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Os Spurs chegaram à nova temporada depois de um penoso oitavo lugar e de perderem o talismã Harry Kane, mas as coisas têm sido agradavelmente surpreendentes até agora. O novo treinador, Ange Postecoglou, está a dar conta do recado com um futebol ofensivo e renovado, que já rendeu ao emblema quatro vitórias em cinco jogos.
Os 13 pontos conquistados pelo Spurs são os mesmos do Arsenal, que continua a fazer um bom trabalho depois de ter discutido o campeonato com o Manchester City na última temporada. A meio da semana, os Gunners regressaram à Liga dos Campeões pela primeira vez desde 2017, goleando o PSV Eindhoven por 4-0, o que lhes deu um verdadeiro impulso.
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Assim, o cenário está bem montado antes do jogo de domingo no Emirates Stadium e ambas as equipas esperam que os homens-chave no meio-campo continuem a boa forma.
Martin Odegaard, do Arsenal, e James Maddison, do Tottenham, têm sido dois dos destaques da Premier League até agora e a cada jogo reforçam a sua importância no miolo das respetivas equipas.
Odegaard - capitão do Arsenal - elevou o seu nível de jogo e foi recentemente recompensado com um novo contrato, enquanto Maddison encaixou como uma luva nos Spurs neste arranque de época. Os dois têm tido um impacto muito semelhante no meio-campo vão tentar pender a balança para o seu lado.
O impacto de Maddison nos Spurs tem sido incrivelmente notório e a transferência de 46 milhões de euros pagos ao Leicester no verão parece ser desde já um sucesso. O jogador de 26 anos marcou dois golos e fez duas assistências, que lhe valeram uma merecida nomeação para Jogador do Mês da Premier League em agosto.
Nenhum outro jogador dos Spurs criou mais oportunidades de golo do que as 14 do inglês e nenhum outro jogador da divisão supera as 36 ações de criação de oportunidades (ações que levam diretamente a um remate, como passes ou encarar os defesas).
O adversário de Maddison, Odegaard, tem sido também um trunfo importante para o Arsenal esta época, embora a um nível ligeiramente menos criativo do que o inglês.
O internacional norueguês é normalmente o homem que faz o passe antes da assistência, o que explicaria as apenas cinco oportunidades criadas em comparação. No entanto, é fora da posse de bola que Odegaard faz a diferença e tem vantagem sobre Maddison.
Emergiu como um dos melhores elementos da pressão do Arsenal sem posse de bola e é fundamental para o controlo assumido em posições mais adiantadas - pressionou por 70 vezes no último terço, o melhor da equipa, e entre o top-10 da Liga.
Maddison, por sua vez, fica atrás, com 54 pressões no último terço, o que o coloca entre os 30 melhores. No entanto, Postecoglou não terá recrutado Maddison apenas pelo trabalho com bola, mas dada a forma como os Spurs têm sido agressivos na pressão esta época, poderá haver ainda mais para extrair do médio.
Aconteça o que acontecer no domingo, a chave para ambas as equipas será colocar estes dois médios a jogar com bola para ditar o jogo tanto quanto possível.
Isso provavelmente será mais fácil de dizer do que fazer, já que o clássico é notório por ser jogado num ritmo frenético, mas da maneira como Odegaard e Maddison se têm apresentado, não estaria fora de questão ver qualquer um deles a brilhar na hora da decisão.