Recorde as incidências do FC Porto-Santa Clara
A festa antes dos golos
Depois da vitória no clássico, o primeiro momento de festejos no Estádio do Dragão aconteceu ainda antes do apito inicial, quando o Chaves marcou o golo que derrotou o Benfica.
Pouco depois subiram os jogadores do FC Porto ao relvado para aquecimento, confirmando-se que, sem Grujic e Taremi, ambos a cumprir castigo, Sérgio Conceição apostava em Eustaquio e Toni Martínez no onze dos azuis e brancos, com Manafá a repetir a titularidade perante a lesão de João Mário.
Já do lado do Santa Clara, Accioly não pôde contar com Kento Misao, Marco Pereira, Nanu, Paulo Henrique, Tomás Domingos e Xavi Quintillà, apostando em MT como lateral-esquerdo adaptado.
Ao ritmo do castigo máximo
O FC Porto entrou pressionante, com as linhas subidas, com Manafá quase como extremo mas com o Santa Clara a assinalar o primeiro remate do jogo, num tiro de Sagna, sem perigo para Diogo Costa.
Na resposta, em cima do quarto de hora, o FC Porto respondeu com... uma ocasião flagrante: aos 15' Uribe rematou à barra da baliza açoriana e, na recarga, Toni Martínez, de ângulo apertado, atirou com a bola a tocar ainda no poste.
Aos 24 minutos foi Stephen Eustaquio, de meia distância, num grande remate para o voo de Gabriel Batista, desviando para canto. Minuto seguinte foi Marcano, bebendo da inspiração do médio canadiano, a encher o pé para rematar por cima.
Aos 32 minutos Toni Martínez foi puxado na grande área por Ygor Nogueira e Cláudio Pereira não teve dúvidas, assinalando grande penalidade. Na conversão, aos 34 minutos, Mateus Uribe abriu o marcador para o FC Porto.
Aos 40' novamente perigo na área açoriana, com Galeno a desperdiçar na cara de Gabriel Batista e, na recarga, Toni Martínez travado por Sagna. Desta vez foi o VAR a alertar Cláudio Pereira que, após visualizar as imagens, assinalou novo penálti a favor dos dragões. Não foi Uribe, foi Otávio: guarda-redes para um lado, bola para o outro e, aos 32 minutos, o médio luso-brasileiro a atirar... ao lado da baliza do Santa Clara, falhando ocasião soberana para o 2-0, num castigo máximo.
Em cima dos 45 minutos o mesmo Otávio caiu à entrada da área e Uribe, na conversão do livre, atirou por cima da baliza dos açorianos.
Dos assobios ao 2-0 da (aparente) tranquilidade
A segunda parte começou sem substituições mas Sérgio Conceição não esperou pela hora de jogo para colocar Evanilson em campo, retirando Eustaquio e fazendo recuar Otávio, aos 56 minutos.
O Santa Clara esboçava uma reação e, depois de Pepê, num remate em arco, ter atirado por cima da baliza açoriana, foi Bruno Jordão, aos 60', a atirar um pouco acima da baliza de Diogo Costa.
Crescia o Santa Clara, Sérgio Conceição apostava em André Franco e Namaso, nos lugares de Manafá e Toni Martínez, respondia Accioly com Andrezinho no lugar de Allano.
Foi precisamente Andrezinho que, aos 68 minutos, voltou a visar a baliza portista, num remate cruzado sem perigo mas que dava força à reação açoriana no Dragão, perante a desvantagem mínima no marcador.
Aos 75 minutos, na sequência de um canto batido por Costinha, Ygor Nogueira a cabecear ao lado da baliza do FC Porto, perante a impaciência nas bancadas do Dragão. Acreditava o Santa Clara, Accioly lançava Calila e Stevanovic nos lugares de Sagna e Ricardinho, e respondia o FC Porto, numa bela iniciativa de Pepê, culminada num cruzamento de Namaso que resultou... em canto.
A dez minutos do final chegou, enfim, o alívio para os mais de 40 mil adeptos presentes no Estádio do Dragão: boa jogada da Galeno na esquerda, passe para a área, a defesa açoriana não conseguiu o alívio e Namaso, na recarga, rematou de primeira, batendo Gabriel Batista e fazendo o 2-0 para o FC Porto.
Do baralho saíram dois jokers
Stevanovic, aos 85 minutos, ainda bateu um livre, fácil para Diogo Costa, o segundo golo portista parecia ter colocado uma pedra sobre a discussão dos pontos no Dragão mas Accioly tinha mais dois trunfos na manga: aos 88 minutos lançou Gabriel Silva, no lugar de Costinha, e Tagawa, por Matheus Babi, sendo que foram estes os dois jogadores que fabricaram o golo do Santa Clara, dois minutos para lá dos 90: grande jogada individual de Gabriel Silva na esquerda, servindo Tagawa que, de primeira, bateu Diogo Costa, lançando novamente um desconforto azul e branco que, porém, duraria pouco.
Com este resultado, e em apenas duas jornadas, o FC Porto reduz a diferença para o primeiro lugar de dez para quatro pontos, vencendo o Santa Clara depois de já ter vencido o clássico na Luz e beneficiando da derrota do Benfica em Chaves. O Santa Clara, esse, parece com destino traçado na Liga 2: último lugar, com 15 pontos. A equipa açoriana tem um registo negativo impressionante: nove derrotas consecutivas e 19 jogos sem vencer na Liga.
Homem do jogo Flashscore: Mateus Uribe (FC Porto)
