Recorde aqui as incidências do encontro
Privado do patrão da defesa devido a castigo, Pedrão, Paulo Sérgio reforçou o flanco esquerdo da defesa com Gonçalo Costa e Seck. Por outro lado, com um olho no topo da tabela e o outro na viagem a Londres para defrontar o Arsenal, Sérgio Conceição repetiu o onze habitual com destaque para a presença de Wendell, recuperado dos problemas físicos.
Enfrentar a história
Pressionados pela distância da zona de despromoção (a um ponto do lugar de play-off), os algarvios tinham também contra si a força da história no confronto direto com os dragões, que não venciam há 37 anos. Hélio Varela podia ter dado uma sapatada na probabilidade, mas, isolado por um excelente passe de Seck, falhou completamente o remate na cara de Diogo Costa.
Não marcou o Portimonense... marcou o FC Porto e logo com uma estreia. Dois erros consecutivos de Seck e Gonçalo Costa deixaram a bola na grande área, Evanilson insistiu, Galeno deixou correr para Nico, que rematou para o lado vazio da baliza. Foi o primeiro golo do espanhol com a camisola azul e branca.
Depois de sofrer o 50.º golo no campeonato, o Portimonense continuou a arriscar muito a sair a jogar e voltou a errar, desta feita pelo lado direito, mas acabou por suspirar de alívio quando o bom passe de Galeno e bom trabalho de Pepê acabou por beijar a trave.
Dener ainda tentou animar a equipa com um pontapé acrobático que saiu muito por cima, mas o perigo rondava mais a baliza de Nakamura, que brilhou com uma grande defesa para evitar o bis de Nico na sequência de um livre estudado.
O ritmo baixou consideravelmente até ao intervalo tendo em conta a inoperância e inexistência do Portimonense no último terço. Numa rara saída perigosa em contra-ataque, em três para três, Sylvester Jasper atrapalhou-se e perdeu a bola.
Arco, laço e aviso a Londres
No regresso dos balneários, a chuva continuava a não dar tréguas ao relvado, com o FC Porto a manter o pé no acelerador para resolver o mais rápido possível, valendo Filipe Relvas a evitar o remate de Evanilson na hora H. O que também não ajudava era o facto dos anfitriões aguentarem muito pouco tempo com a posse de bola.
Quando pairava a ameaça do ritmo monótono dos últimos minutos da primeira parte, eis que surgiu a confirmação do bom momento de forma de Galeno. Depois de um golo magistral contra o Arsenal e uma exibição divinal diante do Benfica, o extremo voltou a piscar o olho a Roberto Martínez com mais um grande remate de fora da área, com muito efeito e sem hipóteses para Nakamura.
Foram precisos esperar 63 minutos para ver a primeira defesa de Diogo Costa, no primeiro lance de perigo do Portimonense, numa combinação sobre a direita. No entanto, Jasper não teve muito ângulo e o internacional português também não teve grandes dificuldades.
Capaz do melhor e do pior, Galeno surgiu isolado na cara de Nakamura para fazer o bis e acabou por desperdiçar a oportunidade clamorosa para fechar o encontro. Paulo Sérgio foi ao banco buscar quatro alterações, mas pouco mudou, a não ser mais espaço para os contra-ataques portistas. Num deles, Francisco Conceição rematou perto do poste em combinação com Pepê.
Sérgio Conceição também aproveitou para mexer, lançando Jorge Sánchez e Eustáquio para os lugares de João Mário e Nico. A aposta no mexicano teve recompensa imediata já que, três minutos depois, o lateral subiu no terreno pela direita e cruzou atrasado para Pepê, que teve tempo para dominar, olhar e fazer o segundo golo no campeonato - depois da estreia diante do Benfica.
Até ao apito final, os dragões continuaram a gerir o jogo até ao apito final, promovendo as entradas de Namaso, Gonçalo Borges e Iván Jaime, aproveitando para poupar Evanilson, Galeno e Pepê para o jogo de terça-feira, em Londres.
Homem do jogo Flashscore: Nico González (FC Porto).
