"É verdade, Diego decidiu que domingo será o seu último jogo. Vai voltar para o Uruguai e não vai jogar mais", disse a fonte à AFP.
O ex-capitão da seleção uruguaia disse aos dirigentes do Vélez que vai executar a cláusula de saída do seu contrato com o clube, ao qual se juntou em junho de 2022, vindo do Atlético Mineiro, na esperança de ficar apto para o Campeonato do Mundo do Catar.
O último jogo de Godín será no domingo, contra o Huracán, na partida de encerramento da competição argentina.
O defesa de 37 anos tinha contrato com o Vélez até ao final de dezembro, mas decidiu antecipar o seu regresso ao Uruguai, onde viverá com a sua família depois de ter sido pai de uma menina.
Uma rica história de sucesso
Godín estreou-se como profissional em 2003, no Cerro, do Uruguai. Depois de três temporadas, foi para o Nacional de Montevidéu, onde ficou menos de um ano, antes de se transferir para o Villarreal em 2007.
Em agosto de 2010, após o Campeonato do Mundo da África do Sul, ingressou no Atlético de Madrid, onde permaneceu durante nove anos e tornou-se uma referência, capitão de uma equipa histórica liderada pelo argentino Diego "Cholo" Simeone.
Também teve uma breve passagem pelo Inter Milão, antes de terminar a sua carreira europeia no Cagliari. Regressou à América do Sul no início de 2022 para jogar no Atlético Mineiro e, em junho desse ano, juntou-se ao Vélez, o seu último clube numa enorme carreira profissional.
A sua lista de títulos inclui três Supertaças Europeias e duas Ligas Europa com o Atlético de Madrid, com o qual também ganhou uma Taça do Rei, uma Liga Espanhola e uma Supertaça de Espanha. Ganhou ainda uma Supertaça do Brasil com o Atlético Mineiro.
Paixão celeste
Godín também se destacou na Celeste, como líder da seleção do Uruguai durante o longo mandato do "Maestro" Oscar Tabárez.
Estreou-se com 19 anos na seleção principal, em outubro de 2005, e sagrou-se campeão da América da Argentina em 2011. É o jogador com mais jogos na história da Celeste, com 161 partidas disputadas - 82 delas como capitão - e oito golos marcados em 17 temporadas.
Participou no Campeonato do Mundo de 2010 na África do Sul, onde terminou em quarto lugar, no Brasil-2014, na Rússia-2018 e no Catar-2022.
Em abril, Godín confessou que tinha pensado em retirar-se após o Mundial no Médio Oriente, onde Uruguai foi eliminado na fase de grupos, onde estava Portugal.
"Queria retirar-me em campo. Mas sim, passou-me pela cabeça, depois do Campeonato do Mundo, não continuar a jogar. Estava muito exausto, muito vazio, com muito desgaste e muito sacrifício para cumprir os objetivos do grupo. Depois de descansar, estava cheio de energia para voltar e desfrutar do futebol", assumiu.
No entanto, os planos mudaram e, embora tenha recebido uma proposta do Nacional para jogar no Uruguai, Godín vai terminar a carreira na Argentina.