Mais

Sérgio Conceição e as contas do título: “Temos de ter noção e ser realistas”

Sérgio Conceição elogiou a atitude da equipa
Sérgio Conceição elogiou a atitude da equipaLUSA
Apesar da vitória diante do Famalicão (4-2), na 33.ª jornada, o treinador do FC Porto deu, pela primeira vez, sinais de conceder na luta pelo título. Enalteceu a boa exibição da equipa.

Tenho de realçar o excelente jogo da equipa, num campo sempre difícil e onde entrámos de uma forma fantástica, a perceber como sair da pressão do adversário, no fundo explorando algumas das fragilidades deles e acho que aos 20 minutos podíamos estar a ganhar por três ou quatro golos de diferença. Com o jogo controlado falou ser mais maduros, manter a posse de bola no meio-campo adversário, não permitir oportunidades com perdas de bola e por vezes até partir o jogo. É de uma situação dessas que nasce o primeiro golo deles e do nada surge o penálti para o Famalicão. Fomos para intervalo e havia pouca coisa a retificar, criámos muitos problemas e era continuar e perceber o porquê de por vezes sofrer uma outra transição que criou algum perigo. Na segunda parte muito mais controlado. Foi um jogo muitíssimo bom da equipa. Estou contente pelo jogo, pelo resultado que era importante e isto numa situação que não é fácil. Estamos habituados a estar em primeiro, não dependemos de nós e temos de continuar a acreditar naquilo que são as possibilidades”, explicou Sérgio Conceição, deixando um elogio ao árbitro: “Acho muitíssimo bem o Fábio Veríssimo dar 13 minutos, devia ser sempre assim, Tentou compensar o que não se jogou”.

Mateus Uribe foi surpresa ao surgir no banco de suplentes neste jogo com o Famalicão e o treinador do FC Porto foi lacónico na resposta.

“Fez um treino esta semana. Teve algumas limitações físicas, nomeadamente uma entorse que teve no último jogo e quem treinou toda a semana merece jogar. Tenho confiança no Marko Grujic, Eustaquio e Bernardo Folha”, atirou.

Por último, enalteceu também a crença da equipa.

“É um trabalho que fazemos a todos os níveis. Não só no campo, mas o grupo sabe que para representar este clube é preciso ter algo mais para conseguirmos de três em três dias ser muito competitivos. A nível emocional temos de estar sempre motivados para fazer o que gostamos e dar o melhor de nós diariamente e isso é inegociável para mim. Nesse sentido estou muito contente pela dedicação que tiveram. Quem não soubesse diria que a equipa campeã nacional era esta”, explicou, concedendo, no entanto, que as hipóteses de festejar no final não são animadoras: “Em termos da nossa esperança que não é muita, temos de ter noção e ser realistas. Obviamente que queremos que o nosso rival que vai na frente (Benfica) não consiga ganhar”.