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Entrevista Flashscore a Élber: "Concordo com um selecionador estrangeiro, como o Abel Ferreira"

Èlber deixou a sua marca no futebol alemão, ao serviço do Bayern Munique
Èlber deixou a sua marca no futebol alemão, ao serviço do Bayern MuniqueProfimedia
Aos 50 anos, Élber continua a ser um nome bem conhecido dos adeptos de futebol, sobretudo os brasileiros e... os alemães. Foi pelo clube bávaro que, durante seis anos, deixou o seu nome marcado a letras de ouro, com golos e títulos.

Foi ao serviço do Bayern que Élber conseguiu a desejada visibilidade internacional que lhe permitiu chegar à seleção brasileira se tornar-se um dos avançados mais importantes da sua geração. No currículo, quatro Bundesligas, um Mundial de Clubes e uma Liga dos Campeões.

Agora com 50 anos, Élbert continua ligado ao Bayern Munique, utilizando todo o conhecimento adquirido para, como representante dos alemães, marcar presença em jogos e eventos, estreitando relacionamentos com investidores, patrocinadores e adeptos que, ainda hoje, o têm como uma das grandes referências e um dos períodos áureos do clube.

Nesta entrevista exclusiva ao Flashscore, Élber fala do seu início de carreira, quando saiu do Brasil com apenas 18 anos, do atrito com o treinador Mário Zagallo, da atualidade do futebol brasileiro e do que o seu país pode aprender com a Alemanha, a sua segunda casa.

- Rumou à Europa muito cedo, ainda antes de fazer 18 anos, para o AC Milan, em 1990/1991. Arrepende-se de algo?

- Não me arrependo de nada. Fui numa época boa, quando devia ter ido. Em Itália já estavam jogadores consagrados com passagem pela seleção brasileira, como Careca, Aldair, Alemão e Dunga. A oportunidade apareceu depois de ter sido o segundo melhor marcador do Mundial sub-20, em Portugal. Foi algo da noite para o dia. A minha ideia era regressar ao Londrina depois do Mundial mas houve acordo com o Milan, que adiantou-se a uma negociação que já estava bem adiantada com um clube da Suíça. O valor da transação foi de 1 milhão de dólares, o valor mais caro pago por um jogador a sair do Brasil com menos de 20 anos. Não era muito comum um jogador tão novo sair do Brasil para jogar na Europa.

- Considera-se mais reconhecido fora do Brasil do que dentro do país?

- Com certeza. A minha carreira foi toda feita fora do Brasil. Fiz apenas três ou quatro jogos pelo Londrina, atuei mais nos juniores do que na equipa principal. Não tive a oportunidade de passar por equipas do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Lembro-me até de um jogo da seleção, quando fui convocado pelo Vanderlei Luxemburgo. Ele tinha uma dúvida no ataque e optou pelo Edílson, que era mais conhecido dentro do Brasil e teria mais apoio da adeptos. Percebi ali que a minha concorrência era mais difícil do que imaginava.

- A aua passagem pela seleção brasileira foi mais curta do que imaginou?

- Sim, foram apenas 15 jogos e sete golos. O (Mário) Zagallo chamou-me pela primeira vez. Isso aconteceu pouco tempo depois dele falar para uma rádio alemã que tinham dezenas de jogadores como eu a jogar no Brasil e que eu podia ir de férias porque à seleção eu não iria. Eu respondi e disse que ele estava maluco, mal me conhecia, nem via jogos da Bundesliga. Passou um mês e ele convocou-me para uma Taça Ouro nos Estados Unidos para fazer parte de uma seleção que tinha o Edmundo e o Romário. Era um bom plantel. A minha passagem na seleção foi curta mas fiz os meus golos, deixei a minha marca.

Elber atua como representante do Bayern em viagens, jogos e eventos
Elber atua como representante do Bayern em viagens, jogos e eventosProfimedia

- Guarda alguma mágoa desse incidente?

- Nenhuma. Só estar naquela seleção era bom demais, eram vários jogadores de renome e fiquei muito feliz por ter sido lembrado.

- E por pouco não foi convocado para o Mundial-2002, certo?

- Sim, participei em toda a qualificação. Faltavam dois jogos para acabar, eram partidas menos complicadas e o Bayern de Munique não me libertou. O Felipão (Luiz Felipe Scolari) ligou-me, disse que eu perderia a minha oportunidade e que a seleção não faria qualquer contacto com o Bayern para resolver a situação. Eu não podia ir sem o aval do clube, eram eles que pagavam o meu salário. Não sabia de que lado estava a razão. O Luisão acabou por ser chamado, fez golos e aproveitou bem a oportunidade.

Elber conquistou Champions e Mundial de Clubes pelo Bayern
Elber conquistou Champions e Mundial de Clubes pelo BayernBayern de Munique - Divulgação

- É verdade que chegou a indicar Neymar para o Bayern, quando ele ainda era uma promessa do Santos?

- Confirmo. Fui ver uma Taça São Paulo, de futebol júnior, o Neymar tinha 15 ou 16 anos e já jogava muito bem no meio de atletas mais velhos. Falei dele com os diretores do Bayern mas deixei claro que seria difícil comprá-lo, já havia várias equipas atrás dele e ele já recebia um bom salário. Não demorou para ele fechar contrato com o Barcelona. Era uma política do Bayern não contratar jovens abaixo dos 18 anos, principalmente de um país estrangeiro. Aqui na Alemanha esse tipo de situação não é bem vista. Não faz parte da filosofia do clube trazer o atleta tão jovem para um mundo completamente diferente, juntamente com os pais e com tanta coisa envolvida, correndo o risco de não dar certo.  É uma situação mal vista pela sociedade alemã tirar um atleta tão jovem, de um país menos desenvolvido, para trabalhar para to. O ideal é ter, no mínimo, 18 anos. Abaixo disso não há negócio.

- Por que acha que teve tanto sucesso na Alemanha?

- Tive pouco tempo de formação no Brasil, fui muito cedo para a Europa. Quando cheguei ao AC Milan eles emprestaram-me ao Grasshopper, da Suíça, que tem um estilo de jogo bastante parecido com o alemão, de força e confronto físico. Foram três anos na Suíça, voltei para Itália para fazer a pré-temporada com o Milan. Isso lapidou a minha forma de jogar e cheguei mais bem preparado quando fui transferido para a Alemanha.

Elber em sua apresentação ao Stuttgart em 1994
Elber em sua apresentação ao Stuttgart em 1994Profimedia

- Que funções desempenha agora no Bayern?

- Sou embaixador da marca Bayern Munique no mundo, trabalho num escritório dentro do clube e represento-o perante patrocinadores e adeptos. Há outros ex-atletas que também fazem este trabalho, como o peruano Claudio Pizarro, o Paulo Sérgio e o Zé Roberto. Organizo e participo em eventos. Estou presente em todos os jogos em casa, vou no camarote dos patrocinadores e convidados, viajo para os jogos da Champions e trato de fazer estes contactos em nome do clube.

- E tem outras ocupações para lá dessa função no clube?

- Graças a Deus, não. Não tem trabalho melhor que o meu. Não tenho interesse em ser empresário ou treinador, é muita dor de cabeça. Estou no lugar certo e tiro proveito disso por ser alguém comunicativo, conhecer e gostar de falar de um clube que defendi por seis anos e ganhei muitas coisas. É um prazer passar este conhecimento e experiência que tive dentro de campo no Bayern. Sou embaixador do Bayern desde 2016, quando já morava no Brasil. O clube chamou-me para estar mais perto e atualmente moro na Alemanha. A minha esposa não pensou duas vezes antes de dar o seu aval positivo quando falei com ela deste convite.

Relação direta com torcedores faz parte da rotina de Elber
Relação direta com torcedores faz parte da rotina de ElberBayern de Munique - Divulgação

"O Vini Jr. chegou com calma, comendo à borda do prato"

- O que diria para os jovens atletas brasileiros que vão cedo para a Europa, situação que tem sido cada vez mais frequente?

- A primeira coisa é aprender o idioma. Se isso acontecer, terá melhor entendimento do que é falado pelos jogadores e pelo treinador, vai entender melhor as coisas, porque razão elas acontecem de determinada maneira. Isso ajuda muito. É preciso estar disposto a falar muito. Não dá para pensar que vai chegar aqui e ensinar os outros a jogar, é preciso entrar no esquema deles. É possível que o jogador fique com saudades de casa e queira regressar para um sítio onde é "bajulado" e onde todos o conhecem. Isso não vai acontecer na Europa. O Vini Jr., por exemplo, foi paciente, chegou com calma, comendo à borda do prato, assim como o Rodrygo. Foram pacientes para esperar pelas oportunidades, jogaram na formação secundária do Real Madrid antes de chegar à equipa principal. Quando isso acontece, a oportunidade de mostrar o seu talento e afirmar-se no clube é maior. Se achar que vai chegar e ser titular, sem saber que será preciso ficar um tempo no banco de suplentes, é melhor ficar no Brasil.

Elber marcou 139 gols em 266 jogos pelo Bayern de Munique
Elber marcou 139 gols em 266 jogos pelo Bayern de MuniqueProfimedia

- Acredita que muitos jovens chegam mais cedo do que deviam à Europa?

- Não tem nada disso. Depende muito do atleta, da sua cabeça, da família e do apoio que tem. Se tiver um empresário honesto, estará bem acompanhado e será bem desenvolvido. Não é fácil trazer um miúdo para um outro mundo. É uma outra forma de jogar, outro idioma, sem amigos, uma transferência desta envolve muitas coisas. Não é só jogar futebol, existem outras questões muito importantes envolvidas.

- A seleção brasileira sente atualmente a falta de um avançado, um camisola 9 clássico?

- O futebol de hoje já nem tem tanto esse camisola 9 clássico. O sistema de jogo mudou muito, temos avançados que saem da área e flutuam pelos flancos. Na Europa, é uma peça rara se encontrar-se ainda esse 9 tradicional.

"A imprensa estrangeira só lá ia por minha causa"

- Depois de fazer a sua carreira na Europa, teve um único clube no Brasil, o Cruzeiro. O que dizer da sua passagem por Belo Horizonte?

- Se soubesse que ia gostar tanto, teria ido mais cedo. Mas fui após uma cirurgia no tornozelo, fiquei um ano sem jogar e só joguei no clube por uma temporada. O presidente era o Zezé Perrella. As dores incomodavam-me muito e falei com ele sobre o meu interesse de rescindir o contrato. Ele não queria, disse que a imprensa estrangeira só lá ia por minha causa. Mas eu sentia muitas dores após os jogos, não conseguia treinar a 100% e via muita gente jovem, muito boa de bola, a pedir oportunidades. Eu estava a atrapalhar o desenvolvimento e as oportunidades deles. Os adeptos não sabiam a dor que eu sentia, eles nem imaginavam que eu jogava com limitações e poderiam pensar que eu não estava a dar o meu melhor pelo clube. Eu não queria isso, nem de perto nem de longe, já tinha feito o meu "pé de meia" e queria ser lembrado como um jogador que fez coisas boas pela equipa, não como um que ficou a dever alguma coisa. Dei o que podia pelo clube. A minha família amou a cidade, os meus filhos foram super bem recebidos na escola, é um lugar que deixou boas saudades.

Elber viaja com alguma frequência para representar a marca Bayern no cenário internacional
Elber viaja com alguma frequência para representar a marca Bayern no cenário internacionalBayern de Munique - Divulgação

- Acha que o Campeonato Brasileiro na década de 90 era mais forte do que a Bundesliga? Quando é que o Campeonato Alemão superou o brasileiro?

- É difícil comparar, são formas distintas de jogo, dois campeonatos bastante competitivos. Quem, no Brasil, vê o Bayern de Munique a ganhar títulos consecutivos na Alemanha pode pensar que as coisas por aqui são mais fáceis. Mas o Bayern é uma equipa que se preparou para isso, que vem a ser organizado dessa forma há anos. Quando vendemos um jogador, compramos outro para manter a ideia de jogo. A cada temporada, poucas peças mudam, isso facilita quem chega, por forma a integrar-se no sistema e na filosofia de trabalho. Levamos vantagem nesse sentido. O Brasil não tem um campeonato fácil, temos o Palmeiras e o Flamengo acima dos outros e é difícil falar qual é o melhor.

- O que pode o Brasil aprender com a Alemanha, na organização dos clubes, da liga, etc.?

- Acho que o Brasil tem vindo a melhorar em alguns aspetos, mas o que faz a diferença de verdade é a área de marketing. Isso gera um enorme retorno. Não é possível pagar um jogador de renome somente com a venda de bilhetes. É preciso ter um marketing forte em cima. O clube precisa de fazer parcerias com patrocinadores numa relação ganha-ganha. Aqui na Alemanha as empresas investem porque saem a ganhar, o clube também ganha, ex-jogadores também, é uma combinação favorável para todos os lados. Todos ficam felizes apresentando a sua marca. O Brasil avançou nesse sentido mas ainda tem muito a crescer nesta área. Em termos de organização, sem dúvida que a Alemanha tem um cenário muito mais positivo. Os estádios estão sempre cheios, existe fila de meses para se conseguir um bilhete para os jogos do Bayern. Isso dá uma segurança para o jogador, que sabe quando e como os campeonatos vão começar e acabar. Nesse aspeto a Alemanha também leva vantagem sobre o Brasil.

Élber indica longo caminho para o Brasil chegar perto da Alemanha
Élber indica longo caminho para o Brasil chegar perto da AlemanhaFlashscore

"Equipas que sobem de divisão em Inglaterra faturam o mesmo que o Bayern"

- O que é preciso fazer para democratizar a Bundesliga, que tem sido uma monarquia com o rei Bayern?

- É algo muito necessário e temos um grande problema, que envolve a questão financeira. Se compararmos com as ligas inglesa ou espanhola, a diferença é grande. As equipas que sobem de divisão nesses países faturam o mesmo que o Bayern, multicampeão nacional. Se houvesse mais recursos para a Bundesliga, seria mais interesse para que o mais dinheiro fosse distribuído pelos clubes menores, criando um campeonato bem mais interessante. É complicado para os clubes de menor expressão na Alemanha acompanharem o ritmo do Bayern Munique, que todos os anos está na Champions, a lutar por títulos. Os adversários ficam para trás, é preciso encontrar uma forma de ajudar mais os clubes menores. O futebol alemão precisa de se aproximar desses concorrentes, que estão 10 ou 15 anos à nossa frente, a levar as suas equipas para fazer pré-temporadas em digressão pela Ásia e pelos Estados Unidos. Temos um longo caminho a percorrer, é preciso incentivar os clubes para levar jogos para outros continentes, para se aprender com públicos e escolas diferentes, atraindo assim mais patrocinadores.

"O Bayern Munique não vai dar facilidades à concorrência"

- Seria então mais interessante para o futebol alemão o Bayern conquistar menos títulos?

- Pois (risos). Estamos a tentar deixar os outros ganhar mas eles não aproveitam as oportunidades (risos). Na Bundesliga poderíamos estar num nível ainda melhor, tivemos agora uma troca de treinador. Deixámos muitos pontos pelo caminho, coisa que não acontecia nos últimos anos. Permitimos que outros clubes ficassem mas próximos da liderança, mas é preciso fazer a sua parte dentro de campo. Um jogador precisa de acordar todos os dias e saber que precisa de trabalhar forte para chegar no final da temporada e ser campeão. O Bayern Munique não vai dar facilidades à concorrência. O Borussia Dortmund aproveitou, chegou perto do primeiro lugar e até assumiu a liderança. Mas, na hora da decisão, num jogo de seis pontos, eles sentiram a pressão do nosso estádio.

- Como vê esta renovada seleção da Alemanha?

- É uma mudança natural, essas renovações acontecem no final de cada ciclo. A seleção continua a ter bons jogadores, só ainda não sabemos como vão responder dentro do seio de uma equipa nacional. É preciso ter paciência para lapidá-los aos poucos. O técnico está sempre nos jogos, a acompanhar os jogadores de perto. Quem faz a seleção da Alemanha, na sua maioria, são jogadores do Bayern Munique e do Borussia Dortmund. Destas equipas, muitos jogadores podem e devem ser aproveitados.

"Na Europa os estádios parecem shoppings"

- A impunidade no Brasil é algo que o revolta?

- Demais! Como vou levar o meu filho a um estádio com o cenário que temos visto, como o do adepto do Internacional que invadiu o relvado, com a filha no colo, para agredir um jogador do Caxias? Daqui a 10 ou 20 anos, essa criança não vai estar num estádio. Na Europa, os estádios parecem shoppings, os jogos são verdadeiros eventos, cheios de famílias num ambiente favorável. As crianças que aparecem hoje são as que vão comprar camisolas amanhã, que vão viajar para ver a equipa jogar daqui a alguns anos. Isso vai dar sequência ao dinheiro que gira dentro do clube. Não tem cabimento algum um adepto entrar no campo para agredir um atleta. Precisa ser preso, colocou a filha em risco. O que tem ele na cabeça? Entendo o amor pelo clube, mas é preciso ser racional e não um doido para chegar a esse ponto. Se isso acontecesse na Alemanha, perdia a guarda do filho, o cartão de sócio e nunca mais entrava num estádio.

"Ancelotti é uma pessoa espetacular, Abel Ferreira é competente"

- Gosta da ideia de um treinador estrangeiro na seleção brasileira?

- Acho positivo, mas é preciso deixá-lo trabalhar. Não dá para tirar o Ancelotti do Real Madrid e esperar que ele um faça milagre da noite para o dia. Precisa de tempo para fazer o seu trabalho. Ele esteve no Bayern de Munique, tive a honra de estar com ele no AC Milan, é uma pessoa espetacular. Se vai dar certo ou não, é outra questão. No Brasil, temos outro treinador competente, o Abel Ferreira, treinador do Palmeiras. A CBF está estudar essa situação e vai contratar quem achar melhor.

- E o que nos pode dizer dos seus hoobies, nomeadamente o golfe?

- Depois de terminar a minha carreira fui morar para Londrina, onde existe um belo campo de golfe. Todos os dias eu saia pra brincar um pouco e acabei por lhe tomar o gosto. Mantenho a prática na Alemanha, é muito comum entre ex-jogadores. É mais fácil encontrá-los em campos de golfe do que em ginásios. Mas não sou desses malucos que tentam baixar o handcap a todo o momento, a qualquer custo. Jogo tranquilo, para me divertir. Se não estiver indo bem, agarro uma cerveja alemã e vou batendo as bolas até chegar ao 18.° buraco. Um lado bom disso é a realização de torneios beneficentes, que geram verbas para projetos sociais. Um dos meus projetos foi beneficiado por isso por um torneio, recentemente.

- Como funciona o seu projeto social?

- Existe desde 1994. Ajudo crianças e quem mais precisa. Ajudamos pessoas no Nepal e na Índia, levando água para escolas, construindo poços artesanais, tentando fazer a diferença em locais que sofrem desastres naturais. Ajudámos, por exemplo, as pessoas que foram afetadas pelo terramoto recente na Turquia.

- É um tipo de atitude que faz falta a mais antigos jogadores?

- Não sei dizer. Acredito que muitos ajudam e não fazem propaganda disso. É uma forma fácil, angariar patrocinadores e ajudar pessoas que precisam. É muito bom termos o nosso nome por trás para ajudar nesse trabalho de angariar, mostra sempre que é algo honesto. Recentemente, arrecádamos 22 mil euros num único jantar beneficente aqui na Alemanha.

Borussia Mönchengladbach foi o último clube de Elber na Alemanha
Borussia Mönchengladbach foi o último clube de Elber na AlemanhaProfimedia