Sporting campeão: Festa fez-se de Nova Jérsia à cidade do Porto

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Sporting campeão: Festa fez-se de Nova Jérsia à cidade do Porto

Um mar de adeptos do Sporting
Um mar de adeptos do SportingSporting CP
Não foi só no Marquês de Pombal, epicentro das celebrações, que se festejou o 20.º título do Sporting. A festa dos adeptos leoninos irrompeu por várias cidades nacionais e internacionais.

"O campeão voltou", gritam esta noite algumas centenas de adeptos portuenses do Sporting que se juntaram na Rotunda da Boavista, numa celebração cheia de cânticos, bandeiras, buzinas e até fogo-de-artifício, que prometem prolongar-se pela madrugada.

Mal soou o apito que consumava a derrota benfiquista em Famalicão, na Praça Mouzinho de Albuquerque, popularmente conhecida como Rotunda da Boavista, começavam a ouvir-se buzinões e gritos entusiásticos de adeptos que envergavam os cachecóis pelas janelas das viaturas a entupir a estrada.

Ainda assim, a concentração dos adeptos tardou em surgir, algo facilmente explicado pelo contexto da festa - após um inesperado desaire do Benfica, consumada numa fase já tardia da noite de domingo e com algum frio, apesar de não ter chovido.

 Por volta das 23:00, um maior aglomerado de aficionados entusiásticos, de algumas centenas, juntava-se em frente à Casa da Música, entoando cânticos como o "Só eu sei porque não fico em casa", enquanto bandeiras eram hasteadas e petardos lançados.

"Ninguém acreditava neste equipa depois do quarto lugar da última época. Voltámos a provar de que é feito o leão. O leão está aqui. Fomos a equipa que melhor futebol jogou. É um título inteiramente justo", reiterou à Lusa Pedro Borges, um adepto sportinguista, de 24 anos.

Relativamente às circunstâncias em que o título foi conquistado, após uma derrota de um rival, Joana, uma aficionada vestida de verde e branco da cabeça aos pés, confessou que preferia ver o Sporting ser campeão "depois de uma vitória", mas garantiu que "a festa é sempre bem-vinda".

"Era uma questão de tempo até sermos campeões. Preferia ser campeão para a semana, depois de uma vitória, mas não me queixo. A festa é sempre bem-vinda. Em 2021, foi estranho por causa da covid, agora está um ambiente diferente", lembrou a aficionada de 35 anos, antes de voltar aos cânticos, numa festa que decorre sem incidentes maiores.

Quanto à figura de proa da conquista leonina, o nome de Gyökeres era consensual, ele que monopolizou para si uma boa parte dos cânticos dos sportinguistas - quase cantavam tanto pelo sueco como pelo próprio clube, enquanto uma criança, das poucas mais jovens no local, imitava a celebração do jogador.

O avançado, que chegou esta temporada dos ingleses do Coventry City, leva 27 golos no campeonato, sendo o melhor marcador da competição, e é vontade generalizada dos apoiantes do clube que ele permaneça pelo menos mais uma temporada de 'leão ao peito'.

"O Gyökeres é um fenómeno, um Deus. Foi um achado um ponta de lança daqueles e obviamente que ele é principal figura deste título, sem desprezar os outros colegas e o treinador", disse André, de 21 anos.

A continuidade do técnico Rúben Amorim é também muito pedida, com alguns gritos de apoio também alusivos ao treinador, mas o mesmo adepto reconheceu que o seu futuro não deverá passar pelo Sporting.

"Acredito que o Rúben queira outros horizontes, ir para o futebol inglês. Ele deu-nos muito, deu-nos dois campeonatos, depois daqueles anos todos sem ganhar nada. Merece sair se ele assim entender", resignou-se.

Por volta da meia-noite, começou a ser lançado fogo-de-artifício por várias ocasiões, na altura de apogeu da festa, acendendo-se tochas verdes que davam cor à rotunda.

Apesar de já começar a haver alguma desmobilização, os adeptos mais comprometidos com os festejos prometem ficar até altas horas da madrugada, alimentados pela alegria do título que fugia desde 2020/21.

Mais de três dezenas de sportinguistas concentraram-se no centro de Ponta Delgada para celebrarem a conquista do 20.º título de campeão nacional de futebol, ao mesmo tempo que decorrem as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

O dia em que Sporting viu confirmada a conquista da I Liga portuguesa coincidiu com a realização da maior festa religiosa dos Açores, algo que apenas contribuiu para reunir ainda mais adeptos leoninos no centro histórico de Ponta Delgada.

"Viemos passear durante a tarde para as barraquinhas já com os cachecóis, porque sabíamos que o Benfica ia ter um jogo difícil e que podíamos ser campeões", referiu um fervoroso jovem adepto que se fazia acompanhar de três amigos.

Após a derrota do Benfica em Famalicão, por 2-0, o conjunto de Alvalade garantiu matematicamente o primeiro lugar, pois a duas jornadas do fim tem mais oito pontos que as águias.

"Fomos a melhor equipa do campeonato, o jogo decisivo foi a vitória por 2-1 contra o Benfica em casa. É sem dúvida uma sensação espetacular. Temos um grande treinador (Rúben Amorim) e o Gyokeres foi de longe o elemento decisivo", exclamou Rui Duarte, de 34 anos.

Numa cidade em que muitas ruas estavam fechadas e onde praticamente não haviam lugares para estacionar, a festa eclodiu na Praça Gonçalo Velho Cabral com buzinas, tambores e apitos de carros que acabavam por condicionar o trânsito ao ficarem totalmente parados no meio da estrada.

A enorme fila que se estendeu não pareceu irritar algumas pessoas que apenas estavam de passagem pelo local, como é o caso de Sónia Sousa. "Eu pessoalmente não gosto de futebol, mas há que respeitar a emoção das pessoas. Está muita gente aqui. Claro que se soubesse que os carros iam parar no meio da estrada tinha feito outro percurso, mas agora pronto, é esperar", atirou.

Enquanto uns esperavam, outros vibravam e cantavam, havendo sempre quem não dispensasse a oportunidade de falar aos jornalistas.

"É um título abençoado. Ainda por cima durante as festas do Senhor, foi tudo perfeito. Fui na procissão à tarde a rezar e a pedir que o meu Sporting fosse campeão. Amanhã é feriado, por isso a festa vai ser até de manhã!", gritou José Silva em alusão ao feriado municipal de segunda-feira em Ponta Delgada, ao mesmo tempo em que o barulho do fogo de artifício se fazia ouvir bem alto.

Dezenas de sportinguistas celebraram no domingo a vitória do campeonato de futebol no "Lar Dos Leões De New Jersey", nos Estados Unidos, onde não faltaram agradecimentos a Amorim e Gyökeres, mas admitindo que já pensam na Taça de Portugal.

A festa sportinguista no estado de Nova Jérsia começou tímida, devido a uma forte chuva, mas rapidamente adeptos vestidos de verde e branco e a entoar cânticos leoninos começaram a chegar ao clube Lar dos Leões, onde a festa promete prolongar-se pela noite.

 O técnico Rúben Amorim e o avançado Gyökeres foram apontados, de forma unânime, como as figuras do campeonato, por terem levado a equipa a um momento de "felicidade indescritível".

Apesar do rumo incerto de ambos deixar os sportinguistas de Nova Jérsia apreensivos, os adeptos não pouparam nos elogios.

"Preocupado tenho que estar (com eventual saída de Amorim e Gyökeres) porque sou sportinguista. Foram duas figuras incontornáveis desta vitória, mas tenho fé e esperança que o Rúben Amorim e Gyökeres vão continuar no Sporting, que é um clube muito grande", disse à Lusa Manuel Rodrigues, de 63 anos.

"No próximo ano o Sporting vai ser campeão outra vez, não pode ser de outra maneira. Uma equipa que se consagra campeã a duas jornadas do fim, o próximo passo é pensar vencer outra vez e não só: a Taça de Portugal também", acrescentou.

Para o adepto Jorge Cerca, independentemente de Gyökeres ficar ou deixar o Sporting, o avançado "merece tudo de bom" na sua carreira.

"Obrigada Gyökeres, por fazer tudo pelo Sporting. Se for embora, parabéns para ele e que continue a sua carreira. Viva Gyökeres", declarou o sportinguista.

Michael Paredes, um jovem treinador de futebol de Newark, não esconde "o amor que sente pelo Sporting" e promete repetir a festa no próximo fim de semana no Lar dos Leões e, quem sabe, novamente "para a Taça de Portugal".

"Acreditei que íamos ganhar, mas não desta forma, com o Gyökeres a marcar tantos golos, a ajudar e a puxar sempre a nossa equipa para a frente. E, claro, o 'mister' Rúben Amorim a conduzir o barco. Adoro", celebrou o jovem de 22 anos.

"Quero que ganhemos a Taça de Portugal este ano e, para o próximo ano, outro campeonato", desejou ainda.

Enquanto Rafaela Graça confessou que, no início do campeonato, estava longe de imaginar que este domingo celebraria a conquista de mais um título pelo Sporting, Susana Caetano discordou, assumindo que teve sempre essa esperança, algo que mantém ano após ano.

"Como sportinguista ferrenha, para mim é sempre a subir (...). Valeu a pena acreditar", defendeu Susana, de 45 anos.  

"Estivemos muitos anos sem ganhar, mas agora apanhamos o vício e já não queremos outra coisa", acrescentou, entre risos, admitindo confiança de que o Sporting vencerá ainda a Taça de Portugal, que disputará contra o FC Porto.