"Faz parte das caraterísticas da equipa nunca baixar a guarda. Houve alguma precipitação da nossa dinâmica na primeira parte, especialmente em posse. O adversário foi extremamente bem organizado, saiu bem para ataque rápido, onde tem jogadores perigosos. Tivemos situações de golo, faltou alguma clarividência e melhor definição. É preciso ter alguma causa, mas é compreensível, neste momento da época, com o andamento da situação no campeonato", começou por dizer Sérgio Conceição à SportTV.
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"Ao intervalo tentámos retificar alguns aspetos, que na missão ofensiva eram precisos para criar mais perigos e dificultar a organização do adversário em dificuldade. Entrámos bem, com atitude muito positiva no jogo. Achei que faltava um pouco de velocidade, meti o Gabriel Veron no jogo, com Taremi e Evanilson a criarem movimentos dentro e fora, a criar outras dificuldades", explicou o treinador do FC Porto.
"Correu bem, criámos aí muitas oportunidades, poderíamos ter ganho com resultado mais folgado. Mas há mérito do Filipe Martins e da sua equipa, bem organizada, que sabe o que fazer. Os jogos são assim, cada vez mais difíceis à medida que se caminha para o final, a margem de erro é mínima. Mas faz parte de um clube como o nosso acreditar sempre e sermos uma equipa intensa. Temos de perceber que temos de estar sempre no máximo para podermos ganhar os jogos", afirmou Sérgio Conceição, sem querer dizer o que disse à equipa no balneário, num intervalo bem mais longo que o habitual, mas deixando claro qual o teor da conversa, sem que tivesse de mexer no onze.
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"Quis mexer com o orgulho dos jogadores. Acho que o onze que entrou era competente e tinha toda a capacidade para ganhar ao Casa Pia. Foi uma conversa franca e leal. Conversámos, retificámos, ajustámos, mas precisava de outras coisas no último terço: Verón e depois os últimos três foram muito importantes, deram-nos mais velocidade na frente. Os jogadores estão de parabéns. Não é fácil jogar depois dos nossos rivais jogarem e ganharem os seus jogos. Não é fácil, jogamos num clube que nunca desiste e atira a toalha ao chão, vamos continuar a dar luta", prometeu o treinador dos azuis e brancos.
"Estamos para dar luta até ao último momento do campeonato. Foi assim comigo nestas seis épocas, a história do clube também o demonstra, e vamos continuar assim, isto é ser FC Porto", sublinhou Sérgio Conceição, que finalizou com uma resposta curta sobre os acontecimentos que se seguiram ao golo de Danny Namaso, bem como após o apito final, com confusão entre membros dos dois bancos de suplentes.
"Com o Filipe Martins nada se passou, mas houve elementos do banco de suplentes, que em situações de jogo, com a paixão do próprio jogo, de grandes emoções... mas faz parte. À mínima palavra, como já aconteceu ao Vítor Bruno ou ao Luís Gonçalves… ai levavam logo amarelo ou eram expulsos. Deviam ser mais coerentes, e ser igual para toda a gente", criticou Sérgio Conceição.