Recorde as principais incidências da partida
Toda a conversa antes do jogo foi sobre a reaparição do argentino na linha de toque do clube que ele levou da mediocridade para os candidatos ao título da Premier League e finalistas da Liga dos Campeões durante um período de cinco anos antes de ser demitido em 2019.
O Tottenham, que teria regressado ao topo da tabela com uma vitória, parecia inicialmente ter feito desta uma noite amarga para Pochettino, uma vez que dominou desde o início e liderava aos seis minutos. Mas o conjunto implodiu de forma surpreendente, com Cristian Romero e Destiny Udogie, ambos expulsos para os da casa.
Mesmo assim, o Chelsea teve muito trabalho para fazer valer a sua superioridade numérica e só assumiu a liderança aos 75 minutos. Mas os três golos de Nicolas Jackson acabaram por dar a Pochettino o resultado de que precisava depois de um início dececionante no seu reinado em Stamford Bridge.
"Sinto-me muito melhor, depois de quatro anos a voltar e a cumprimentar todas as pessoas, é um presente para nós", disse Pochettino aos jornalistas.
"Muito emotivo, mas ao mesmo tempo, as memórias. O jogo foi apaixonante, competitivo, sendo honesto, precisávamos de três pontos e foi um dia fantástico para nós. É o Tottenham, mas não é mais especial por causa disso", sustentou.
No entanto, Pochettino não esteve nas manchetes, com a última página do Daily Mail a descrever um dérbi com cinco golos anulados, inúmeras revisões do VAR, lesões e confrontos em campo como uma "carnificina" ou, segundo o The Sun, "VAR-nage".
O treinador do Tottenham, Ange Postecoglou, disse que era quase impossível analisar o que tinha acontecido durante os 90 minutos mais 21 minutos de paragem. Mas Pochettino tinha uma visão mais clara das coisas.
"Começámos muito mal o jogo. Depois disso, ficámos calmos e obrigámo-los a cometer um erro", disse Pochettino.
Postecoglou disse temer que os árbitros estivessem a perder a sua autoridade com as verificações quase rotineiras do VAR, mas Pochettino, outrora um crítico feroz do VAR, acreditou que o sistema funcionou na segunda-feira e disse que todas as decisões foram justas.
"Este é o futebol que queríamos, queríamos que a tecnologia chegasse e agora chegou. Eu disse que não queria o VAR, mas agora apoio o VAR, temos de encontrar a melhor forma", afirmou.
"Hoje jogámos 110 minutos, não sei se é uma da manhã. Estávamos abertos a receber a tecnologia. Demasiados treinadores queriam VAR e, quando é contra nós, é uma desgraça, o equilíbrio é muito difícil. Temos de tentar ajudar a melhorar este tipo de coisas", rematou.