Oficial: Lionel Messi é reforço do Inter Miami

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Oficial: Lionel Messi é reforço do Inter Miami
Lionel Messi deu entrevista para anunciar o novo destino na carreira
Lionel Messi deu entrevista para anunciar o novo destino na carreira
Inter Miami
Lionel Messi confirmou esta quarta-feira, numa entrevista conjunta aos jornais espanhóis e catalães Mundo Deportivo e Sport, que vai rumar ao Inter Miami, da MLS, principal campeonato dos Estados Unidos.

"Decidi juntar-me ao Inter Miami. Tomei a decisão de jogar no Inter Miami. Ainda não está fechado a 100%, faltam algumas coisas, mas decidimos seguir esse caminho. Se não ia para Barcelona, queria sair da Europa, mudar de foco e pensar mais na família", afirmou Lionel Messi, confirmando assim a notícia avançada pelo Flashscore na manhã desta quarta-feira.

Lionel Messi vai auferir, no Inter Miami, 40 milhões de euros por temporada, além de ficar com uma percentagem das subscrições do MLS Pass e uma percentagem dos ganhos da Adidas com a sua chegada à MLS para o clube que é propriedade de David Beckham.

Lionel Messi esperou pelo Barcelona, aguardou que o clube catalão desbloqueassse o seu plano económico junto da LaLiga, mas os problemas financeiros da equipa espanhola e a forma como o processo nunca avançou da forma que esperava, levou o avançado argentino a virar-se para as alternativas, preferindo o campeonato norte-americano à oferta astronómica da Arábia Saudita, oriunda do Al-Ittihad, campeão daquela liga, orientado pelo português Nuno Espírito Santo.

"Obviamente queria muito, estava muito ansioso por poder voltar (ao Barcelona), mas, por outro lado, depois de ter vivido o que vivi e a saída que tive, não queria estar na mesma situação novamente: esperar para ver o que aconteceria e deixar o meu futuro nas mãos de outra pessoa. Eu queria tomar a minha própria decisão, pensando em mim, na minha família. Apesar de ter ouvido falar que a La Liga tinha aceitado tudo e que estava tudo OK para voltar, ainda havia muitas outras coisas que precisavam de ser feitas", justificou Messi.

"Ouvi dizer que tinham de vender jogadores ou baixar os salários dos jogadores e a verdade é que não queria passar por isso, nem ser responsável por algo que tivesse a ver com tudo isso. Já fui acusado de muitas coisas que não eram verdade na minha carreira no Barcelona e já estava um pouco cansado, não queria passar por tudo aquilo. Quando tive de sair, a La Liga também aceitou que me contratassem e no final não deu", acrescentou.

Lionel Messi, formado no Newell’s Old Boys e no Barcelona, e que jogou na equipa principal dos catalães entre 2004 e 2021, vai conhecer novo capítulo na carreira após dois anos no Paris Saint-Germain, coroados com o título nacional de França em duas temporadas e uma Supertaça, tendo cumprido 75 jogos e marcado 32 golos pelo PSG.

Messi, de 35 anos, é considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos, somando sete Bolas de Ouro, um recorde, tendo guiado a seleção da Argentina à vitória, como capitão, no Mundial-2022 no Catar, depois de já ter conquistado a Copa América, em 2021.

Fica para trás o clube da capital, financiado pelo qatari Nasser al-Khelaifi, em que partilhava o ataque com Neymar e Mbappé mas no qual passou “um primeiro ano muito difícil” e um segundo, também complicado “no geral” em que esteve “muito bem nos primeiros seis meses”, parando depois para o Mundial, após o qual, garante, queria “acabar de outra forma”.

"Foram dois anos em que não fui feliz, não me diverti, e isso afetou a minha vida familiar, perdi muito a vida dos meus filhos na escola. Em Barcelona ia buscá-los, aqui fi-lo muito menos, partilhei menos atividades com eles. A decisão também passa por aí, por me reencontrar, entre aspas, com a minha família, com os meus filhos, e curtir o dia a dia. Tive a sorte de conseguir tudo no futebol e agora vai um pouco além do desporto, que também me interessa, e muito, muito mais a família", sublinhou.

Nascido em Rosario em 1987, ‘La Pulga’ fez carreira como um dos melhores de sempre entre a frente de ataque e o meio-campo ofensivo, começando como extremo antes de jogar sobretudo pelo meio.

O pé esquerdo do argentino foi a principal fonte de centenas de golos e assistências, com o capítulo no ‘Barça’ como mais emblemático: rendeu quatro Ligas dos Campeões (2006, 2009, 2011 e 2015), 10 Ligas espanholas e inúmeros outros títulos, como três Mundiais de Clubes.

Foram mais de 650 golos, e quase 800 os jogos, nos ‘culés’, em paralelo com uma carreira internacional com 102 golos e 174 jogos, a caminho de uma Copa América e duas finais do campeonato do Mundo, uma perdida e outra ganha, já no Mundial2022 no Qatar.

Quando assinar, descobrirá novo capítulo no clube detido por Beckham, o primeiro grande ‘troféu’ da ‘MLS’ como é hoje conhecida, a que se seguiram depois nomes como o sueco Zlatan Ibrahimovic ou o português Nani.

Antes, os Estados Unidos já tinham atraído nomes como o neerlandês Johan Cruyff, o brasileiro Pelé ou o luso Eusébio, noutros tempos, seguindo agora nova estratégia de captação de talentos.

Encontrará um plantel de poucos nomes ‘sonantes’, nos quais se destacam o norte-americano DeAndre Yedlin e o venezuelano Josef Martínez e com um treinador interino, Javier Morales, um argentino que substitui, para já, o inglês Phil Neville.

O emblema de Miami está em último na Conferência Este e longe dos lugares de play-off de disputa do título nacional, ainda que o campeonato decorra em conjunto com o ano civil.

O regresso do avançado, herdeiro de Maradona, a Camp Nou era intensamente falado na imprensa espanhola e internacional.

Tinha muita vontade e ambição de poder voltar, mas depois de viver o que vivi, e da saída que tive, não queria cair outra vez no mesmo, de esperar o que acontecia e deixar o meu futuro em mãos alheias”, explicou Messi.

Esse reencontro com os ‘culé’, não se concretizou, conhecendo o atacante um novo clube, um novo país e uma nova realidade, seguindo as pisadas do antigo companheiro de seleção Gonzalo Higuaín, que ‘aterrou’ em Miami em 2020.

Descartado fica, de igual forma, um novo capítulo na rivalidade com Cristiano Ronaldo, com quem protagonizou um longo período de domínio da disputa dos prémios individuais, quando este estava no Manchester United e depois, sobretudo, no Real Madrid, ‘alimentando-se’ um e outro da mesma para marcar mais golos, conseguir mais títulos e chegar mais longe.

Ronaldo está no Al Nassr, da Arábia Saudita, nação que tem apostado em 'estrelas' como Karim Benzema para mudar a geografia do futebol, e a mudança de Messi para este país foi outra das possibilidades aventadas.

"Tive ofertas de outros clubes europeus, mas nem avaliei porque a minha ideia era ir para o Barcelona e se não desse, ​​analisar, depois sair do futebol europeu e muito mais depois de ganhar o Mundial, que era o que eu precisava para encerrar a minha carreira nesta equipa, viver a Liga dos Estados Unidos de uma forma diferente e curtir muito mais o dia a dia, mas com a mesma responsabilidade de querer vencer e sempre fazer as coisas bem, mas com mais tranquilidade", explicou.