Lockyer, capitão do Luton Town, não exclui possibilidade de voltar a jogar depois de paragem cardíaca

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Lockyer, capitão do Luton Town, não exclui possibilidade de voltar a jogar depois de paragem cardíaca

Tom Lockyer em Kenilworth Road, em janeiro
Tom Lockyer em Kenilworth Road, em janeiroReuters
O capitão do Luton Town, Tom Lockyer (29 anos), temeu estar a morrer nos momentos angustiantes que se seguiram a uma paragem cardíaca durante o jogo de 16 de dezembro, da Premier League, contra o Bournemouth, assumiu este domingo, mas não descartou a possibilidade de voltar a jogar.

O internacional do País de Gales disse que "morreu literalmente" quando desmaiou aos 59 minutos do jogo, que foi abandonado, apenas sete meses depois de ter caído no relvado num incidente semelhante na final do playoff do Campeonato em Wembley.

"Acordei e os paramédicos e toda a gente estava por todo o lado",  disse Lockyer à Sky Sports, antes do jogo em casa do Luton contra o Manchester United, estedomingo.

"Consegui ver imediatamente... havia um pouco mais de pânico e eu estava um pouco desorientado. Não conseguia falar, não me conseguia mexer e estava apenas a tentar perceber o que estava a acontecer. Lembro-me de pensar: 'Posso estar a morrer'. É um pensamento surrealista não ser capaz de me mexer e reagir, e é possível ver o pânico e sentir o soro a ser colocado no meu braço", acrescentou.

"Foi uma mistura muito difícil de emoções, mas acabei por recuperar e consegui falar e reagir. Tenho muita sorte por ter acontecido onde aconteceu. Sinto que toda a gente que assistiu e a minha família passaram por pior do que eu", explicou Tom Lockyer.

Lockyer disse que o dispositivo de gravação que tinha colocado após o seu colapso em maio passado mostrou que "esteve inconsciente" durante dois minutos e 40 segundos, na paragem cardíaca de dezembro, e que precisou de um desfibrilador para o reanimar.

Além da emoção, a sua namorada estava grávida de sete meses na altura.

Lockyer disse que o facto de poder ou não voltar a jogar não está nas suas mãos, mas continua esperançado.

"Isso será ditado pela equipa médica e pelos especialistas, mas o que eu diria é que, se houver uma hipótese - obviamente que não farei nada contra as recomendações dos especialistas -, gostaria muito de o fazer", assumiu.

"Obviamente, é demasiado cedo para dizer nesta altura, há muitos mais testes que têm de ser feitos. Mas eu não o descartaria neste momento, mas as minhas prioridades são o bebé", acrescentou.

Lockyer falou com outros jogadores que regressaram aos relvados com problemas cardíacos semelhantes, incluindo Christian Eriksen, Daley Blind e Charlie Wyke.

"A única coisa que foi comum a todos eles foi: 'Leve o seu tempo para processar o que aconteceu'", disse Lockyer.

"De certa forma, acho que ainda não o processei, talvez porque como atletas somos capazes de lidar com as coisas de forma diferente e podemos compartimentar. Talvez isso volte, mas não tive nenhuma emoção desde então, sei que literalmente morri, mas tenho estado bastante entorpecido. Mas a minha namorada está grávida, o bebé vai nascer em breve, essa é a minha prioridade", reforçou.