Um novo filme no Youtube acusa o clube inglês, que já enfrenta 115 acusações na Premier League, de utilizar um frontman dos Emirados Árabes Unidos para encobrir dinheiro que deveria ter vindo dos seus principais patrocinadores.

O documentário do YouTube "Britain's Biggest Football Scandal?" cita um relatório elaborado em 2020, mas nunca publicado, que concluiu que os dois pagamentos de 15 milhões de libras, em 2012 e 2013, supostamente provenientes da empresa de telecomunicações Etisalat, propriedade dos Emirados Árabes Unidos, eram na realidade "financiamentos de capital disfarçados".

No relatório, o organismo afirma que o dinheiro veio efetivamente dos proprietários do City, sediados em Abu Dhabi, e que isso constituiria uma violação das suas regras.

O City tinha sido considerado culpado de "violações graves" dos regulamentos de fair play financeiro pela UEFA, entre 2012 e 2016, e já tinha sido condenado a uma desqualificação de dois anos para a Liga dos Campeões, mas um recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (CAS), anulou a proibição e reduziu a multa de 30 milhões para 10 milhões de euros, afirmando que a maioria das alegadas violações não tinham sido estabelecidas ou tinham prescrito.

Outras acusações contra o City incluíam o pagamento ao ex-treinador Roberto Mancini, atual treinador da seleção italiana, através de duas contas separadas: o salário oficial de 1,45 milhões de libras através dos livros do clube e os restantes 1,75 milhões de libras do Al Jazira, clube de futebol de Abu Dhabi detido pelo do proprietário do City.

Durante o interrogatório da UEFA, um advogado dos Citizens terá indicado Jaber Mohamed como o responsável pelos pagamentos ("uma pessoa que é responsável pela prestação de serviços financeiros e de intermediação a entidades comerciais nos Emirados Árabes Unidos"). O Manchester City confirmou o nome, mas recusou-se a apresentá-lo como testemunha.