Cristiano Ronaldo deixou o Manchester United, onde alcançou uma nova dimensão como futebolista, para embarcar na aventura mais exótica da sua carreira. Sem alternativas convincentes no velho continente, rumou à Arábia Saudita, o que lhe valeu algumas críticas - por ser um país que não respeita os direitos humanos - e até algum escárnio - por ser uma competição inconsequente. Estas últimas, no entanto, desapareceram nos últimos meses devido à chegada maciça de outros jogadores de topo (Karim Benzema ou Neymar Júnior).

A sua qualidade e o seu casamento com a baliza adversária foram evidentes desde o momento em que chegou ao Médio Oriente. Apesar de ter perdido metade da época passada, foi capaz de marcar 14 golos e de fazer alguns passes decisivos. Não foi suficiente para que o Al-Nassr conquistasse o campeonato nacional (o Al Ittihad venceu), mas conseguiu redimir-se em agosto, abrindo a coleção de troféus fora da Europa (a equipa derrotou o Al Hilal na final da Liga dos Clubes Campeões Árabes e o português marcou dois golos).

Depois dessa alegria, Ronaldo falhou o jogo de abertura do campeonato devido a pequenos problemas físicos, mas marcou três golos na terceira jornada, depois de ter reaparecido de forma infeliz na segunda. A sua intervenção foi muito necessária depois de duas derrotas e, como resultado, a equipa estava a perseguir a tarefa de aumentar o número de pontos. Com estes três golos e os seis que marcou posteriormente - os dois últimos na sexta-feira -, está agora perto dos dez, o que consolida a sua posição de melhor marcador.

Há quatro jogadores em segundo lugar, todos com seis golos, na tabela dos melhores marcadores: Malcom Filipe, que passou pelo Barcelona durante a época 2018/19; Salem Al Dawsari, que marcou contra a Argentina e o México no Mundial do Catar; Moussa Dembélé, que teve uma breve e mal sucedida passagem pelo Atlético Madrid; e Sadio Mané, que fez carreira no Liverpool e jogou no Bayern de Munique na época 2022/23.