equilíbrio na frente, Ivan o decisivo e os (muitos) minutos de descontos

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Semáforo da Liga: Equilíbrio na frente, Ivan o decisivo e os (muitos) minutos de descontos

Marcano esteve em destaque nesta jornada
Marcano esteve em destaque nesta jornadaAFP/Flashscore
No final de cada jornada da Liga Portugal, o Flashscore apresenta-lhe um balanço do que mais de relevante aconteceu nos nove jogos do principal escalão do futebol português, catalogado através das três cores do semáforo. O verde para destacar um momento positivo, o amarelo para assinalar algo impactante/relevante e o vermelho para um ponto menos positivo de cada ronda. Vamos aos três momentos da 3.ª jornada.

VERDE: Partidas equilibradas... até quando?

Uma tendência que se tem verificado nas primeiras jornada da Liga Portugal 2023/24, e que se voltou a repetir desta terceira ronda, são as dificuldades sentidas pelos três grandes - quatro se incluirmos o SC Braga, que não entrou em ação no fim de semana - frente a adversário teoricamente mais acessível.

Começando pelo campeão Benfica, as águias até estiveram bem durante grande parte da partida frente ao Gil Vicente, mas voltaram a sentir muitas dificuldades para controlar a partida e, não fosse o segundo golo dos gilistas ter aparecido numa fase tardia do encontro, a equipa de Roger Schmidt iria terminar a partida debaixo de fogo... mais uma vez.

Este sinal já se tinha verificado na primeira jornada, na altura frente ao Boavista, e numa partida disputada precisamente fora de casa, à semelhança do que se sucedeu nesta jornada. Na receção ao Estrela da Amadora, o encontro foi ainda mais difícil, dado que os encarnados demoraram a chegar ao primeiro golo e só o conseguiram depois de Roger Schmidt ter recorrido ao banco de suplentes.

O Benfica teve dificuldades em Barcelos
O Benfica teve dificuldades em BarcelosOpta by Stats Perform

Em igualdade de circustâncias está o FC Porto, embora tenha vencido nas três jornadas e esteja, por esta altura, com mais três pontos que o rival. Pela segunda ronda consecutiva, os dragões só conseguiram chegar à vitória no tempo de compensação e por intermédio de Iván Marcano.

É certo que a equipa de Sérgio Conceição foi, de certa forma, superior aos adversários que encontrou nestas três jornadas, mas a falta de estabilidade na equipa, provocada por saídas importantes, e a menor eficácia na finalização explicam as dificuldades sentidas pelos azuis e brancos e o facto de terem vencido sempre pela margem mínima.

O mesmo verificou-se nas três partidas realizadas pelo Sporting, embora os leões estejam, por esta altura, aparentemente melhores e mais bem preparados que os rivais. A equipa de Rúben Amorim reforçou-se bem neste defeso, reforçou um dos setores mais necessitados do plantel, o ataque, e está a colher os frutos. Em sentido inverso, o setor defensivo tem registado alguns erros clamorosos e ainda não está em ponto rebuçado, como o seu treinador gostaria, mas as vitórias e os golos do renovado Paulinho têm servido para atenuar essa nuance.

Em suma, um dos sinais francamente positivos que estas três jornadas nos mostraram é que a diferença entre as equipas que lutam pelo título e as restantes diminuiu consideravelmente. Obviamente há vários fatores que explicam isto, como a postura defensiva adotada por aqueles que defrontam os grandes e, principalmente, o facto de ainda estarmos em início de temporada e, ao que tudo indica, longe do pico de forma das equipas.

Se há coisa que a história nos diz e, essencialmente as últimas edições da Liga Portugal, é que as equipas que lutam pelo título perdem poucos pontos ao longo das 34 jornadas. O que se tem verificado. Sem querer contrariar o principal destaque desta semana, se tivermos em conta apenas o resultado das partidas - no fundo, o que verdadeiramente interessa -, perderam-se apenas três pontos em nove partidas (derrota do Benfica no Bessa). A tendência deverá manter-se, mas todos esperamos que, em geral, o nível do campeonato aumente.

AMARELO: Quem não tem goleador, caça com Marcano

Iván Marcano é, incontornavelmente, um dos maiores destaques do campeonato até ao momento. Totalista nas três partidas do FC Porto, o defesa-central espanhol tem-se evidenciado na defesa portista... e no ataque, já que foi decisivo e deu a vitória à sua equipa nos jogos contra o Farense e, mais recentemente, contra o Rio Ave.

Todos sabemos a importância que o espanhol tem no balneário da equipa de Conceição, mas numa altura em que Pepe já está numa idade avançada e tem de ser gerido com pinças, a importância de Marcano torna-se ainda mais evidente. E o jogador tem correspondido.

Toques na bola de Iván Marcano frente ao Rio Ave
Toques na bola de Iván Marcano frente ao Rio AveOpta by Stats Perform

Imperial na fase de construção da sua equipa e não menos importante na estabilidade defensiva dos dragões, Marcano desenvolveu uma veia goleadora nas últimas partidas e vestiu o papel de principal jogador do FC Porto, que ficou órfão de referências individuais, como Otávio e Uribe, e tem - por enquanto - Taremi em baixo de forma. As notas Flashscore ajudam a explicar a importância de Marcano que, ao cabo de três jornada, tem uma média de 7,9.

VERMELHO: Muito minutos de compensação

É sabido que o futebol português não prima pelo tempo útil de jogo, que é, em parte, provocado pela postura anti-jogo das equipas e pelo excesso de faltas assinaladas pelos árbitros. É também sabido que as novas leis que chegam da FIFA e daqueles que regem o futebol mundial exigem que se compense todas as interrupções registas nas partidas.

Os árbitros têm dado muitos minutos de compensação
Os árbitros têm dado muitos minutos de compensaçãoLUSA

Posto isto, está, em parte, explicado o elevado número de tempo de compensação que temos verificado nas partidas da Liga Portugal e que, nesta terceira jornada, chegou aos 103 minutos nas oito partidas realizadas, o que perfaz a média de praticamente 13 minutos de tempo de compensação por encontro.

Os números dão que pensar e, numa fase em que a maioria das partidas ultrapassa as duas horas - o que é absurdo para quem se desloca aos estádios -, os festejos dos golos são cronometrados e o futebol não tem cativado as novas gerações, o futuro deverá passar pelo tempo cronometrado. Enquanto isso não acontece, começar (e recomeçar) as partidas a horas, impondo o rigor que se vê nas provas da UEFA, é uma mais-valia.

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