Darwin Núñez, do Liverpool, manteve os líderes à frente do City com um golo polémico, enquanto o técnico do Chelsea, Mauricio Pochettino, está a começar a sentir a pressão. 

Eis três pontos de discussão deste fim de semana:

Mesma cidade, campeonato diferente

O Manchester United ameaçou causar uma reviravolta na corrida pelo título durante quase uma hora no Etihad no domingo, mas a vitória do Manchester City por 3-1 acabou por fazer justiça ao domínio do campeão sobre o rival.

Apenas um falhanço espantoso de Erling Haaland e uma boa defesa de André Onana mantiveram a vantagem do United - dada por um golo impressionante de Marcus Rashford - intacta até ao intervalo.

Phil Foden finalmente virou o jogo após o intervalo, marcando um golo no ângulo superior e depois apontando o seu 18.º golo da época após uma jogada individual com Julian Alvarez.

Haaland acrescentou a cereja no topo do bolo nos descontos para compensar a sua falha anterior e colocar o City, segundo classificado, a um ponto do líder Liverpool, a 11 jogos do fim.

A 11.ª derrota no campeonato deixa por um fio as esperanças do United de disputar a Liga dos Campeões na próxima época. O plantel de Erik ten Hag tem sido afetado por lesões, mas foi ultrapassado pelo City assim que os homens de Pep Guardiola encontraram o seu ritmo.

O único remate à baliza foi de Rashford e a posse de bola foi inferior a 30%.

A série de resultados atrás do City em todas as épocas desde a última vez que o clube venceu o campeonato, em 2012/13, vai continuar sem fim à vista, com a metade azul de Manchester a reinar suprema.

Darwin cala os críticos

Jürgen Klopp ficou satisfeito ao ver o polémico golo de Darwin silenciar os seus críticos e as provocações dos adeptos do Nottingham Forest.

O atacante uruguaio tem sido criticado por algumas atuações irregulares nesta temporada, mas a confiança de Klopp tem sido mantida durante o seu período conturbado em Anfield.

Ao marcar o seu regresso após três jogos de ausência por lesão, cabeceando para o fundo das redes o cruzamento de Alexis Mac Allister, aos nove minutos do segundo tempo, Darwin mostrou que não se deixa abater pelas dúvidas.

O avançado uruguaio também ignorou os adeptos do Forest que fizeram comparações pouco lisonjeiras ao seu aspeto, estilo de jogo e falta de golos com o antigo avançado do Liverpool, Andy Carroll.

O Forest queixou-se de que o golo deveria ter sido anulado porque o árbitro Paul Tierney interrompeu o jogo antes do início da jogada devido a uma aparente lesão na cabeça de Ibrahima Konaté, do Liverpool.

Depois de Konaté ter recuperado rapidamente, Tierney deixou cair a bola para o guarda-redes do Liverpool, Caoimhin Kelleher, que iniciou a jogada que conduziu ao golo.

"É um golo muito importante. Antes de as pessoas começarem a cantar esta canção com mais frequência, é a melhor forma de acalmar imediatamente a situação", disse Klopp.

"Mas podem cantá-la se Darwin reagir como hoje (sábado). Ele teve momentos muito bons. Sim, acho que ele entende (a canção), então essa é a melhor resposta".

Chelsea "frustrado" com a pressão a aumentar

Axel Disasi admitiu que o Chelsea está a sentir-se "frustrado" depois que um empate em 2-2 em Brentford que aumentou a pressão sobre o técnico Mauricio Pochettino.

O cabeceamento tardio de Disasi salvou um ponto para o Chelsea, que liderava com o golo de Nicolas Jackson na primeira parte, antes de Mads Roerslev e Yoane Wissa, do Brentford, marcarem para os anfitriões.

Foi mais uma exibição pouco convincente do Chelsea e Pochettino foi alvo de apelos à sua demissão por parte de adeptos furiosos dos Blues, cujo clube está a definhar no 11.º lugar e perdeu recentemente a final da Taça da Liga contra o Liverpool.

"Para ser sincero, ficámos frustrados. Penso que na primeira parte merecíamos ter marcado talvez mais um golo", afirmou Disasi.

"Tínhamos qualidade para ganhar o jogo, por isso o sentimento é um pouco triste. Estou feliz por ter marcado, mas seria muito melhor se este golo fosse para a vitória".