Na sexta-feira, o Everton tornou-se o primeiro clube da Premier League a perder pontos por violar as regras de rentabilidade e sustentabilidade (PSR), quando a liga atribuiu ao clube de Merseyside 10 pontos de dedução por causa de questões financeiras relacionadas com a temporada 2020/21.

"A confiança e a fé do Everton (na Premier League) desapareceram completamente", comentou Neville no seu podcast Stick to Football.

"A ganância e o egoísmo estão fora de controlo - não têm lei. A Premier League é uma organização defunta porque tem 20 clubes que votam todos com interesses próprios. Isto está a acontecer há muitos anos".

A dedução pontual fez com que o Everton descesse do 14.º lugar da classificação para a zona de despromoção, com quatro pontos, acima do Burnley, último classificado, por diferença de golos.

O castigo ocorreu depois de o Everton ter registado perdas de cerca de 372 milhões de libras (428 milhões de euros) em três anos, mais do que as perdas de 250 milhões de libras (287 milhões de euros) permitidas pela liga durante esse período. O campeão Manchester City enfrenta mais de 100 acusações de violação das regras financeiras da liga.

"Os clubes da Super League que tentaram destruir todo o futebol europeu foram multados num total de 22 milhões de libras (25 milhões de euros), 3.5 milhões (4 milhões de euros) por cada equipa, o que é uma desgraça absoluta e um escândalo pelo que tentaram fazer, que foi a tentativa de assassinato do nosso jogo", acrescentou o antigo internacional inglês.

As opiniões do antigo jogador do Manchester United fazem eco das de outros críticos, incluindo o deputado trabalhista Ian Byrne, que apresentou uma moção na terça-feira no Parlamento condenando a dedução e apelando à criação imediata de um organismo regulador independente do futebol.